Dia Internacional da Síndrome de Down: 5 mitos sobre essa condição

20/03/2023 às 14:003 min de leitura

Vinte e um de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down — uma data para celebrar a vida das pessoas que convivem com essa condição, mas também garantir que elas tenham acesso às mesmas oportunidades: saúde, educação, trabalho, vida social... 

Sim, porque a Síndrome de Down não é uma doença, muito menos torna a pessoa incapaz de viver normalmente. Na verdade, ela é uma alteração genética: os seres humanos costumam ter 46 pares de cromossomos, sendo 23 do pai e 23 da mãe. Mas, por algum motivo, os fetos das pessoas com Síndrome de Down reproduzem uma terceira cópia do cromossomo 21. Por isso, a condição também é chamada de trissomia do 21. 

Ela tem esse nome porque o primeiro médico que descreveu o conjunto de características que tornam a síndrome reconhecível foi John Langdon Down, em 1866. A ciência descobriu que as causas da Síndrome de Down são genéticas em 1959. 

Mas mesmo que o conhecimento sobre essa condição tenha aumentado nas últimas décadas, ela ainda é cercada por mitos e ideias equivocadas. Pensando nisso, separamos essa lista com 5 mitos sobre Síndrome de Down para você se atualizar. 

Mito n.º 1: a Síndrome de Down é uma doença

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Começando por esse item, que mencionamos brevemente na introdução, a Síndrome de Down não é uma doença. Ela é uma alteração genética que pode causar alguns problemas de saúde — mas, com um acompanhamento correto e o apoio da família, as pessoas nascidas com Down podem ter uma vida totalmente normal

Entre as alterações mais comuns, estão o atraso no desenvolvimento intelectual, que costuma ser leve ou moderado. Além disso, os pais devem acompanhar a possibilidade de cardiopatias, alterações auditivas, oftalmológicas e do sistema digestório. Outra característica da síndrome é a força muscular reduzida. Porém, com estímulos desde a infância, a pessoa aprende a andar e pode praticar esportes normalmente. 

Mito n.º 2: pessoas com Down não podem ser independentes

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Ainda que o Down gere um atraso no desenvolvimento intelectual, ele costuma ser leve, como dissemos. Então, as pessoas que nascem com trissomia do 21 podem ir à escola normalmente, inclusive em turmas regulares, na maioria dos casos. 

Algum acompanhamento específico pode ser necessário (fonoaudiologia, terapia ocupacional ou fisioterapia), mas a pessoa pode se formar e buscar oportunidades no mercado de trabalho, como qualquer outra. Pessoas com Down podem até fazer faculdade e concursos, se o atraso intelectual for mais leve. 

Mito n.º 3: quem tem Síndrome de Down morre cedo

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Esse mito sobre Síndrome de Down até era verdadeiro até algumas décadas atrás, quando as pessoas com trissomia do 21 não recebia tratamento adequado para suas questões de saúde e eram praticamente excluídas da sociedade. 

Hoje em dia, pessoas com Down podem passar dos 60 anos e há casos de pessoas que viveram até os 80. As cardiopatias, por exemplo, podem ser corrigidas com cirurgias ainda na infância, permitindo um desenvolvimento normal do coração. Tudo depende da atenção da família e dos estímulos que a pessoa com Down recebe desde a infância. 

Mito n.º 4: eles estão sempre felizes e têm a mesma cara

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Muitas pessoas associam a Síndrome de Down com as características faciais das pessoas que nascem com ela: rosto e olhos arredondados, por exemplo. Mas a realidade é que, assim como qualquer pessoa, as pessoas com Down se parecem mais com suas famílias do que umas com as outras. Dizer que todas se parecem é ofensivo. 

Além disso, elas podem parecer mais simpáticas ou nos inspirar simpatia, por superarem suas limitações. Mas elas podem viver todas as emoções humanas e se comportar de várias formas, pois são pessoas comuns. Ter Síndrome de Down é só mais uma característica, que não define quem a pessoa é. 

Mito n.º 5: Apenas mães mais velhas têm crianças com Down

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A ciência ainda não descobriu, exatamente, o que causa a alteração genética que chamamos de Síndrome de Down. Sabe-se que existe um risco ligeiramente maior, conforme a idade da mulher grávida: de 0,1% em grávidas com 20 anos para cerca de 3% em grávidas acima de 45. 

Mas isso não quer dizer que apenas essas mulheres tenham crianças com Down ou que toda gravidez de mulheres acima de 45 têm esse risco — muito menos que isso seja um problema. 

Para terminar, é interessante observar que a Síndrome de Down acontece em 1 a cada 700 nascimentos – ou seja, há cerca de 300 mil pessoas com essa condição no Brasil. Todas elas merecem nosso respeito, como qualquer ser humano. 


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