Ciência
26/01/2019 às 07:00•2 min de leitura
O vídeo que você vai ver a seguir vem circulando pela internet nos últimos dias e causando ondas de satisfação pelo mundo — especialmente entre as pessoas que não suportam olhar para ambientes e objetos encardidos. Mais especificamente, o clipe mostra um restaurador removendo 200 anos de sujeira acumulada sobre uma pintura da Era Jacobita, um período da história inglesa e escocesa compreendido durante o reinado de Jaime VI da Escócia e I da Inglaterra (1567 e 1625). Confira:
A remarkable Jacobean re-emergence after 200 years of yellowing varnish 1/2 pic.twitter.com/yBGNGDcNd7
— Philip Mould (@philipmould) 6 de novembro de 2017
De acordo com Bryan Menegus, do site Sploid, a pessoa trabalhando no quadro é um homem chamado Philip Mould e, como você viu acima, a substância que ele usa parece mágica! E se você — maníaco por limpeza inveterado — ficou curioso em saber o que, afinal, o cara usou para conseguir um efeito tão extraordinário, sentimos em informar que, infelizmente, ele não revelou quais são os ingredientes de sua “fórmula secreta”.
Segundo Bryan, o que acontece com as pinturas é que, para preservá-las da passagem dos anos, uma camada de verniz é aplicada sobre a tela. O problema é que, além de proteger as obras de arte, poeira e outras partículas tendem a se acumular sobre o material, tornando as imagens escurecidas e as cores menos vibrantes.
A last smear from the chin removed. I will post an image of the completed picture as soon as it is ready. pic.twitter.com/K7TSl2XdqE
— Philip Mould (@philipmould) 6 de novembro de 2017
É claro que tem muita gente tentando adivinhar o que Philip usou para remover a camada de sujeira e devolver à pintura seu esplendor original sem danificar a tela, mas, até o momento, a substância permanece sendo um mistério. Um produto geralmente utilizado para eliminar o verniz de superfícies, como você deve saber, é a aguarrás — ou terebintina destilada —, mas sua consistência é muito mais líquida do que a observada no material usado no vídeo.
Não é incrível? (Sploid)
Seja lá qual for a substância que Philip usou para eliminar 200 anos de craca do quadro, dá para ver que o cara certamente sabe o que está fazendo — e que conseguiu um resultado impressionante na restauração do quadro. Algo muito, muito diferente do trabalho extraordinário (só que não) realizado pela “artista” Cecília Giménez, que decidiu restaurar uma pintura do século 19 situada em uma igreja espanhola. Lembra?
Talento indiscutível! (io9)