Artes/cultura
10/07/2012 às 14:33•1 min de leitura
Fonte: Thinkstock
Os métodos anticoncepcionais são considerados uma das grandes descobertas do século. As pílulas – grandes aliadas do público feminino – além de serem administradas a fim de evitar uma gravidez, frequentemente são usadas para adequar as taxas hormonais, regular o fluxo menstrual e diminuir os sintomas da TPM.
No entanto, o que poucos sabem é que a grande quantidade de hormônios presentes nas pílulas não é totalmente aproveitada e o corpo acaba eliminando uma boa parte através da urina. Por se tratar de um fenômeno um tanto quanto recente, o site CycloSapien indica que os equipamentos que tratam a água para devolvê-la à natureza não possuem tecnologia suficiente para inibir os efeitos dos hormônios que são eliminados na água. Assim, as substâncias voltam para o ecossistema e passam a fazer parte do ciclo natural da água.
Um dos hormônios sintéticos que tem se apresentado mais comumente é o Etinilestradiol – também conhecido como EE2 – que é um tipo de estrogênio bastante utilizado na fabricação de pílulas anticoncepcionais. O CycloSapien aponta que já é possível encontrar rastros dessa substância em populações de peixes, répteis e anfíbios que habitam lagos e rios de países desenvolvidos. Os hormônios podem causar sérios problemas de reprodução entre esses animais.
Além de representar um risco para a natureza, os hormônios excretados na água também deixam os cientistas preocupados com os possíveis efeitos que isso possa causar aos humanos. Sobre este assunto, a Association of Reproductive Health Professionals declarou: “O efeito dos componentes do estrogênio no abastecimento de água na indústria, na agricultura e em outras fontes gera preocupações sobre a saúde humana e merece ser estudado. Os componentes do estrogênio fazem parte de uma categoria química maior, conhecida como disruptores endócrinos (EDCs), que tem o poder de alterar os sistemas hormonais e homeostáticos, dificultando a comunicação interna do organismo – seja humano ou animal – e a resposta ao meio ambiente”.