Ciência
02/05/2018 às 04:30•3 min de leitura
Considerando suas origens, os efeitos especiais em filmes evoluíram muito, a ponto de não mais percebermos o que é verdade ou não. Através da tecnologia desenvolvida ao longo de anos, fundos verdes são transformados em paisagens magníficas e indistinguíveis da realidade.
Apesar da facilidade gerada pela tecnologia, algumas cenas precisam ser filmadas em ambientes reais, ou pelo menos grande parte delas. Seja por opção do diretor ou necessidade, devido a limitações técnicas ou de orçamento, a execução delas coloca várias pessoas em risco, mas os resultados são impressionantes. Confira abaixo 7 exemplos de cenas em que os efeitos computacionais são mínimos.
Nessa cena, Batman tenta salvar Harvey Dent do ataque orquestrado pelo Coringa, que está determinado a explodir a escolta policial. A parte em que o batmóvel arrasta um caminhão de lixo deixou muita gente impressionada com o realismo, e foi tudo real mesmo! Christopher Nolan, diretor do filme, e sua equipe construíram todos os elementos dessa cena em escala 1:3, reproduzindo fielmente aquela região de Chicago e, posteriormente, filmando a colisão entre os veículos.
Novamente Christopher Nolan, agora no capítulo final da trilogia do homem-morcego. O diretor é conhecido por valorizar cenas reais, e nesse caso não foi diferente. Tudo foi filmado na Escócia, e quando perguntado sobre os detalhes da filmagem, ele disse que “foi uma incrível combinação de muito planejamento, junto com vários membros da equipe, que trabalharam por meses ensaiando todos os detalhes dos saltos de paraquedas”. As partes filmadas dentro do avião foram feitas em um simulador, construído especificamente com esse fim, deixando tudo o mais real possível.
O robô BB-8 é um dos personagens mais queridos do novo filme da franquia. Ao contrário do que possa parecer, ele existe realmente. Para as filmagens, vários modelos foram construídos: um para demonstrar emoções quando manuseado pelos atores, outro que pode ser lançado e continuar com a cabeça no lugar, além do que é deslocado por controle remoto.
A cena de abertura desse longa é intensa e prende nossa atenção do início ao fim. O fato de saber que ela foi filmada em um trem real, em movimento, torna tudo ainda mais impressionante. Além disso, nessa parte especificamente, os próprios atores aparecem do início ao fim, dispensando os dublês e utilizando somente um cabo de aço como medida de segurança.
O próprio Tom Cruise atuou nas cenas perigosas em praticamente todos os filmes da franquia. Como nem sempre as coisas funcionam, ele quebrou o tornozelo durante as filmagens de "Missão Impossível 6", que estreia em julho por aqui. Se você quiser ver essa cena específica, pode acessar por este link.
No primeiro filme, ele desceu de uma grande altura, suspenso por um fio. No segundo, se pendurou à beira de um penhasco. Depois, escalou o Burj Khalifa. Resumindo: Tom Cruise gosta de correr riscos, além de em pelo menos uma cena correr como se não houvesse amanhã.
O primeiro filme possui uma das cenas mais famosas do cinema, feita com apoio de muita computação gráfica. O segundo filme também usa esses efeitos, mas a perseguição de Trinity e Morpheus pelos agentes foi filmada em uma rodovia real. O uso de computação gráfica é evidente, mas as batidas e explosões de automóveis são todas reais.
Christopher Nolan valoriza cenas sem efeitos de computador, e não à toa ele aparece mais uma vez por aqui. Uma das cenas que melhor representa isso é a em que os personagens representados por Leonardo DiCaprio e Ellen Page estão conversando em um café, e pequenas explosões começam a acontecer, vindas de diversas direções. Vários canhões de ar foram utilizados na sequência, e tudo foi filmado com uma câmera que captura 1500 quadros por segundo.
As famosas cenas em que o ambiente gira também foram feitas sem efeitos computacionais. Uma estrutura giratória foi contruída especificamente com esse fim, criando o efeito da forma mais real possível.