Amuleto de 1.600 anos protegia contra entidades vampíricas

12/03/2021 às 13:302 min de leitura

Pesquisadores do Centre College em Kentucky, Estados Unidos, decifraram um amuleto mágico relacionado à religião étnica mandeísta. Segundo os pesquisadores, o artefato era utilizado há cerca de 1.600 anos como instrumento de proteção contra entidades vampíricas e invocava o arcanjo Gabriel para proteger o usuário.

Em 2009, pesquisadores da faculdade adquiriram três amuletos de um colecionador não identificado por cerca de US$ 5 mil (cerca de R$ 27 mil). Tom McCollough, professor de religião no Centre College e principal decodificador do amuleto, escutou do comerciante que os artefatos foram comprados por um membro de sua família em Jerusalém, durante a década de 1950, e fotos documentais apresentadas pelo anônimo comprovaram estar contando uma história verídica.

A lenda do amuleto remonta ao período de 450 d.C. e está intimamente ligada à presença milenar de mandeianos no sul do Iraque e Irã. Collough — que não pôde compartilhar imagens do item — descreve o amuleto como um longo pedaço fino de chumbo com uma carcaça de cobre, contendo um encantamento mágico em forma de inscrição personalizado para proteger um homem chamado Abbiya.  "Em nome da vida, que haja saúde para o espírito e a alma de Abbiya, o filho de Mahua", diz o texto traduzido.

(Fonte: Ahmed Saad - Reuters / Reprodução)(Fonte: Ahmed Saad - Reuters / Reprodução)

Além disso, o amuleto convida o arcanjo Gabriel para "derrubar, amarrar, atacar, eliminar e matar o demônio", impedindo que "espíritos que comem carne e bebem sangue" machuquem o usuário. "Dos filhos e filhas, que uma grande voz, cure, vença, impeça, proteja e sele o corpo, espírito e alma de Abbiya", conclui a inscrição. De acordo com o pesquisador, os textos estão escritos em 62 linhas marcadas em um amuleto de 20,3 centímetros de altura e 4,4 centímetros de comprimento, quando em sua extensão total.

O mandeísmo

Considerada uma das raras formas de gnosticismo na atualidade, o mandeísmo ainda possui cerca de 50.000 fiéis espalhados pelo mundo. Por milênios, praticaram suas filosofias nas terras do Iraque, venerando Joâo Batista como o Messias e defendendo o pacifismo através dos ideais de conhecimento e dualismo, segundo etimologia do vocábulo grego "gnosis".

Com a decodificação do amuleto mágico, espera-se que seus estudos revelem mais pistas sobre a origem do grupo e como os mandeístas evoluíram com o tempo.

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