Ciência
20/11/2012 às 13:55•1 min de leitura
(Fonte da imagem: Reprodução/Los Angeles Times)
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, apontou que os indivíduos que melhor respondem aos tratamentos com placebos — medicamentos inertes utilizados em experimentos com drogas reais — costumam ser pessoas otimistas, diretas, prestativas e que não têm medo de enfrentar dificuldades.
De acordo com o Los Angeles Times, que publicou uma notícia sobre o tema, era bastante comum acreditar que as pessoas que experimentavam efeitos reais durante o tratamento com medicamentos de “mentirinha” eram menos inteligentes. Contudo, o novo estudo sugere que, na verdade, a crença de que um determinado tratamento será eficiente pode ajudar a mobilizar o sistema imunológico, diminuir a dor e levar à cura.
Durante o estudo, os pesquisadores analisaram a personalidade de 50 voluntários, que mais tarde receberam tratamentos com placebos e medicamentos de verdade para causar e combater a sensação de dor. Os participantes não eram informados de quando recebiam as substâncias que deveriam causar desconforto, nem quando eram ministrados os analgésicos de verdade.
Depois de analisar as respostas dos voluntários com relação à dor e ao tratamento, os pesquisadores cruzaram esses dados com as informações sobre a personalidade de cada participante, descobrindo que os mais pessimistas, irritadiços, manipuladores e agressivos eram também os que responderam pior aos placebos, ao contrário dos mais otimistas.
Segundo os pesquisadores, o estudo pode ajudar aos médicos a prever quais pacientes provavelmente responderão melhor a determinados tratamentos, e quais deles precisarão de terapias mais agressivas para serem curados.