Primeiros casos de 'supermicose' são diagnosticados nos Estados Unidos

22/05/2023 às 06:362 min de leitura

Nos últimos dez anos, casos de micose que não eram sanados com tratamentos convencionais já tinham sido reportados em países da Ásia, Europa, e também no Canadá. Em meio à rápida disseminação do fungo Trichophyton indotineae, apontado como o agente causador da epidemia, aumentava o risco que novos casos fossem diagnosticados em outras localidades.

Segundo o relatório divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) na última semana, dois casos de micose resistente a medicamentos foram reportados nos Estados Unidos em fevereiro deste ano. Na cidade de Nova York estão as duas pacientes diagnosticadas, que não possuem qualquer vínculo familiar entre si.

Sobre esse tema, vale lembrar que a micose é uma infecção altamente contagiosa provocada por fungos, e pode se manifestar por meio de diferentes sintomas. Dentre eles, há a ocorrência de erupções e irritações na pele. Elas podem provocar bastante desconforto e surgir em áreas como pescoço, virilha, pernas e pé.

Dois casos de 'supermicose' reportados nos Estados Unidos ocorreram em Nova York. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Dois casos de 'supermicose' reportados nos Estados Unidos ocorreram em Nova York. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Histórico das pacientes em Nova York

Ainda segundo o órgão, a primeira paciente atendida em Nova York, que se encontrava no terceiro trimestre da gravidez em dezembro de 2021, não tinha histórico de viagens internacionais recentes.

Após o nascimento do bebê, o tratamento com terbinafina não surtiu efeito. Foi indicado, então, o uso de itraconazol, que resultou no desaparecimento das placas após quatro semanas. Este caso, no entanto, indica a possibilidade de transmissão local do fungo.

A outra paciente atendida, por sua vez, desenvolveu a micose após realizar uma viagem a Bangladesh, no verão de 2022, e não conseguiu obter um tratamento bem-sucedido por meio da aplicação de medicamentos de primeira linha, comumente aplicados em casos de micose. Além dela apresentar sintomas mais severos, erupções cutâneas foram percebidas em outros membros da família.

Foi apenas em dezembro, após quatro semanas com a aplicação de um novo medicamento, que ocorreu a redução de 80% das erupções na pele. Considerando a possibilidade de regressão dos sintomas após o tratamento, as duas pacientes ainda seguem sendo acompanhadas.

Sistema imunológico enfraquecido pode dificultar o tratamento da micose. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Sistema imunológico enfraquecido pode dificultar o tratamento da micose. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Dificuldade de tratamento e prevenção

Geralmente, os sintomas da micose levam cerca de 4 a 14 dias para desaparecer. Contudo, neste caso de 'supermicose', especialistas acreditam que essa incidência seja resultante do uso indevido e excessivo de medicamentos, explicando essa maior resistência do fungo e a maior dificuldade de combatê-lo.

Com a chegada do verão a partir do final de junho no hemisfério norte, ambientes úmidos e mais quentes poderão favorecer a sobrevivência desses patógenos. Para reduzir o risco de desenvolver a doença, alguns cuidados podem fazer a diferença.

Além de manter a pele limpa e seca, é importante não compartilhar itens de vestuário ou objetos de uso pessoal, como pentes, principalmente com pessoas que tenham apresentado sintomas de micose. Utilizar calçados que oferecem uma melhor ventilação e não andar descalço também é recomendável.

Para quem tem pet em casa e não abre mão de brincar e fazer carinho, o ideal é lavar as mãos logo após o contato com o animal, uma vez que eles também podem ser afetados pela condição. Nesse cenário, é recomendado buscar auxílio de um veterinário para obter a melhor forma de tratamento.

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