Artes/cultura
30/10/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 30/10/2024 às 09:00
John Wayne Gacy é considerado um dos maiores serial killers de todos os tempos. Ele foi acusado de torturar, estuprar e matar pelo menos 33 adolescentes e adultos entre 1972 e 1978 na região metropolitana de Chicago, nos Estados Unidos.
Pelos seus crimes, ele foi condenado a 21 prisões perpétuas e a 12 penas de morte. Mas o mais bizarro da sua história que ele usava um personagem de palhaço para se passar por um cidadão decente e respeitável.
Nascido em 1942 em Chicago, John Wayne Gacy, teve uma infância difícil. Ele sofria bullying tanto na escola quanto na família. Para completar, seu pai, que era alcoólatra, era violento com ele e sua mãe.
Além disso, seu pai o chamava constantemente de maricas. Ainda jovem, Gacy percebeu que era gay, mas mesmo assim tentou levar uma vida tradicional. Por isso, acabou se casando com uma mulher chamada Marlynn Myers, teve dois filhos com ela e assumiu a administração das franquias Kentucky Fried Chicken do seu sogro. Acontece que ele estava profundamente insatisfeito com a vida que levava.
Já adulto, Gacy entrou em um clube de palhaços chamado Jolly Joker, o que possibilitava que ele se apresentasse em festas, eventos de caridade e hospital infantis. Ele batiza então seu personagem de "Pogo, The Clown".
Só que, ao mesmo tempo, o sujeito fazia parte de um grupo bizarro, chamado Waterloo Jaycees, que reunia empresários que participavam regularmente de atividades sexuais, como troca de esposas, prostituição e pornografia. Foi então que o lado mais obscuro de John Wayne Gacy começa a se manifestar: ele passa a forçar jovens, incluindo alguns funcionários seus, a fazerem sexo com ele.
Isso levou que fosse condenado a 10 anos de prisão por abusar sexualmente de um adolescente, mas foi solto depois de dois. Agora divorciado de sua esposa, ele voltou a viver com sua mãe. Mas logo cometeria atos muito piores.
Usando a sua fantasia de Pogo, ele começou a atrair novas vítimas, que eram sempre meninos ou homens. Ele os atraía para a sua casa para abusar sexualmente deles e depois matá-los.
O mais bizarro é que Gacy era tão respeitado em sua comunidade que ninguém desconfiava dele. Inclusive, ele se juntou às buscas de algumas vítimas e confortou pais preocupados. Mais tarde, o criminoso receberia o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, uma condição de saúde mental que faz com que as pessoas se envolvam em comportamentos prejudiciais em relação aos outros sem manifestar remorso.
John Wayne Gacy assassinou a primeira vítima em 1972, e seguiu cometendo esse crime por vários anos. O mais perturbador é que ele conhecia muitas de suas vítimas antes de decidir assassiná-las. Alguns eram ex-funcionários seus, e outros eram trabalhadores sexuais. Todas as vítimas foram assassinadas em sua casa e enterradas lá mesmo.
Ele foi preso em 21 de dezembro de 1978 por portar maconha. Apenas um dia depois, Gacy confessou ter matado mais de 30 jovens e meninos. Ao ir até a sua casa, os policiais sentiram um cheiro de podre e acabaram descobrindo 29 corpos (mais tarde, outros quatro seriam achados no Rio Des Plaines).
Da pior forma possível, John Wayne Gacy inscreveu seu nome na história por conta do aspecto sinistro de ser um assassino enquanto vivia um personagem feliz. Popularmente chamado de "Palhaço Assassino", ele foi executado com uma injeção letal em 10 de maio de 1994.