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09/01/2020 às 14:00•2 min de leitura
A Segunda Guerra Mundial foi um dos períodos mais sombrios da humanidade, porém, no meio de tanta maldade, surgiu uma luz.
Franz Jägerstätter, era contra a ideologia nazista e recusou jurar lealdade a Adolf Hitler e a servir em Wehrmacht, conjunto das forças armadas da Alemanha durante a Segunda Guerra.
Nascido em um vilarejo chamado St. Radegund, na Áustria, em 1907, era filho bastardo de Rosalia Huber, uma criada, e Franz Bachmeier, um fazendeiro. Por causa disso, foi criado por sua avó, Elizabeth Huber, uma mulher extremamente devota.
Durante sua juventude, Franz tinha uma personalidade mais selvagem, adorava andar de moto e foi líder de uma gangue. Trabalhou 3 anos nas minas de uma outra cidade e voltou para St. Radegund, onde se tornou fazendeiro, e casou-se com Franziska Schwaninger, uma cristã fervorosa com quem passou a compartilhar um amor pela religião.
Franz foi contra a anexação da Áustria em 1938 desde o começo (conhecida como Anschluss), sendo o único na cidade a ter coragem de falar abertamente contra o assunto em sua cidade. No ano seguinte, ele foi convocado para o exército austríaco, recebendo treinamento por sete meses e depois sendo dispensado. Ele não tinha o menor interesse em fazer parte da guerra, conseguindo dispensa mais duas vezes após outras convocações.
Porém, em fevereiro de 1943, foi chamado novamente para se reportar aos oficiais do exército austríaco e foi quando se recusou a jurar lealdade a Hitler. Quando confrontado por seu advogado de defesa sobre suas crenças católicas serem o motivo de não querer servir, o fazendeiro simplesmente disse “Só posso agir de acordo com a minha consciência. Não julgarei ninguém. Pois só posso julgar a mim mesmo. Eu pensei em minha família. Rezei e coloquei a mim e meus entes queridos nas mãos de Deus. Eu sei que se fizer o que Deus quer que eu faça, ele cuidará da minha família”. Em 9 de agosto de 1943, Jägerstätter foi executado e cremado por suas escolhas.
Por décadas sua morte foi esquecida, mas tudo mudou em 1964, com a publicação de sua biografia. Em 1997 começaram os processos dentro da Igreja Católica para torna-lo um mártir, o que foi confirmado em 2007, em uma missa onde sua esposa e três filhas compareceram.
Sua história inspirou um documentário em 1971 e agora um longa-metragem chamado Uma Vida Oculta, que será lançado nos cinemas brasileiros em 30 de janeiro.