Misturas complexas e transferência de DNA podem incriminar inocentes; entenda o porquê.

Quando pensamos em uma investigação criminal, é comum acreditarmos que o DNA encontrado na cena do crime é a prova mais forte que os peritos poderiam ter. Afinal, cada pessoa possui um código genético único, certo? No entanto, um novo estudo traz à tona um desafio preocupante: a análise forense de DNA, especialmente em casos envolvendo misturas genéticas, pode levar a falsas acusações, vinculando injustamente uma pessoa a um crime que ela jamais cometeu.Esse problema surge principalmente na chamada "análise de mistura de DNA", uma técnica usada para interpretar amostras que contêm material genético de várias pessoas, como em uma maçaneta tocada por diversos indivíduos. Essa abordagem é especialmente complexa, pois ao tentar "desembaralhar" a contribuição de cada DNA, os programas de computador utilizados criam uma estimativa probabilística — e não uma resposta exata — sobre quem pode ter estado presente.&nbsp;Quando levada ao tribunal, essa probabilidade é apresentada ao júri junto com outras provas, o que pode dar uma aparência de certeza científica que, na verdade, não é tão firme quanto parece.<h2 style="text-align:justify;">Menor diversidade, maior chance de erro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/29/29234654697315.jpg" alt="Algumas análises podem falsear a verdade e incriminar inocentes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Algumas análises podem falsear a verdade e incriminar inocentes. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade do Oregon, destaca que essa análise de misturas é ainda mais suscetível a erros para indivíduos de grupos com menor diversidade genética, como populações indígenas. Em simulações, a probabilidade de erro, isto é, de um DNA ser atribuído equivocadamente a alguém que não esteve no local do crime, aumentou significativamente quando o DNA pertencia a grupos com características genéticas similares entre si.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/123584-michael-west-e-o-metodo-forense-que-destruiu-a-vida-de-inocentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Michael West e o método forense que destruiu a vida de inocentes</a></li></ul>Esse risco de falso positivo piora ainda mais conforme aumenta o número de pessoas envolvidas na mistura de DNA, chegando a quase 1% de erro em casos com seis colaboradores de diversidade genética baixa. Parece pouco, mas em milhares de amostras, essa pequena taxa pode incriminar erroneamente uma pessoa.Além das limitações técnicas da análise de misturas, a maior sensibilidade dos testes de DNA, que hoje conseguem identificar perfis genéticos até de minúsculos vestígios, acrescenta um novo dilema: o “DNA de toque”, ou seja, as pequenas partículas deixadas ao tocar objetos, ou até mesmo ao falar próximo a uma superfície.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/linguicas-de-carne-humana-a-historia-barbara-dos-crimes-da-rua-do-arvoredo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Linguiças de carne humana: a história bárbara dos crimes da Rua do Arvoredo</a></li></ul>Em um caso de invasão, por exemplo, a maçaneta de uma porta pode ter DNA de várias pessoas inocentes que estiveram no local dias antes do crime, complicando o cenário para os investigadores. Outro fator é a "transferência secundária", na qual o DNA de uma pessoa acaba em um objeto sem que ela sequer o tenha tocado. Imagine apertar a mão de alguém que depois toca em uma maçaneta. É possível que seu DNA acabe naquele objeto, o que pode ser desastroso se o local for parte de uma cena de crime.<h2 style="text-align:justify;">O importante é saber interpretar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/29/29235443094316.jpg" alt="Toda cena de crime deixa milhares de informações. Por isso, o melhor é sempre analisar todo o conjunto de provas. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)"><figcaption>Toda cena de crime deixa milhares de informações. Por isso, o melhor é sempre analisar todo o conjunto de provas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com a popularização dessas técnicas mais sensíveis, a ciência forense também lida com a necessidade de que peritos, juízes e até o júri entendam os limites dessas evidências. A presença de DNA no local do crime não diz quando ou como ele chegou lá, e, em muitos casos, sem uma interpretação cuidadosa e o apoio de outras provas, o risco de compreender erroneamente a relevância do DNA é grande.&nbsp;Sheila Willis, pesquisadora do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, na sigla em inglês), ressalta a importância de considerar toda a gama de evidências ao invés de confiar apenas em um fragmento isolado de DNA.<ul><li style="text-align:justify;">Veja isso: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122469-5-coisas-que-csi-te-ensinou-errado-sobre-ciencia-forense.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 coisas que CSI te ensinou errado sobre ciência forense</a></li></ul>Apesar dos desafios, os laboratórios não vão simplesmente parar de analisar essas misturas complexas. Embora sejam trabalhosas, essas amostras ainda podem fornecer evidências valiosas. O que está em jogo é a compreensão de que a análise de DNA forense não é infalível. Assim, a melhor abordagem é avaliar cuidadosamente cada caso, questionando a relevância e complexidade da amostra e buscando outras evidências para corroborar a análise genética.Diante disso, fica claro que, embora a tecnologia de DNA seja revolucionária e tenha ajudado a resolver inúmeros crimes, é fundamental que todos — do laboratório ao tribunal — saibam que a interpretação de DNA não é uma ciência exata e que, quando mal interpretada, pode transformar a cena de um crime em um quebra-cabeça ainda mais difícil de solucionar.

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DNA na cena do crime: até onde a análise forense pode nos enganar?

Desde que leu a primeira carta do assassino do Zodíaco, Graysmith tomou a descoberta da identidade do criminoso como uma missão de vida.

Em um dia de 1969, o cartunista do San Francisco Chronicle, Robert Graysmith, então com 27 anos, exibia uma charge do presidente Richard Nixon para o editor do jornal, quando chegou a primeira carta do chamado assassino do Zodíaco. Na mensagem escrita com cifras complexas, ele ameaçava cometer um assassinato, caso sua carta não fosse publicada na primeira página.Em seu best-seller Zodíaco, de 1986, Graysmith conta o que sentiu naquele momento, que mudaria sua vida para sempre. “Raiva pela frieza, arrogância e insanidade do assassino... Irremediavelmente viciado, imediatamente obcecado, eu queria resolver o que sentia que se tornaria um dos grandes mistérios”.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117100-apos-51-anos-mensagem-do-assassino-do-zodiaco-e-decifrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Após 51 anos, mensagem do Assassino do Zodíaco é decifrada</a></li></ul>Ao contrário do repórter policial Paul Avery, responsável pela cobertura do caso, Graysmith criou sua própria investigação de forma obsessiva, sem saber que notoriedade era tudo o que o sociopata mais queria. Embora tenha vendido quatro milhões de cópias de seu livro, o ex-cartunista comprometeu seu casamento e seu relacionamento com os filhos em sua busca sem fim.<h2>A identidade do assassino do Zodíaco, segundo Graysmith</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/26/26092400338000.jpg" alt="Graysmith ladeado por Jake Gillenhaal (que o interpretou no filme Zodíaco), e Mark Ruffalo. (Fone: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Graysmith ladeado por Jake Gyllenhaal (que o interpretou no filme Zodíaco), e Mark Ruffalo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Estudando anos a fio o modus operandi do assassino, Graysmith decifrou os símbolos e cifras, os padrões dos assassinatos e a origem do círculo com o símbolo cruzado e traje de carrasco. Com isso, chegou ao seu principal suspeito, Arthur Leigh Allen.&nbsp;Ele já havia sido investigado pela polícia, depois que um amigo dele contou seus planos de escrever um livro de ficção, no qual um assassino chamado Zodíaco mataria casais e enviaria cartas à polícia.Alguns pontos ligavam Allen aos crimes:<ul><li>Morava a sete minutos do local dos primeiros assassinatos confirmados</li><li>Tinha um relógio com o símbolo do Zodíaco</li><li>Possuía histórico militar, relatado nas teorias sobre o assassino</li><li>Passagem pela polícia por crime sexual contra menor de idade</li><li>Não foi trabalhar no dia em que Cheri Jo Bates foi assassinada</li><li>Quando foi preso (pelo crime sexual), as cartas do Zodíaco pararam.</li></ul><h2>Suspeitos e fechamento do caso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/26/26101411083004.jpg" alt="Arthur Leigh Allen no recente documentário da Netflix. (Fonte: Netflix/Divulgação)"><figcaption>Arthur Leigh Allen em recente documentário da Netflix. (Fonte: Netflix/Divulgação)</figcaption></figure></figure>As investigações sobre Arthur Leigh Allen não deram em nada, pois nem sua caligrafia e nem suas impressões digitais batiam com as evidências, e não havia nenhuma prova concreta que o ligasse às cenas dos crimes.&nbsp;Outros suspeitos surgiram ao longo dos anos, como um veterano da Força Aérea chamado Gary Francis Poste, denunciado por um grupo de ex-policiais intitulado The Case Breakers.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120082-assassino-do-zodiaco-identidade-do-serial-killer-e-revelada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assassino do Zodíaco, identidade do serial killer é revelada</a></li></ul>Outros pesquisadores do caso, como Michael Kelleher, criticam a abordagem de Graysmith, dizendo que ele "foi longe demais para fazer a solução funcionar", ou seja, tentar ajustar as evidências para se adequarem às suas teorias.Arthur Leigh Allen morreu de um ataque cardíaco em agosto de 1992, na Califórnia. Ele é o personagem principal de uma série recente da Netflix — Aqui Quem Fala é o Zodíaco — lançada em 23 de outubro.

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Robert Graysmith e sua longa caçada ao assassino do Zodíaco 

John Wayne Gacy usava sua fantasia de palhaço para poder atrair suas vítimas.

John Wayne Gacy é considerado um dos maiores serial killers&nbsp;de todos os tempos. Ele foi acusado de torturar, estuprar e matar pelo menos 33 adolescentes e adultos entre 1972 e 1978 na região metropolitana de Chicago, nos Estados Unidos.Pelos seus crimes, ele foi condenado a 21 prisões perpétuas e a 12 penas de morte. Mas o mais bizarro da sua história que ele usava um personagem de palhaço para se passar por um cidadão decente e respeitável.<h2>A vida de John Wayne Gacy</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27165446699002.jpg" alt="(Fonte: Rotten Tomatoes / Reprodução)"><figcaption>John Wayne Gacy se atraía pela arte dos palhaços e fazia apresentações como Pogo The Clown. (Fonte: Rotten Tomatoes / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nascido em 1942 em Chicago, John Wayne Gacy, teve uma infância difícil. Ele sofria bullying tanto na escola quanto na família. Para completar, seu pai, que era alcoólatra, era violento com ele e sua mãe.Além disso, seu pai o chamava constantemente de maricas. Ainda jovem, Gacy percebeu que era gay, mas mesmo assim tentou levar uma vida tradicional. Por isso, acabou se casando com uma mulher chamada Marlynn Myers, teve dois filhos com ela e assumiu a administração das franquias Kentucky Fried Chicken do seu sogro. Acontece que ele estava profundamente insatisfeito com a vida que levava.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117572-15-pinturas-perturbadoras-feitas-pelo-serial-killer-john-wayne-gacy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15 pinturas perturbadoras feitas pelo&nbsp;serial killer John Wayne Gacy</a></li></ul>Já adulto, Gacy entrou em um clube de palhaços chamado Jolly Joker, o que possibilitava que ele se apresentasse em festas, eventos de caridade e hospital infantis. Ele batiza então seu personagem de "Pogo, The Clown".Só que, ao mesmo tempo, o sujeito fazia parte de um grupo bizarro, chamado Waterloo Jaycees, que reunia empresários que participavam regularmente de atividades sexuais, como troca de esposas, prostituição e pornografia. Foi então que o lado mais obscuro de John Wayne Gacy começa a se manifestar: ele passa a forçar jovens, incluindo alguns funcionários seus, a fazerem sexo com ele.Isso levou que fosse condenado a 10 anos de prisão por abusar sexualmente de um adolescente, mas foi solto depois de dois. Agora divorciado de sua esposa, ele voltou a viver com sua mãe. Mas logo cometeria atos muito piores.<h2>O palhaço entra em cena</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27165356163001.jpg" alt="(Fonte: Oxygen / Reprodução)"><figcaption>John Wayne Gacy matou pelo menos 33 pessoas. (Fonte: Oxygen / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Usando a sua fantasia de Pogo, ele começou a atrair novas vítimas, que eram sempre meninos ou homens. Ele os atraía para a sua casa para abusar sexualmente deles e depois matá-los.&nbsp;<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120000-os-6-paises-que-mais-produziram-serial-killers-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os 6 países que mais produziram&nbsp;serial killers na história</a></li></ul>O mais bizarro é que Gacy era tão respeitado em sua comunidade que ninguém desconfiava dele. Inclusive, ele se juntou às buscas de algumas vítimas e confortou pais preocupados. Mais tarde, o criminoso receberia o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, uma condição de saúde mental que faz com que as pessoas se envolvam em comportamentos prejudiciais em relação aos outros sem manifestar remorso.&nbsp;John Wayne Gacy assassinou a primeira vítima em 1972, e seguiu cometendo esse crime por vários anos. O mais perturbador é que ele conhecia muitas de suas vítimas antes de decidir assassiná-las. Alguns eram ex-funcionários seus, e outros eram trabalhadores sexuais. Todas as vítimas foram assassinadas em sua casa e enterradas lá mesmo.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/48010-vai-dar-medo-5-palhacos-assustadores-da-ficcao-e-tambem-da-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 palhaços assustadores da ficção e também da vida real</a></li></ul>Ele foi preso em 21 de dezembro de 1978 por portar maconha. Apenas um dia depois, Gacy confessou ter matado mais de 30 jovens e meninos. Ao ir até a sua casa, os policiais sentiram um cheiro de podre e acabaram descobrindo 29 corpos (mais tarde, outros quatro seriam achados no Rio Des Plaines).Da pior forma possível, John Wayne Gacy inscreveu seu nome na história por conta do aspecto sinistro de ser um assassino enquanto vivia um personagem feliz. Popularmente chamado de "Palhaço Assassino", ele foi executado com uma injeção letal em 10 de maio de 1994.

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John Wayne Gacy, o palhaço serial killer que matou mais de 30 pessoas

Filho do famoso aviador Charles Lindbergh, o bebê foi sequestrado e morto com um ano e oito meses.

Em 1932, um crime ocorrido em Nova Jersey, próximo a Nova York, chocou os Estados Unidos. Um bebê de apenas um ano e oito meses, filho do famoso aviador <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106041-8-famosos-que-voce-nao-sabia-que-tinham-talentos-secretos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Lindbergh</a>, foi sequestrado dentro de sua casa.Dez semanas depois, a criança foi encontrada morta, gerando um desfecho trágico e misterioso em uma história que foi muito explorada pelos jornais da época.<h2>O sequestro do bebê Lindbergh</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/23/23200143777008.jpeg" alt="(Fonte: FBI / Reprodução)"><figcaption>Charles Augustus Lindbergh Jr. tinha apenas 20 meses quando foi levado de sua casa. (Fonte: FBI / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O bebê Charles Augustus Lindbergh Jr. foi sequestrado por volta das 21 horas do dia 1º de março de 1932, enquanto estava no berçário localizado no segundo andar da casa da família. Os pais só se deram conta de sua ausência às 22 horas, quando a babá relatou o sumiço.Em seguida, uma busca feita pela casa levou a um bilhete que estava no parapeito da janela, exigindo um resgate de US$ 50 mil para a libertação do bebê. A polícia local foi comunicada e assumiu o comando das investigações.Nos dias seguintes, foram encontradas algumas pistas. Descobriu-se então que duas partes da escada foram usadas para que o sequestrador alcançasse a janela. Porém, nada foi encontrado ao redor do berço.Os pais entraram em ação fazendo apelos públicos aos sequestradores, o que não deu qualquer resultado. Até que, no dia 6 de março, o coronel Lindbergh encontrou uma nova nota de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/nasa-plano-de-resgate-via-spacex-deixara-astronautas-presos-por-8-meses" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resgate</a>, aumentando o pedido para US$ 70 mil. Dois dias depois, uma terceira nota chegaria informando que um intermediário nomeado pelos Lindberghs não seria aceito e solicitando uma nota em um jornal.O caso culminaria até uma sexta nota de resgate com instruções para que família enviasse um representante até um homem em um cemitério para fechar a negociação do dinheiro. O sujeito não identificado concordou em fornecer ao intermediário uma prova da identidade da criança, e um traje de dormir foi entregue ao coronel Lindbergh.<h2>O desvendamento do crime</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/23/23200215753010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O caso mobilizou a imprensa em sua época. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mas o caso não pararia por aí. As notas vindas dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/100469-a-historia-bizarra-que-deu-origem-a-sindrome-de-estocolmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sequestradores</a> continuariam sendo encontradas, trazendo novas mensagens e instruções. A quantia de US$ 50 mil foi então entregue ao estranho do cemitério em troca de informações sobre onde a criança estaria. A próxima nota informou que o bebê estaria em um barco chamado "Nellie" perto de Martha's Vineyard, Massachusetts.&nbsp;Por fim, no dia 12 de maio de 1932, o corpo do bebê foi encontrado por acaso. Ele estava parcialmente enterrado e em terrível estado de decomposição, em local relativamente próximo à casa dos Lindbergh. Sua cabecinha estava esmagada, com um buraco no crânio, e faltavam alguns membros. O exame do legista determinou que a criança estava morta há cerca de dois meses. A causa seria uma pancada na cabeça.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/5-fatos-surpreendentes-sobre-o-caso-rosenberg-revelados-pelo-fbi" rel="noopener noreferrer" target="_blank">FBI</a> entrou na investigação no intuito de entender o que havia acontecido com o pobre bebê Lindbergh. Em seguida, a Polícia Estadual de Nova Jersey anunciou a oferta de uma grande recompensa para quem desse pistas que resultassem na prisão dos sequestradores.Foi aí que coisas estranhas começaram a acontecer. Violet Sharpe, uma funcionária da casa da avó do bebê cometeu suicídio bebendo veneno. E um vigarista chamado Gaston B. Means afirmou que havia sido abordado pelos sequestradores para participar do crime. Ele acabou recebendo US$ 100 mil, que depois precisou devolver ao FBI quando foi preso por <a href="https://www.tecmundo.com.br/golpes-e-fraudes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fraude</a>.Foram literalmente milhares de pistas que não davam em lugar algum, em um trabalho que durou 30 meses. Foi descoberto enfim um certificado do dinheiro de resgate em um caixa de banco ligada a um posto de gasolina. O recibo pertencia ao carro de um carpinteiro chamado Richard Hauptmann, que tinha ficha criminal na Alemanha.Uma busca em sua casa levantou US$ 14 mil do dinheiro de resgate, junto com um revólver. Hauptmann então foi preso em flagrante e espancado pela polícia, embora tenha dito que o valor era de um amigo que morreu pouco tempo antes. Mas outras pistas foram achadas, ligando o carpinteiro ao crime.Hauptmann acabou sendo indiciado por extorquir US$ 50 mil de resgate a Charles Lindbergh, e pelo assassinato do pequeno Charles Augustus Lindbergh Jr. O caso deu espaço a um dos maiores julgamentos de todos os tempos, reunindo centenas de jornalistas. Sentenciado à morte, ele foi eletrocutado em 3 de abril de 1936.

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O crime do século: o terrível caso do sequestro do bebê Lindbergh

Durante o século 19, um casal vendeu linguiça de carne humana no centro de Porto Alegre.

Localizada no centro de Porto Alegre, a rua Fernando Machado guarda uma história sombria. Foi lá que, durante o século 19, ocorreu uma história com ares de filme de terror.O caso beira o inacreditável: foi lá que um casal matou e esquartejou pessoas para depois enviar os pedaços dos corpos para um açougue. Era lá que essa carne se tornava linguiça que era então consumida por membros da alta sociedade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118173-porto-alegre-249-anos-12-girias-gauchas-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Porto Alegre.</a><h2>Os assassinos&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/13/13154030833270.jpg" alt="x"><figcaption>Os crime de José Ramos e Catarina Palse ocorreram em Porto Alegre no século 19. (Fonte: Google / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O caso envolveu principalmente a atuação de três pessoas. Um deles é José Ramos, um soldado da polícia que, depois de uma tentativa de assassinato, foi rebaixado para o cargo de informante. Durante a juventude, ele teria matado o pai depois que o flagrou tentando agredir a sua mãe, o que o fez mudar-se para a Província de São Pedro.Foi na cidade de Porto Alegre que ele se apaixonou e se casou com Catarina Palse, uma filha de família pobre de origem húngara, que havia perdido seus pais assassinados por soldados durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/53450-proxima-parada-hungria-conheca-melhor-mais-essa-riqueza-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revolução húngara</a> contra a Áustria. Ela havia se casado previamente com um homem que emigrou ao Brasil, mas acabou se suicidando durante a viagem, em que os dois vinham até o país.Em 1857, ela chegou à capital do Rio Grande do Sul. Cinco anos depois, envolveu-se com José Ramos, e juntos foram viver em um casarão na Rua do Arvoredo, localidade que no futuro trocaria de nome para Fernando Machado.Perto de sua casa, um imigrante alemão chamado Carlos Claussner mantinha um <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/42034-fa-de-pernil-do-abate-ao-acougue-veja-como-a-carne-de-porco-e-preparada.htm#!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">açougue</a> que logo se tornou muito próspero. Era nesse local que as senhoras ricas da cidade mandavam seus empregados para comprar a carne que seria consumida pelas famílias. Muito sozinho, Claussner se tornaria muito amigo de José Ramos, sem saber que isso selaria a ele um destino trágico.<h2>Os crimes da Rua do Arvoredo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/13/13153915619269.jpg" alt="A Rua do Arvoredo se localizava no centro histórico de Porto Alegre. (Fonte: Google / Reprodução)"><figcaption>A Rua do Arvoredo se localizava no centro histórico de Porto Alegre. (Fonte: Google / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Alguns anos depois, desaparecem em Porto Alegre um comerciante português e um caixeiro viajante. Os vizinhos de José Ramos e Catarina Palse haviam visto os homens chegando na casa deles um dia antes de seu desaparecimento, o que fez com que Ramos fosse intimado a ir até a delegacia esclarecer o mistério.Ocorre que o chefe de polícia não se convenceu com a sua explicação e resolveu investigá-lo, indo até a casa de José Ramos e Catarina. Chegando lá, deparou-se com uma cena terrível: no porão da residência, estavam enterrados pedaços de um corpo humano. A vítima era Carlos Claussner, o dono do açougue e amigo do casal. Perto do local, em um poço, estavam os corpos das duas outras vítimas e de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125552-as-6-racas-de-cachorro-mais-perigosas-do-mundo.htm#:~:text=Pit%20bull&amp;text=O%20pit%20bull%20certamente%20aparece,que%20se%20coloque%20no%20caminho." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorro</a>.&nbsp;Ao investigar, a polícia concluiu que José Ramos e Catarina Palse mataram os três para roubar os bens. Catarina Palse acabou confessando que, no total, seis pessoas haviam sido assassinadas e transformadas em linguiça pelo açougueiro Carlos Claussner. Não se sabe com certeza por que ele acabou sendo morto.Os autos revelaram que Catarina abordava e atraía as vítimas em um beco escuro e as levava até um um sobrado. No casarão da Rua do Arvoredo, elas eram esquartejadas e descarnadas. Em seguida, toda a carne era vendida no próprio açougue de Carlos Claussner, e supostamente era muito apreciada pelos clientes.Clausser teria sido o mentor do crime, mas depois acabou sendo morto pelo casal. José Ramos pegou a pena de crime por latrocínio e foi condenado à morte, mas acabou cumprindo prisão perpétua. Já Catarina foi condenada como cúmplice, recebeu sentença de 13 anos e morreu anos depois em um manicômio. Mas a história em torno dos crimes da Rua do Arvoredo em Porto Alegre segue viva até hoje.

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Linguiças de carne humana: a história bárbara dos crimes da Rua do Arvoredo

Kaitlin Armstrong matou a ciclista profissional Anna Moriah “Mo” Wilson por conta de ciúmes.

Em 11 de maio de 2022, um assassinato chocou os Estados Unidos. A promissora ciclista profissional Anna Moriah “Mo” Wilson, de 25 anos, foi encontrada morta no chão da casa de uma amiga em Austin, no Texas. Ela havia sido baleada poucos dias antes de ingressar em uma grande competição.Em pouco tempo, a polícia descobriu a responsável por sua morte: uma instrutora de ioga de 34 anos chamada Kaitlin Armstrong, por razões de ciúmes, já que Mo havia namorado brevemente o ex-namorado de Kaitlin. O mais curioso foi a forma com que a professora foi capturada depois de fugir.<h2>A história de Kaitlin Armstrong</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02150737351220.jpg" alt="(Fonte: CBS Austin / Reprodução)"><figcaption>Kaitlin Marie Armstrong encontrou na ioga uma razão de vida. (Fonte: CBS Austin / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nascida em 1987, Kaitlin Marie Armstrong cresceu em uma família desestruturada. Seus pais se divorciaram cedo e sua mãe lutava contra o alcoolismo. Segundo matérias, Kaitlin também teria sofrido violência sexual na infância.Depois de concluir o ensino médio, ela se tornou corretora de imóveis. Mas a grande paixão de Kaitlin Armstrong era a ioga. Por isso, a jovem viajou até Bali, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127939-piramide-localizada-na-indonesia-pode-ser-a-mais-antiga-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a>, para fazer um treinamento. Posteriormente, ela seria descrita pelos colegas nessa viagem como uma pessoa reclusa e altamente ansiosa. Mas nenhum deles disse imaginar que ela teria potencial para se tornar uma assassina.Sua história cruzaria com a de Anna Moriah “Mo” Wilson muito por acaso. Isso porque a atleta profissional conheceu em 2021 outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/85659-vida-de-ciclista-como-e-enfrentar-o-transito-nas-grandes-cidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclista</a>, chamado Colin Strickland, com quem teve um relacionamento. Mas Strickland havia se separado recentemente de Kaitlin Armstrong, com quem teve um relacionamento cheio de idas e vindas desde 2019, embora ainda morassem juntos. Por conta disso, Kaitlin resolveu matar sua suposta rival.<h2>O assassinato brutal de Moriah Wilson</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02150629350217.jpg" alt="(Fonte: Heartstapps / Reprodução)"><figcaption>Moriah “Mo” Wilson morreu brutalmente por motivos torpes. (Fonte: Heartstapps / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 11 de maio de 2022, Caitlin Cash ligou para a polícia depois de encontrar sua amiga Moriah “Mo” Wilson desacordada no banheiro de sua casa, em cima de uma poça de sangue. Descobriu-se então que, por volta das 22 horas daquele dia, uma pessoa intrusa tinha entrado na casa de Cash e atirado contra a ciclista, que estava hospedada lá.As autoridades então começaram a investigar a rotina de Moriah Wilson naquele dia. Ela havia encontrado mais cedo Colin Strickland, que estava então morando com Kaitlin Armstrong. Ao chegar na casa do casal, a polícia notou o mesmo jipe preto que havia sido capturado pelas câmeras de vigilância de Caitlin Cash. Isso os levou a achar outras pistas nessa residência, incluindo duas armas de fogo. Embora a suspeita caísse inicialmente sobre Strickland.Relatos foram coletados com as amigas de Kaitlin, que diziam que a professora falava que mataria qualquer mulher que tentasse namorar Colin Strickland. Para uma delas, Kaitlin revelou que havia comprado uma arma. Quando soube que Colin e Moriah haviam almoçado juntos naquele mesmo dia, ela resolveu concretizar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/elliot-rodger-o-homem-responsavel-pelos-assassinatos-de-isla-vista-em-2014" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinato</a>.Kaitlin só foi intimada com um mandado de homicídio em 17 de maio de 2022, depois de um relatório de balística confirmar que a arma que ela tinha em casa era provavelmente a mesma usada para matar Wilson. Mas até aí, ela havia fugido, o que gerou uma caça à professora que durou 43 dias.<h2>A captura de Kaitlin Armstrong</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02152505005225.jpg" alt="A ioga entregou o paradeiro de para a polícia. (Fonte: The Sun / Reprodução)"><figcaption>O amor pela ioga entregou o paradeiro de Kaitlin Armstrong para a polícia. (Fonte: The Sun / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na sua fuga, Kaitlin Armstrong vendeu seu Jeep e foi para Nova York, onde roubou o passaporte de sua irmã e viajou para San José, Costa Rica. Lá, fez uma cirurgia plástica na tentativa de mudar sua aparência, e também tingiu o cabelo.Após sua chegada à Costa Rica, ela passou por uma cirurgia plástica em uma tentativa de mudar sua aparência e tingiu seu cabelo. Só que ela seguiu apaixonada pela ioga. Por isso, foi para um albergue na Praia de Santa Teresa, na Província de Puntarenas, em busca de iniciar uma nova vida.Os policiais federais encontraram Kaitlin de uma forma muito perspicaz: eles publicaram anúncios falsos procurando por instrutores de ioga. Uma mulher, que se acredita ser a professora, respondeu ao anúncio.Para rastreá-la, uma agente fez <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/goat-yoga-a-pratica-que-combina-postura-fisica-respiracao-e-cabras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aulas de ioga</a>, além de fazer contato com pessoas dessa comunidade. “Na verdade, as pessoas tinham visto Armstrong em pontos locais em Santa Teresa, mas não sabiam quem ela era. Armstrong estava escondida à vista de todos usando nomes diferentes”, disse mais Damien Fernandez, que trabalhava no governo americano.Ela acabou sendo encontrada mais tarde, depois de 43 dias foragida. Em seu julgamento, a promotoria revelou que Armstrong usou um aplicativo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122296-o-que-o-excesso-de-exercicios-faz-com-o-seu-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condicionamento físico</a> para monitorar os movimentos de Moriah Wilson enquanto ela estava em Austin.Em 16 de novembro de 2023, Kaitlin Armstrong foi sentenciada a 90 anos de prisão, além de ter sido condenada a pagar US$ 15 milhões à família de Wilson após um processo por <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/true-crime" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homicídio doloso</a>.&nbsp;

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Kaitlin Armstrong: a horripilante história da professora de ioga que assassinou sua rival

O julgamento de Louis Van Schoor foi um dos maiores e mais absurdos envolvendo assassinatos da história da África do Sul.

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121781-6-fatos-provando-que-o-apartheid-foi-pior-que-imaginamos.htm#:~:text=O%20apartheid%20fez%20com%20que,e%20ter%20os%20melhores%20cargos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">apartheid</a> foi um extermínio, acima de tudo. Em 4 de junho de 1948, o pastor branco protestante Daniel François Malan ascendeu ao cargo de primeiro-ministro da África do Sul pelo Partido Nacional da África do Sul. Com um posicionamento supremacista, ele se juntou a líderes políticos e legisladores que representavam a população branca sul-africana da época para desenvolver um a<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/60-anos-do-golpe-4-datas-mais-importantes-da-ditadura-militar-no-brasil" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parato estratégico&nbsp;</a>que garantiria que mantivessem o controle sob as terras mais férteis, os recursos naturais e as indústrias econômicas.Para isso, criaram estratégias para impedir que negros participassem do processo político, negando o direito ao voto e limitando sua participação a espaços governamentais. Esse ostracismo foi também cimentado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ideologias eugenistas</a> que enfatizavam que a mistura racial era uma mescla espúria que levaria não só à diluição da identidade branca, como à perda do controle político e econômico, portanto, foi forte e violentamente coibida. A separação e autonomia racial eram consideradas essenciais para a preservação da identidade cultural e nacional dos brancos sul-africanos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02080348974004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estima-se que houve 21 mil mortes por violência política na África do Sul durante o apartheid. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Dessa forma, foi criada e implementada a política do apartheid com leis que segregavam a população com base na raça, determinando rigidamente onde as pessoas negras podiam viver, trabalhar, estudar e socializar. O aparato de repressão se aprimorou também em apagar fisicamente os negros, que foram caçados, torturados e mortos até o final da política, em 1994. A Comissão da Verdade e Reconciliação descobriu que houve 21 mil mortes por violência política na África do Sul, com 22 mil feridos no período de transição entre 1990 e 1994.O massacre de Sharpeville de 1960 foi um exemplo de como o sistema branco no poder visava destruir os negros, tanto quanto a declaração de&nbsp;Louis Van Schoor, conhecido como o Assassino do Apartheid, que foi apoiado pela polícia local para cometer uma série de homicídios contra pessoas pretas.<h2>A identidade do monstro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02080652442005.jpg" alt="(Fonte: IMS Vintage Photos/Reprodução)"><figcaption>Louis Van Schoor, conhecido como Assassino do Apartheid. (Fonte: IMS Vintage Photos/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Não há registros sobre a vida pregressa de Van Schoor, até porque os horrores que cometeu estão intrinsecamente associados a toda a construção ideológica do apartheid. Na década de 1980, o homem era apenas um guarda de segurança de East London, uma cidade no Cabo Oriental da África do Sul, contratado para proteger dos negros as empresas de propriedade dos brancos, como escolas e restaurantes.Ao longo de 3 anos, entre 1986 e 1989, Van Schoor fez 39 vítimas, todas negras, sendo a mais nova uma criança de apenas 12 anos. Ele afirmou que todos que atirou e matou eram "criminosos" que pegou em flagrante invadindo prédios ou espaços de propriedade dos brancos, e que teve aval da polícia da época para cometer seus crimes.Van Schoor não chamava suas vítimas de "pequenos criminosos" à toa, a própria política do apartheid havia definido dessa forma os negros que tentavam sobreviver de alguma. Desesperados, eles vasculhavam lixeiras e roubavam comidas de restaurantes e supermercados.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02080837576006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O apartheid durou 46 anos, de 1948 a 1994. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119020-ruby-bridges-a-garotinha-que-enfrentou-a-segregacao-racial-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leis de segregação&nbsp;</a>davam a qualquer tipo de pessoa branca o direito de usar força letal contra os denominados “intrusos negros”, caso resistissem à prisão ou fugissem após serem pegos. Foi sobre isso que Van Schoor se apoiou para justificar seus crimes.Dessa forma, a imagem de um homem barbudo, apelidado de "bigodes", que desaparecia com quem cruzasse seu caminho durante à noite, espalhou terror pela comunidade negra de East London.<h2>Os intrusos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02080929111007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Nelson Mandela ficou 27 anos preso por ser um ativista antiapartheid. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Van Schoor foi preso em 1991, durante o epicentro de transformação da África do Sul do regime do apartheid para um sistema democrático inclusivo, que aconteceu com a libertação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/nelson-mandela-qual-e-o-seu-legado-apos-30-anos-do-fim-do-apartheid" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nelson Mandela</a> da prisão.O julgamento do Assassino do Apartheid foi um dos maiores envolvendo assassinato da história da África do Sul, com dezenas de testemunhas e milhares de arquivos de evidências forenses, atraindo atenção de toda a mídia. O problema é que o julgamento aconteceu ainda sob grande parte do aparato de segregação que estava em vigor no judiciário, portanto, apesar de ter matado 39 pessoas, o homem foi condenado por apenas 7 crimes.Seus assassinatos foram classificados como "homicídios justificáveis" pela polícia, com base no direito à força letal contra "intrusos negros". Ao Serviço Mundial da BBC, a jornalista e cineasta Isa Jacobson passou anos investigando tudo o que existe sobre o caso de Van Schoor e revelou que é surpreendente que um tribunal permitiu que o homem saísse impune, considerando a maneira básica como as provas contradiziam as falas dele.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02081027840008.jpg" alt="No centro, Daniel François Malan. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>No centro, Daniel François Malan, ex-primeiro-ministro da África do Sul. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nos autos do processo, Jacobson encontrou vários depoimentos de testemunhas que foram feridas por Van Schoor, mas sobreviveram, comprovando que elas não estavam fugindo dele quando foram abordadas.Assim foi o caso de 11 de julho de 1988, quando o segurança atirou em um menino de 14 anos que havia invadido um restaurante em busca de comida. A criança disse à polícia que se escondeu no banheiro quando viu Van Schoor, que o chamou calmamente e pediu para que encostasse à parede, então disparou vários tiros em sua direção. Apesar de ter sobrevivido aos ferimentos e testemunhado contra o homem, o juiz o definiu como “não confiável”.Foi assim com todos os testemunhos dos jovens e meninos negros agredidos, baleados e perseguidos por Van Schoor. O juiz rejeitou seus relatos porque não eram testemunhas "sofisticadas". Uma vez que não há julgamentos com júri na África do Sul, a opinião do magistrado é final.<h2>"Eu amo Louis"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02081351478011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O apoio ao Assassino do Apartheid foi massivo pela população branca da África do Sul. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O apoio ao criminoso pela comunidade branca do país foi massivo, a ponto de empresários fabricarem e distribuírem material de divulgação a favor de Van Schoor, com frases do tipo “Eu amo Louis” impressas em adesivos.Se o sistema legal não estivesse contaminado pelo racismo tanto quanto a sociedade daquela época, Van Schoor nunca teria saído impune. O assassino alegou que nunca saiu com a intenção de matar negros, mas admitiu que achava "extremamente emocionante" persegui-los no escuro. Apesar disso, ele afirmou que não era racista, embora tenha passado 12 anos trabalhando na força policial em East London com cães usados para rastrear e capturar manifestantes e criminosos – quase todos negros.Louis Van Schoor foi condenado a mais de 90 anos de prisão no final do seu julgamento com o pouco de acusações que o juiz considerou, sendo que ainda lhe foi concebido o direito de cumprir a pena simultaneamente. Em 2004, ele foi solto em liberdade condicional, antes do que deveria, assim como uma grande leva de criminosos brancos da segregação.Em 26 de julho de 2024, o Assassino do Apartheid morreu, aos 72 anos, devido a complicações de sepse. Seus crimes continuam impunes, tanto quanto muitas vítimas da era do apartheid estão desaparecidas.“Nós merecemos justiça. Não temos nada até hoje, e a dor ainda é a mesma”, reclamou Marlene Mvumbi, cujo irmão Edward foi morto por Van Schoor em 1986.

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Van Schoor: o assassino da era do apartheid que teve apoio da polícia

No dia 23 de maio de 2014, o estudante universitário cometeu múltiplos assassinatos porque "as mulheres não gostavam dele".

Em maio de 2014, a região de Isla Vista, na Califórnia, registrou momentos aterrorizantes: um jovem de 22 anos chamado Elliot Rodger começou uma onda de violência que tirou a vida de seis pessoas e depois suicidou-se. De acordo com vídeo publicado nas redes sociais, os atos teriam sido uma resposta pelo fato de "mulheres não gostarem dele".&nbsp;Pouco antes do massacre, Rodger compartilhou um vídeo assustador no YouTube intitulado "A Retribuição de Elliot Rodger", explicando seus motivos para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/o-caso-hallmills-um-dos-assassinatos-mais-iconicos-dos-eua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinatos</a>. No vídeo, ele falava sobre seu desejo de machucar mulheres por não terem interesse sexual nele e também afirmou odiar homens que tinham sucesso com o público feminino.<h2>Os crimes de Elliot Rodger</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/19/19194044414355.jpg" alt="Antes de cometer múltiplos assassinatos, Elliot Rodger publicou um vídeo de sete minutos no YouTube. (Fonte: YouTube/Reprodução)"><figcaption>Antes de cometer múltiplos assassinatos, Elliot Rodger publicou um vídeo de sete minutos no YouTube. (Fonte: YouTube/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além do vídeo assustador publicado no YouTube, Rodger também deixou para trás um manifesto de 137 páginas falando sobre sua infância e sobre como ele teria sido criado para "abrigar tamanha raiva". Nascido em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125370-o-exterminio-de-caes-de-londres-que-dividiu-os-habitantes-em-1760.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Londres</a>, no Reino Unido, em 1991, ele mudou-se para Los Angeles com sua família em 1996.Na escola, o assassino teria enfrentado bullying severo e praticamente não teve vida social. Com dificuldades de se encaixar, passou a invejar aqueles com maior habilidade social. Porém,&nbsp;seu maior ressentimento sempre esteve voltado às mulheres.Rodger disse que desesperadamente procurou ter uma namorada em sua vida, mas nunca conseguiu despertar o interesse feminino. Por isso, teria passado a sentir ódio de casais e ficava com ciúmes sempre que via pessoas juntas.&nbsp;"Eu estudo em uma escola só para meninos. Como diabos aqueles caras conseguem conhecer garotas para fazer sexo? Eu esperava que eles estivessem mentindo", comentou no vídeo antes dos assassinatos.<h2>Planejamento das mortes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/19/19194127511357.jpg" alt="Memorial para as vítimas dos assassinatos de Isla Vista foi feito do lado de fora da loja onde Rodger atirou em um jovem. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Memorial para as vítimas dos assassinatos de Isla Vista foi feito do lado de fora da loja onde Rodger atirou em um jovem. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Preocupados com sua falta de vida social, os pais de Rodger o mudaram para Isla Vista em junho de 2011, onde ele entrou em um novo colégio. Nos três anos seguintes, ele teria se tornado cada vez mais agressivo. Em pelo menos três ocasiões diferentes, Elliot jogou bebidas em casais que estavam se beijando em público e em mulheres que não sorriam para ele.Mas o incidente final aconteceu em 2013, quando ele teria sido recusado por diversas mulheres ao participar de uma festa e fingiu atirar nas pessoas com uma arma invisível. De agosto de 2013 a maio de 2014, ele passou a planejar meticulosamente seu massacre descrito no "Dia da Retribuição".<h2>Sequência de assassinatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/19/19194219447358.jpg" alt="Última entrada no diário de Elliot Rodger dizia "><figcaption>Última entrada no diário de Elliot Rodger dizia "Eu odeio todos vocês! Morram". (Fonte: YouTube/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No dia 23 de maio de 2013, Rodger começou seu ataque aterrorizante esfaqueando até a morte seus dois colegas de quarto e um de seus amigos no seu apartamento. Armado com três armas de fogo e duas vacas, ele enviou seu manifesto por e-mail para dezenas de pessoas — incluindo familiares e terapeutas —, carregou o vídeo de sete minutos no YouTube e seguiu para a Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.Rodger escolheu uma sororidade como alvo, pois, segundo ele, aquele era um lugar "cheio de garotas loiras, gostosas e lindas; o tipo de garota que eu sempre desejei, mas nunca consegui ter porque todas elas me desprezam". Após ninguém abrir a porta do local, o assassino voltou para seu carro irritado e começou a atirar em pessoas aleatoriamente. Foi assim que ele matou Katherine Cooper, de 22 anos, e Veronika Weiss, de 19 anos.Rodger, então, passou a dirigir por Isla Vista atirando com suas armas e atingindo pessoas com seu veículo. Em menos de oito minutos, ele feriou outras 14 pessoas e matou um rapaz de 20 anos. A tragédia só foi terminar quando a polícia conseguiu alcançar o criminoso, que trocou tiros com as autoridades antes de atirar na própria cabeça.&nbsp;Os assassinatos na região tiveram seu fim, mas acabaram desencadeando vários ataques semelhantes nos anos seguintes intitulados como "A Rebelião <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119797-incels-o-movimento-de-homens-que-odeiam-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Incel</a>".&nbsp;

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Elliot Rodger: o homem responsável pelos assassinatos de Isla Vista em 2014

Madame LaLaurie promoveu torturas horríveis aos empregados e nunca foi punida pelos crimes.

Madame LaLaurie foi uma socialite americana que entrou para a história por motivos nada louváveis. Durante a sua vida, ela ajudou a torturar, mutilar e matar cerca de 96 empregados negros que ela escravizava.Nascida em 1787 em Nova Orleans, Marie Delphine Macarty se casou três vezes e morreu em Paris em 1849, sem nunca ter sofrido qualquer pena por seus crimes.<h2>A história de uma serial killer de alta classe</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13193854326342.jpg" alt="(Fonte: Spookt / Reprodução)"><figcaption>Marie Delphine se casou três vezes e foi muito rica. (Fonte: Spookt / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Marie Delphine veio de uma família rica que possuía muitas plantações e esbanjava em uma vida cheia de extravagâncias. Com apenas 14 anos, ela casou com seu primeiro marido, um homem chamado Ramon López y Ángulo de la Candelaria, que tinha então 35 anos. Este casamento durou pouco: depois de cinco anos, o homem morreu em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-fotos-do-titanic-que-contam-a-historia-do-naufragio" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufrágio</a> em Cuba enquanto a sua esposa estava grávida do primeiro filho.Com 20 anos, ela se casou novamente com Jean Paul Blanque, com quem teve mais quatro filhos. Só que, oito anos depois, o novo esposo morreu repentinamente, deixando Marie Delphine endividada. Foi apenas com a morte do seu pai, em 1824, que ela se recomporia com a herança deixada por ele.Em 1826, Delphine engata um novo romance com um quiroprático francês mais jovem, chamado Louis LaLaurie. Ela conheceu o médico em uma consulta dos seus filhos. Na época, ela tinha 38 anos e LaLaurie estava na casa dos 20. Eles se casaram em 1828 e tiveram mais um filho.Mas o casamento não foi feliz, e eles viviam brigando e se reconciliando. No entanto, o casal comprou uma bela casa em Nova Orleans, que ficou famosa como Mansão LaLaurie. Foi nesse espaço que Madame LaLaurie promoveria os piores horrores possíveis.<h2>Os crimes na Mansão LaLaurie</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13195218880347.jpg" alt="A Mansão LaLaurie é hoje um ponto turístico em Nova Orleans. (Fonte: TripAdvisor / Reprodução)"><figcaption>A Mansão LaLaurie é hoje um ponto turístico em Nova Orleans. (Fonte: TripAdvisor / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Como o médico estava frequentemente fora da cidade, a casa foi ocupada por Madame Delphine LaLaurie, seus filhos e dezenas de pessoas escravizadas. Mas, depois de um tempo, começou a circular um boato de que a patroa estava punindo seus empregados com castigos que iam além do esperado para a época.Embora ela parecesse ser gentil com eles em público, havia rumores de um tratamento cruel dentro da mansão. Dentre as histórias que circulavam, estava a de que uma menina escravizada de 12 anos, chamada Lia, teria puxado um pouco demais o cabelo da Madame enquanto o escovava. Por vingança, a patroa a perseguiu até que ela caísse do telhado.Madame depois teria jogado o corpo de Lia em um poço, mas o caso acabou sendo descoberto. Ela chegou a perder alguns de seus empregados, mas fez com que amigos e familiares os comprassem de volta.A verdade sobre o que ocorria na Mansão LaLaurie só vieram à tona depois que houve um incêndio na casa, no dia 10 de abril de 1834. Um grupo de vizinhos correu para apagar o fogo, e acabaram testemunhando cenas terríveis lá dentro. Havia uma cozinheira de 70 acorrentada no fogão, que admitiu ter provocado o incêndio de propósito.No sótão, os vizinhos relataram ter encontrados sete <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/como-era-ser-uma-pessoa-escravizada-na-roma-antiga" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas escravizadas</a> horrivelmente mutiladas. Seus membros estavam esticados e dilacerados, e havia pistas de que eles estava nesse estado há meses, apenas para ter seu sofrimento prolongado.Além desses, que estavam ainda vivos, foram encontrados dezenas de corpos. Algumas das vítimas estavam em gaiolas ou amarradas a mesas, com membros quebrados, bocas costuradas. Havia até alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/afinal-cadaveres-afundam-ou-flutuam-na-agua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadáveres</a> com olhos arrancados e buracos no crânio.Mesmo para os padrões da escravidão americana, aquilo virou um escândalo, e fez com que a multidão protestasse na porta da mansão. Contudo, Madame LaLaurie conseguiu escapar. Ela conseguiu chegar em Paris, onde mais tarde se reuniria com seu marido e filhos. Pelo que se sabe, ela faleceu em 1849, aos 62 anos, sem nunca ser punida pelos crimes que cometeu.Por incrível, que pareça, hoje a Mansão LaLaurie é um macabro ponto turístico em Nova Orleans. Localizada no French Quarter, a casa atrai muita gente interessada no tipo de turismo ligado ao terror.

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A história de Madame LaLaurie, a socialite que mutilou seus empregados

Christina Grimmie foi assassinada por um suposto fã ao fim de um show.

Muita gente deseja a fama, mas nem sempre se dá conta que ela pode trazer grandes tragédias. Um exemplo é a história de Christina Grimmie, uma cantora promissora que foi morta depois de um show em Orlando, nos Estados Unidos, em junho de 2016.&nbsp;Ela foi assassinada por um fã obcecado por ela chamado Kevin James Loibl. O homem se aproximou de Christina enquanto ela dava autógrafos e deu um tiro fatal. A cantora tinha então apenas 22 anos.<h2>O caminho de Christina Grimmie até à fama</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/15/15190204535139.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>A fama de Christina Grimmie explodiu em 2014, depois de ela participar do programa The Voice. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Desde criança, Christina Grimmie se interessou por música. Quando tinha 15 anos, ela iniciou um canal de YouTube em que postava <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/71449-25-musicas-que-voce-nem-imagina-que-sao-covers.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covers</a> de músicas como “Party in the USA” de Miley Cyrus e “One Time” de Justin Bieber.Em 2011, ela já acumulava um milhão de seguidores. Foi quando ela se mudou para Los Angeles e lançou um EP de estreia, chamado Find Me. Christina começou a angariar mais sucesso, abrindo os shows de Selena Gomez.Mas a fama de verdade viria quando, em 2014, ela participou do programa The Voice, sendo treinada pelo cantor Adam Levine, do Maroon 5. Ela ficou em terceiro lugar naquele ano, mas a sua base de fãs seguia crescendo.<h2>O assassinato da cantora</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/15/15190244746140.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Até hoje não se tem clareza das razões do assassinato de Christina Grimmie. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mal ela sabia que a morte chegaria em 10 de junho de 2016, no dia em que ela estava se apresentando no Plaza Live em Orlando, fazendo a abertura para a banda Before You Exit. Ao terminar seu show, Christina se preparou para tirar fotos e dar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108082-mais-25-autografos-e-assinaturas-de-personalidades-mundiais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autógrafos</a> aos fãs que a esperavam.Às 22h24, chegou a vez de Kevin James Loibl. Christina abriu os braços para dar um abraço nele, mas o sujeito sacou uma arma e atirou nela três vezes. O irmão da cantora, que era seu empresário, derrubou Loibl no chão. O homem conseguiu escapar e deu um tiro na própria cabeça, cometendo suicídio.Christina Grimmie foi levada às pressas para o hospital, mas morreu logo depois, com um tiro na cabeça e dois no peito. Nunca se descobriu qualquer interação entre ela e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/quem-foi-andrew-cunanan-o-serial-killer-que-assassinou-giani-versace" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassino</a>, e por isso a polícia passou a investigar a história de Kevin James Loibl. Os investigadores encontraram coisas perturbadoras.Loibl tinha 27 anos e vivia em St. Petersburg, na Flórida. Alguns dias antes do assassinato da cantora, ele comprou duas armas de fogo e uma grande faca de caça. Ao entrar no show, ele não foi revistado. Descobriu-se, antes de sair, que ele havia deixado na porta de sua casa uma placa que dizia: “Mais profunda tristeza pela perda para a família, amigos e fãs da talentosíssima e amorosa Christina Grimmie. Sem mais comentários”.A investigação policial descobriu que Loibl tinha uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/5-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-transtorno-obssessivocompulsivo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obsessão</a> doentia por Christina. Segundo depoimento de seu único amigo, ele passava quase todas as suas horas assistindo aos vídeos dela e havia mudado a sua aparência para tentar impressioná-la. Seus colegas de trabalho costumavam zoá-lo quando ele dizia que iria se casar com a cantora.Mesmo com todas essas evidências de obsessão, até hoje não está totalmente claro por que ele resolveu matá-la. Há quem acredite que Kevin James Loibl teria reagido a alguma foto que Christina postou com seu namorado nas redes sociais.A família da cantora criou em 2017 a Christina Grimmie Foundation, uma instituição que tem como objetivo apoiar financeiramente outras vítimas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/39862-mapa-mostra-quais-sao-os-paises-que-mais-possuem-armas-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">violência armada</a>. Eles seguem postando imagens e vídeos das cantoras em seu Instagram para que ela nunca seja esquecida.

Serial Killers e Psicopatas

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