6 curiosidades fascinantes sobre os dentes do siso

Dente do siso, dente serotino, terceiro molar. Os nomes podem variar, mas estamos falando da mesma coisa: os últimos dentes em nossa arcada dentária, localizados atrás de todos os outros, na parte terminal em ambos os lados. Eles são os últimos a se formarem em nossas bocas, podendo chegar até a quatro unidades, sendo dois superiores e dois inferiores.

Seu nascimento não segue uma regra específica, sendo o surgimento deles completamente aleatório e cuja formação se completa entre nossos 15 e 25 anos de idade. Que tal saber mais a respeito desse curioso hóspede de nossa boca?

1. Evolução humana determinou o fim da utilidade do dente do siso

(Fonte: Wikimedia Commons)

Alan Mann, pesquisador da Universidade de Princeton, cunhou um curioso apelido para os dentes do siso: "cicatrizes da evolução humana". Seu pensamento se constrói no fato de que há mais de 200 mil anos os terceiros molares perderam utilidade. E isso ocorreu não apenas pela mudança de hábitos alimentares.

Neste período, o cérebro dos primeiros humanos crescia em ritmo acelerado, o que mudou a forma da caixa craniana e sua posição em relação à arcada dentária, que ficou mais curta. Desta forma, não havia mais espaço para esses dentes, que foram se moldando no espaço que restava ao longo dos anos.

2. Nem todo mundo tem todos os dentes do siso

(Fonte: Pexels)

Cada ser humano se desenvolve de uma forma específica. O mesmo, obviamente, vale para a arcada dentária. Desta forma, pode ser que você tenha um, dois, três, quatro ou até nenhum dente do siso. Também pode ocorrer, ainda que seja extremamente raro, de você ter mais do que quatro.

Segundo especialistas, essas variações têm conexão com fatores genéticos, como o tamanho da mandíbula. Sua ancestralidade também pode interferir, já que muitos povos indígenas pré-colombianos não tinham o terceiro molar. Neste caso específico, essa variação é atribuída a uma mutação genética aleatória.

3. Não há idade limite para eles surgirem

(Fonte: Pexels)

No Guinness, o livro dos recordes, há o registro da pessoa cujos dentes do siso erupcionaram mais tarde: 94 anos. Especialistas afirmam que o surgimento do siso apresenta grande variação na humanidade.

Pesquisadores apontam que essa irregularidade é milenar, tendo sido descrita por Aristóteles em sua obra História dos Animais. De toda forma, o mais comum é que eles surjam quando estamos no final da adolescência, próximo dos 20 anos de idade.

4. Dente do siso impactado mais antigo tem 15 mil anos

(Fonte: Wikimedia Commons)

Dente do siso impactado é como dentistas se referem aos dentes do gênero que não erupcionam, ou não crescem normalmente. Em geral, pela arcada dentária apresentar uma estrutura pequena, eles ficam deitados na gengiva, sem conseguir sair.

O caso mais antigo registrado de um dente do siso impactado é do esqueleto de uma mulher, entre 25 e 35 anos de idade, com aproximadamente 15 mil anos. Por muito tempo, acreditava-se que os impactados eram uma doença moderna, causada pela mudança de hábitos alimentares. Essa descoberta mudou o olhar de pesquisadores para o tema.

5. E dentes do siso deste tipo devem ser removidos

(Fonte: Wikimedia Commons)

Falando em dentes do siso impactado, o mais recomendado neste caso é que eles sejam removidos cirurgicamente. O problema, dizem especialistas, é que eles seriam como bombas-relógio, interferindo, em algum momento, na mordida, causando desgaste nos dentes e, em alguns casos, cistos, tumores, danos nos nervos, doença periodontal e distúrbios da ATM.

6. Na Coreia do Sul, são chamados de "dentes do amor"

(Fonte: Pexels)

Em português, chamamos o terceiro molar de dente do siso. Mas, se existe beleza nesse mundo, ela vem do idioma coreano. Nele, são chamados de "dentes do amor". A história por trás disso é que, na fase da vida em que surgem (fim da adolescência e início da vida adulta), seria, também, quando experimentamos o amor. Fofo, não?