Artes/cultura
15/08/2017 às 11:56•2 min de leitura
Muita coisa deu errado nas filmagens deste clássico: Buddy Ebsen, que interpretaria o Homem de Lata, precisou ser substituído às pressas ao ter uma severa reação alérgica à maquiagem prateada. E os problemas não pararam por aí... Acredita-se que 16 roteiristas trabalharam na adaptação da peça escrita por Glen MacDonough e L. Frank Bam em 1902.
Margaret Hamilton, que interpretou a Bruxa Má do Oeste, passou seis semanas internada devido a queimaduras nos bastidores. E para completar, o filme contou com quatro diretores, sendo que apenas Victor Fleming creditado. Ao menos os problemas ficaram para trás quando a produção chegou aos cinemas, já que se tornou um dos maiores clássicos de todos os tempos.
George Cukor abandonou a direção de “O Mágico de Oz” para se dedicar a “...E o Vento Levou”, mas acabou sendo novamente substituído por Victor Fleming – boatos de que o galã Clark Gable impôs essa condição por ter tido uma paquera com um amigo de Cukor. A produção também atrasou um monte para ser finalizada, quase levando o produtor David O. Selznick à loucura.
Apesar disso, o filme é um dos mais amados dos cinéfilos, tendo ganhado 10 Oscars, incluindo o de melhor filme e dois especiais. Ajustada pela inflação, o filme teria a maior bilheteria norte-americana de todos os tempos: US$ 1,8 bilhão!
As atrizes Linda Blair, então com 12 anos, e Ellen Burstyn foram praticamente torturadas pelo diretor William Friedkin para que gritos verdadeiros fossem arrancados das duas. Algo semelhante aconteceu ao padre William O’Malley, que interpretou o padre Dyer no filme e serviu como consultor dos ritos católicos na produção: ele chegou a receber um soco de Friedkin para que demonstrasse uma reação mais verdadeira nas telas!
Se não bastasse tudo isso, incêndios misteriosos aconteceram no set, aumentando a fama de que a produção fosse realmente amaldiçoada. Depois de tudo isso, o filme estreou e foi o maior sucesso, sendo o primeiro terror indicado ao Oscar de melhor filme. E a bilheteria ajustada pela inflação seria de US$ 983 milhões só nos Estados Unidos – a nona maior da História.
O filme que originou o conceito de blockbuster e lançou Steven Spielberg ao estrelado também teve muitos problemas: o diretor insistiu que as gravações acontecessem no mar em vez de utilizar tanques de água, fazendo com que o custo da produção saltasse de US$ 4 milhões para US$ 9 milhões!
Para piorar, o Bruce – nome carinhoso do tubarão mecânico – constantemente apresentava problemas. Isso fez Spielberg tirar o foco do animal para contar a história dos personagens, o que se mostrou um grande acerto. Apesar disso, “Tubarão” entrou para o imaginário popular com uma das trilhas sonoras mais famosas de todos os tempos e arrastou multidões aos cinemas.
As primeiras tentativas do diretor George Miller de reavivar sua saga, que teve a terceira parte lançada em 1985, começaram em 1998. Porém, vários problemas impediram que o filme começasse a ser produzido, como, por exemplo, os ataques terroristas de 2001. Sete anos depois, tudo parecia certo para as filmagens começarem, mas a morte do então protagonista Heath Ledger frustrou os planos mais uma vez.
As filmagens começaram no deserto da Namíbia apenas em 2012 e se arrastaram durante vários meses – tanto que autoridades do país ficaram preocupadas que áreas de proteção estivessem sendo impactadas. Em 2013, novas gravações foram solicitadas, aumentando ainda mais o custo do filme, que chegou a US$ 150 milhões. Felizmente, o filme agradou o público e a crítica, tornando-se um cult instantâneo.