Ciência
24/12/2024 às 15:00•2 min de leituraAtualizado em 24/12/2024 às 15:00
Jack, o Estripador é o "apelido" de um dos mais famosos serial killers da história, responsável pela morte de pelo menos cinco mulheres no ano de 1888. Ele nunca foi capturado e, mais de cem anos depois de seus crimes, muita gente segue intrigada por sua identidade.
Mesmo não tendo deixado pistas, Jack, o Estripador supostamente enviou cartas bem macabras no período em que cometia os assassinatos. Elas trazem uma visão mais intimista desse sujeito misterioso que foi capaz das piores atrocidades possíveis.
Durante a época dos crimes, a polícia de Londres recebeu centenas de cartas que alegavam ser de Jack, mas a veracidade da maior parte delas foi descartada. Entretanto, algumas poucas pareceram muito convincentes, pois traziam informações restritas.
A primeira delas chegou em 27 de setembro de 1888 na Central News Agency. A carta alegava ter sido escrita pelo assassino e fazia referência a um antigo suspeito, um homem chamado John Pizer.
Ela ficou conhecida como "Dear boss" (a saudação inicial dizia "Caro chefe") e descrevia futuros atos: "No próximo trabalho que eu fizer, cortarei as orelhas da moça e enviarei aos policiais só por diversão. Guarde esta carta até que eu faça um pouco mais de trabalho, então a distribua diretamente. Minha faca é tão boa e afiada que quero começar a trabalhar imediatamente se tiver uma chance".
Ali aparecia pela primeira vez a assinatura de "Jack, o Estripador", dando um nome ao criminoso. Embora a polícia tenha pensado se tratar de uma farsa, mais mulheres foram assassinadas apenas três dias depois que ela foi entregue. A primeira mulher morta foi Catherine Eddowe, que teve sua garganta cortada e foi estripada – o assassino retirou seu rim esquerdo, removeu seu útero e mutilou suas bochechas, além de ter cortado uma parte do lóbulo da orelha.
Em seguida, no começou de outubro, chegou um cartão postal conhecido como “Saucy Jacky”, que aparentemente estava manchado de sangue. Ele dizia: "Eu não estava falando bobagem, querido e velho chefe, quando lhe dei a dica, você ouvirá sobre o trabalho do Saucy Jacky amanhã. Um evento duplo, desta vez a número um gritou um pouco, não consegui terminar imediatamente. Não é hora de dar ouvidos à polícia. Obrigado por guardar a última carta até eu voltar a trabalhar". A caligrafia das duas cartas também parecia semelhante.
Duas semanas depois da entrega do cartão postal, chegou outra carta, apelidada de "From Hell" ("Do Inferno"). Em resumo, ela dizia: "Sr. Lusk, eu lhe mando metade do rim que peguei de uma mulher e guardei para você, outro pedaço que fritei e comi, estava muito bom. Eu posso te mandar a faca ensanguentada que tirou se você esperar um pouco mais".
E sim, a carta chegou junto com a metade de um rim humano. Um médico que examinou o órgão afirmou que ele deveria pertencer a uma mulher com cerca de 45 anos que sofria de uma doença associada por excesso de bebida. A vítima Catherine Eddowes, de cujo corpo havia sido retirado um de seus rins, tinha 46 anos e era alcoólatra.
Depois disso, ocorreu mais um assassinato, o mais brutal de todos. Mary Jane Kelly foi mutilada e cortada em pedaços, que foram espalhados pelo quarto. Depois disso, o assassino desapareceu completamente.
As três cartas seguem até hoje um assunto de debate entre os pesquisadores. Um funcionário da Central News Agency chamado Thomas Bulling chegou a ser acusado da autoria delas, mas nada foi comprovado. A única certeza que se tem é que, se forem reais, elas são um indício de uma mente realmente doentia.