Ciência
07/01/2019 às 11:00•1 min de leitura
Você já reparou que a castanha de caju é vendida sempre torrada? Já o caju inteiro é comercializado normalmente com a castanha junto, mas não é uma boa ideia comê-la daquela forma fresca. O motivo é porque ela possui uma casca dupla que contém uma toxina chamada Urushiol. Para você ter uma ideia, essa substância tóxica é a mesma encontrada na hera venenosa.
A toxina contém um agente alergênico que irrita bastante a pele, causando inflamações. Por essa razão, os trabalhadores que removem a casca podem ter as mãos machucadas e com rachaduras bem doloridas. Se, por acaso, você comprar um caju e resolver fazer o mesmo em casa, lembre-se de tomar bastante cuidado e colocar uma luva.
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Segundo pesquisas, essa toxina pode até ser letal, dependendo da quantidade e se a castanha for consumida crua por pessoas com organismos mais sensíveis à substância.
Por essas razões, é necessário que a castanha passe por um processo de alto aquecimento para a toxina ser eliminada. Os indígenas torram a castanha diretamente no fogo para remover o chamado "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC, que nada mais é o líquido que contém o urushiol. Depois de esfriar, eles quebram a casca para retirar a amêndoa que será consumida.
Já o processo industrializado passa por mais etapas, em que são feitas a lavagem e umidificação, cozimento, esfriamento, ruptura da casca e estufamento. Depois de tudo isso, o consumo dessa castanha deliciosa está liberado. Vale lembrar que esse alimento é rico em fibras, proteínas, vitaminas e minerais como magnésio, ferro, cobre e zinco, fósforo e sódio.