Ciência
21/07/2024 às 20:00•2 min de leituraAtualizado em 21/07/2024 às 20:00
O.J. Simpson era uma figura icônica do esporte e do entretenimento, conhecido tanto por sua habilidade no futebol americano quanto por sua carreira em Hollywood e aparições na televisão. No entanto, sua vida pessoal e sua reputação foram irrevogavelmente alteradas após os eventos de junho de 1994. Aqui está uma linha do tempo dos eventos cruciais que moldaram esse julgamento histórico.
Em 12 de junho de 1994, Nicole Brown Simpson, ex-esposa de O.J. Simpson, e seu amigo Ron Goldman foram brutalmente assassinados do lado de fora da casa de Nicole, em Brentwood, Los Angeles. Simpson rapidamente se tornou o principal suspeito devido a um histórico conturbado de violência doméstica e relacionamento tenso com Nicole.
Além disso, durante a investigação do assassinato, foi encontrado DNA do jogador misturado com o sangue das vítimas no local do crime e em seu carro. A descoberta de uma luva ensanguentada que correspondia a uma encontrada na cena do crime, foi uma peça-chave. A investigação também destacou inconsistências nas declarações de Simpson e seu comportamento suspeito após os assassinatos.
No dia seguinte aos assassinatos, Simpson se tornou um fugitivo da justiça, desencadeando uma perseguição de carro televisada que capturou a atenção do público em todo o país. Após se entregar, ele foi preso e mantido sem fiança.
O julgamento de O.J. Simpson começou em 24 de janeiro de 1995, com um júri composto por doze pessoas que representavam uma ampla diversidade étnica. A acusação, liderada por Marcia Clark e Christopher Darden, apresentou uma forte narrativa de um crime motivado por ciúmes e raiva.
Enquanto isso, a defesa, que incluía os advogados Robert Shapiro, Johnnie Cochran, Robert Kardashian e F. Lee Bailey, focou na teoria de que a investigação estava contaminada por evidências plantadas e conduta policial inadequada.
Durante o julgamento, destacaram-se momentos como a tentativa frustrada de Simpson de vestir a luva encontrada na cena do crime. A defesa argumentou que a luva não servia, reforçando sua tese de que Simpson havia sido falsamente incriminado. Outro ponto crítico foi o depoimento do detetive Mark Fuhrman, cujo histórico de racismo foi exposto durante o interrogatório, minando a credibilidade da investigação policial.
Em 3 de outubro de 1995, após um julgamento que durou mais de oito meses e capturou a atenção mundial, Simpson foi considerado inocente. O veredicto gerou uma ampla gama de reações, desde celebrações até debates sobre o sistema judicial americano e as questões de raça e classe que permearam o caso.
Apesar de sua absolvição criminal, O.J. Simpson enfrentou um julgamento civil em 1997, no qual foi considerado responsável pelos assassinatos e ordenado a pagar compensações substanciais às famílias das vítimas. Após isso, sua vida continuou a ser marcada por eventos controversos.
Em 2007, ele se envolveu em um caso de roubo em Las Vegas, em que tentou recuperar itens pessoais que afirmava serem seus. Esse incidente resultou em sua condenação, com uma pena de 33 anos, por roubo à mão armada e sequestro, levando à sua subsequente prisão.
Em 2017, após cumprir nove anos da sentença, ele recebeu liberdade condicional. Desde então, ele levou uma vida relativamente discreta, mantendo-se fora dos holofotes da mídia até seu falecimento em 10 de abril de 2024, em decorrência de um câncer.