Artes/cultura
05/09/2019 às 14:00•3 min de leitura
Além de ser a segunda nação mais populosa da África, com mais de 112,5 milhões de habitantes, ser um dos países mais antigos do mundo e possível lar da lendária “Arca da Aliança”, a Etiópia guarda muitos outros atrativos, entre eles, os que listamos a seguir – selecionados a partir de um artigo publicado por Jana Louise Smit, do site ListVerse. Confira:
Você sabia que a Etiópia abriga o artefato com ilustrações cristãs mais antigo de que se têm notícia? Se trata de um manuscrito conhecido como “Evangelhos de Garima”, que consiste em um documento contendo desenhos relacionados ao cristianismo e que teria sido redigido por um monge chamado Abba Garima entre os séculos 5 e 6.
Segundo a lenda, o religioso teria criado o material em um único dia, logo após fundar um mosteiro – o Mosteiro Garima –, local onde o documento permanece guardado desde a sua criação. O manuscrito foi todo redigido em Ge’ez, um antigo dialeto etíope, em pergaminho, e por muito tempo se acreditou que, na verdade, o artefato tinha sido produzido no século 11.
Entretanto, análises conduzidas no material e a datação por radiocarbono revelaram que o documento foi criado entre os anos 330 e 640, o que faz dos Evangelhos de Garima possivelmente a relíquia contendo ilustrações do cristianismo mais antiga já encontrada no mundo.
Nós sabemos que a África foi o berço da civilização humana, mas você sabia que o continente também teria abrigado seres gigantes? Ou pelo menos é isso que diz uma lenda que circula pela região leste da Etiópia. O mito surgiu por conta de ruínas compostas por enormes blocos de pedra encontradas nas proximidades de Harlaa, despertando a imaginação dos habitantes da área, mas, obviamente, o local não foi construído por pessoas colossais, não...
Batizado como “Cidade Esquecida de Harlaa”, o sítio já era um velho conhecido dos cientistas, mas só foi devidamente explorado por arqueólogos há um par de anos e, lá, foram descobertos inúmeros artefatos e edificações. A localidade provavelmente floresceu durante o século 10 e, além de terem sido descobertos objetos originários da China e da Índia, os pesquisadores encontraram evidências de que havia uma forte presença islâmica na região.
Também foram achados vestígios que indicam que a cidade recebia pessoas vindas da Tanzânia, Maldivas, Madagascar, Egito, Iêmen e Somalilândia, o que levou os arqueólogos a concluir que a Cidade Esquecida de Harlaa, além de ser um importante centro de comércio regional, foi um lugar que abrigou bastante diversidade cultural e fazia parte de uma rede de comunidades muçulmanas na África.
E já que estamos falando de ocupação humana no passado, foi em Gona, na Etiópia que se encontraram algumas das peças mais antigas produzidas por nossos antigos ancestrais. Mais especificamente, em 2003, um time de arqueólogos encontrou uma coleção de artefatos feitos de pedra há mais ou menos 2,6 milhões de anos – itens que detiveram o título de “ferramentas fabricadas por ancestrais humanos mais antigas de que tem notícia” durante vários anos.
A coleção só foi perder o posto em 2015, depois que outros artefatos foram encontrados no Quênia e datados como tendo 3,3 milhões de anos. Esses itens, aliás, foram criados muito antes do surgimento do gênero Homo e, de acordo com os cientistas, e possível que essas peças tenham sido criadas por hominídeos do gênero Australopithecines ou da ordem Kenyanthropus.
Os vulcões podem ser incrivelmente perigosos e destruidores, mas eles também são capazes de criar paisagens belíssimas e surreais. Um desses “artistas” da natureza é o Dallol, situado a cerca de 600 quilômetros da capital etíope Addis Ababba e, apesar de ter produzido uma área repleta de riscos, o vulcão atrai corajosos visitantes todos os anos.
Nos arredores do Dallol existem inúmeras nascentes borbulhantes, gêiseres, poças repletas de substâncias ácidas e fumarolas que liberam gases tóxicos. Mas as cores que os compostos químicos que se encontram sob a superfície e são expelidos pelo vulcão criam uma paisagem única e cheia de cores e contrastes.
O que acontece por lá é que o magma acaba aquecendo a água subterrânea e, quando o líquido começa a subir até a superfície, ele vai dissolvendo minerais como o potássio, enxofre e óxido de ferro. Depois, a água acaba se acumulando no interior de crateras, mas o clima árido e quente faz com que boa parte dela evapore, e o resultado são as “piscinas” com as colorações que você viu nas imagens.