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25/08/2016 às 03:50•2 min de leitura
O diabetes mellitus, também chamado de diabetes, é um grupo de distúrbios metabólicos. Esses distúrbios são caracterizados por hiperglicemia, resultantes de efeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. Segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 16 milhões de brasileiros sofrem com diabetes. Aqui no Brasil a doença é responsável por 72 mil mortes, aproximadamente.
O agravante da doença se deve, principalmente, ao estilo de vida que as pessoas levam hoje, que geram mais estresse e alimentação repleta de alimentos industrializados. Por isso, conscientizar-se sobre hábitos alimentares é muito importante para quem tem a doença.
Patrícia Cruz, nutricionista comportamental com ênfase em tratamento de diabetes mellitus, alerta para a epidemia de diabetes.“Atualmente, estima-se que a população mundial com diabetes seja da ordem de 387 milhões e que alcance 471 milhões em 2035.
O número de diabéticos está aumentando em virtude do crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da progressiva prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM.” – adverte a especialista. Por isso, a necessidade do conhecimento da doença e como a alimentação influência nesse processo.
Segundo Patrícia Cruz, os tipos mais conhecidos são o diabetes mellitus tipo 1 e do tipo 2. No primeiro caso, ocorre uma completa deficiência na produção de insulina pelo pâncreas. Já no diabetes mellitus tipo 2, há um defeito na secreção ou ação da insulina.
Além desses dois tipos, há o diabetes gestacional que ocorre durante a gestação e outros tipos específicos, conforme a classificação pela OMS. Há ainda o pré-diabetes, que se caracteriza pela glicemia de jejum alterada e a tolerância à glicose diminuída, isto é, fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes mellitus.
A obesidade é fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Portanto, uma alimentação equilibrada somada a prática de atividade física podem prevenir o surgimento da doença, pois, nesse caso,uma dieta rica em gordura e açúcares leva à obesidade, que é fator de risco para o diabete. Quando se trata do diabetes tipo 1, que é uma doença auto-imune de causa genética, a alimentação vai evitar apenas as complicações da doenças.
Infelizmente não há cura para o diabetes. Por isso, a especialista reforça a importância do cuidado com o habito alimentar. “A alimentação tem influência direta na concentração de açúcar no sangue. Isto é, os macronutrientes, carboidratos, proteína e lipídios alteram a elevam a glicemia após a ingestão, cada qual em seu tempo. Os carboidratos elevam a glicemia após 15 minutos, em contrapartida a proteína após 2 ou 3 horas.” – explica Patrícia.
Não há alimentos que previnem a doença, mas existem alimentos que a controlam. Osportadores de diabetes devem excluir o açúcar e incluir carboidratos complexos, ricos em fibras.“Quando a dieta está equilibrada, não ocorre a hiperglicemia, taxas elevadas de açúcar no sangue. Essa concentração alta de açúcar no sangue e tóxico, que chamamos de glicotoxidade. A glicotoxidadeé responsável por causar várias complicações micro e macrovasculares do diabetes, como problemas renais, de visão e coração”,alerta a especialista.
Por isso, a dietas ricas em fibras (verduras, legumes, frutas, arroz integral, granola, leguminosas);carboidratos simples (batata, pães brancos, macarrão branco);adequada em proteínas (carne vermelha, queijos, leite, frango, peixe) e lipídios (queijos amarelos, óleos, manteiga) auxiliam nas taxas de açúcar, juntamente com os hipoglicimiantes orais e/ou insulina.
No caso das crianças, segundo Patrícia, o indicado é a terapia de contagem de carboidratos, que é recomendada pela American Diabetes Association. Essa é uma ferramenta segura e que permite fazer o controle das taxas glicêmicas de forma eficiente.
Via assessoria