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04/09/2018 às 08:00•2 min de leitura
A história da Apollo 11, a primeira missão tripulada que foi à Lua, virou tema central de um filme dirigido por Damien Chazelle, mesmo cineasta responsável por “Whiplash” e “La La Land”. Intitulado “O Primeiro Homem”, a produção foca bastante na vida do astronauta Neil Armstrong, que é interpretado pelo ator Ryan Gosling, e vem sendo bastante elogiada pelos críticos e jornalistas que viram a obra antes do lançamento oficial.
Mas nenhum desses elogios foi suficiente para evitar o surgimento de uma polêmica faltando menos de um mês para o lançamento do filme nas salas de cinema. E tudo começou envolvendo um dos momentos mais lembrados nas imagens e vídeos da missão durante o tempo em que ficaram na Lua: a cena em que Armstrong finca uma bandeira dos Estados Unidos no nosso satélite natural.
Essa discussão ganhou força quando o ator Ryan Gosling deu uma entrevista defendendo o fato de a cena ter sido cortada da versão final do filme. Para ele, a ida à Lua foi uma conquista da humanidade e não apenas dos Estados Unidos. “Eu não acho que Neil [Armstrong] se enxergasse como um herói americano. Pelas entrevistas que fiz com parentes e pessoas que o conheciam, era o oposto disso”. O ator destacou que Armstrong sempre tentava tirar o foco de si e dar mais atenção aos milhares de trabalhadores que fizeram a missão possível.
Foi o bastante para o senador republicano Marco Rubio soltar críticas ao filme em sua conta no Twitter. Por lá, o parlamentar disse que o comentário era “uma loucura e um desserviço em uma época na qual nosso povo precisa lembrar das coisas que conseguimos alcançar quando trabalhamos juntos.” O próprio astronauta Buzz Aldrin, que também participou da missão e foi o segundo homem a pisar na Lua, apoiou essa linha de pensamento, publicando fotos do fincamento da bandeira e dizendo ter orgulho de ser americano.
Mas os filhos de Neil Armstrong têm uma opinião diferente da do amigo do pai. Junto de outros atores, e até mesmo do próprio diretor da produção, eles lembraram que a bandeira não foi cortada a aparece claramente em vários momentos do filme. O que foi cortado foi apenas o instante em que ela é fincada na Lua, uma decisão feita por questões relacionadas ao tempo da produção.
Isso não parece ter sido o suficiente para acalmar a parcela dos americanos que ficou furiosa com a notícia. Muitos estão até mesmo tentando organizar um boicote ao filme e protestos na frente dos cinemas que irão exibir “O Primeiro Homem”. Como o lançamento acontece apenas em outubro, ainda há bastante tempo para essa polêmica se desenrolar.
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