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20/04/2024 às 13:00•3 min de leituraAtualizado em 20/04/2024 às 13:00
As mudanças climáticas oferecem perigo para muitas espécies animais e vegetais, e cada vez mais seus impactos tendem a se tornar nítidos nos próximos anos.
E há algumas localidades que figuram entre as mais ameaçadas, com o risco de ficarem submersas, destruídas ou simplesmente desaparecerem.
A famosa "cidade do amor" segue como um dos destinos turísticos ameaçados pelo aumento do nível das águas. Inclusive, o receio é que o local fique totalmente submerso até 2100.
A data pode parecer distante neste momento, sobretudo ao considerar que as águas avançam de forma gradual sobre a cidade erguida sobre estacas de madeira. Mas estamos tratando de um intervalo de tempo de apenas algumas décadas.
A Ilha de Madagascar, no continente africano, tende a ser afetada de forma violenta nas próximas duas décadas. O local é lar de uma biodiversidade expressiva, mas também é alvo da exploração ilegal de espécies.
O mesmo pode ser dito quanto aos incêndios florestais em massa. De uma forma geral, tais impactos, somados, ameaçam de forma concreta o futuro da ilha.
Quem supõe que a África é dominada pelos desertos pode se surpreender ao reparar como a porção central desse antigo continente apresenta uma considerável cobertura vegetal. Assim como aqui no Brasil, o local é contemplado com uma floresta equatorial exuberante, rica em biodiversidade e que atravessa seis países.
Mas como deserto do Saara tem se expandido de forma surpreendente, uma vez mantido esse ritmo, incluindo o desmatamento incessante, a região do Sahel, bem como a Floresta do Congo, ficam seriamente comprometidas.
O mesmo pode ser dito a respeito do Mar Morto, conhecido por estar localizado no ponto mais baixo do planeta. Localizado na fronteira entre o Estado de Israel e a Jordânia, ele já perdeu um terço do seu volume nas últimas décadas, já que a água é extraída e dessalinizada antes de ser destinada ao consumo.
Assim, o conhecido destino turístico que apresenta belas águas de alta densidade, dada essa alta concentração de sal, pode simplesmente desaparecer de forma permanente.
A Floresta Amazônica também está na lista. O Brasil figura como um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, e em se tratando de sua vegetação, ela segue em processo constante de destruição.
A perda das áreas verdes nessa região, impulsionada pelo avanço do chamado "arco do desmatamento" e pelo garimpo, figuram como as principais causas para isso.
Com o derretimento das geleiras, parte das superfícies montanhosas é revelada, deixando à vista registros históricos e favorecendo novas descobertas, mas também evidenciando que a cobertura de gelo está cada vez menor e pode não retornar.
Outro efeito disso é a redução da altura desses pontos mais altos, a exemplo do que já tem sido percebido com os Alpes recentemente. Existe o receio que as geleiras desapareçam dessa região montanhosa até 2100.
Com o território atravessado pelo trópico de Capricórnio, a Austrália é ameaçada pelo avanço do processo de desertificação. Soma-se a isso ainda outro agravante: nos últimos anos, as ondas de calor que atingiram o país aumentaram o alcance dos incêndios florestais que ameaçam a população.
O mesmo pode ser dito em relação aos animais que vivem no seu interior, sem falar nas próprias espécies vegetais. Estima-se que o ecossistema da região possa desaparecer até 2050.