Ciência
20/09/2021 às 06:54•5 min de leitura
Durante Copa do Mundo, as Olimpíadas ou até mesmo antes da aula no colégio, é bem provável que você tenha aprendido a cantar o hino nacional em algum momento da sua vida. Entretanto, você sabia que cada um dos 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal, também têm um hino próprio?
E se essa informação já era clara, você sabe como cantar o hino do seu estado? A verdade é que essas canções carregam um alto valor histórico, e hoje nós vamos nos aprofundar um pouco mais em cada uma delas. Veja só!
Composto pelo médico e poeta Dr. Francisco Mangabeira (1879-1904) em 1903 e eternizado pelo músico Mozart Donizetti, o hino do Acre ressalta a beleza natural do estado e também as conquistas de guerra dos soldados da região. A canção foi desenvolvida pela primeira vez enquanto Mangabeira esteve no exército em Capatará.
Escrita em fevereiro de 1894 pelo poeta e jornalista Luiz Mesquita (1861-1918), a letra do hino oficial de Alagoas foi feita a pedido do então governador Gabino Besouro (1851-1930). A canção também ressalta a beleza local e celebra a liberdade de seu povo.
O hino oficial do Amapá, também chamado de Canção do Amapá, só foi oficializado pelo Decreto n. 008, de 1984. A letra é derivada do poema homônimo de Joaquim Gomes Diniz, que destaca a lealdade de seu povo ao Brasil e a vontade de lutar por um futuro melhor.
Instituído em setembro de 1980, o hino oficial do Amazonas surgiu em meio à existência informal de vários outros. Sua eleição foi resultado de concurso público, e a letra é do poeta Jorge Tufic Alaúzo (1930-2018). A canção fala sobre a beleza da liberdade e o orgulho de um povo que se doa pela vida e pelos sonhos.
Também chamado de Hino ao Dois de Julho, o hino oficial da Bahia é uma alusão ao dia 2 de julho de 1823, data em que o estado se libertou do comando português. Por isso, a letra de Ladislau dos Santos Titara (1801-1861) rejeita o comando dos déspotas e celebra o fim do tiranismo.
Adotado em 1903, o hino do Ceará foi criado por intelectuais cearenses para comemorar os 300 anos de fundação do estado, contados a partir da vinda dos primeiros portugueses à região, em 31 de julho de 1603. Esse dia é considerado o marco cronológico mais antigo da história cearense.
Criado em 1894 pelo advogado, jornalista e poeta brasileiro Peçanha Póvoa (1836-1904), o hino do Espírito Santo celebra as glórias do passado em meio ao nascer de um novo dia. Entre todas as características, a canção ressalta que os capixabas são um povo com fé e crença farta.
Introduzido em 1919, o hino oficial de Goiás foi substituído em 2001. Sendo assim, a letra criada por José Mendonça Teles (1936-2018) tornou-se a versão reproduzida por todas as partes. A mudança se deu para que novas informações valiosas para a identidade do povo goiano fossem trazidas por meio dos versos.
Adotado oficialmente em 1911, o hino oficial do Maranhão é de autoria do professor Antônio Batista Barbosa de Godóis (1860-1923). A canção celebra os heróis nascidos no estado, a vitória para expulsar os holandeses do território e a conquista da liberdade em relação aos portugueses.
Criado em 1983, o hino do Mato Grosso foi iniciativa do governador Júlio José de Campos (1946-), que oficializou a letra do poema "Canção Mato-grossense", de Dom Francisco de Aquino Corrêa (1885-1956). A letra da música foi entoada pela primeira vez em 1919, durante a comemoração do bicentenário da fundação de Cuiabá.
O hino oficial do Mato Grosso do Sul foi escolhido em concurso e instaurado em 1979. A letra de Jorge Antônio Siufi (1932-2011) e Otávio Gonçalves Gomes (1916-1992) ressalta as belezas naturais do estado e cita alguns personagens históricos, como Vespasiano Martins e os Guaicurus.
Minas Gerais não tem um hino oficial. Embora a canção "Oh! Minas Gerais" seja vista como tal, não há qualquer decreto no estado que confirme esse dado.
Com letra de Artur Teódulo Santos Porto (1886-1938), o hino do Pará tornou-se oficial em outubro de 1969. A canção é um poema de exaltação ao estado, abordando sua beleza natural e a exuberância de suas matas, suas flores e seus rios, tal qual o heroísmo de seu povo.
Apesar de ter sido apresentado pela primeira vez em 1905, o hino da Paraíba só foi oficializado em 1979. Escrita por Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1856-1916), a canção é mais um dos hinos brasileiros que ressaltam o heroísmo de seu povo, sobretudo "repelindo o assalto do estrangeiro".
Considerado um dos símbolos estaduais, o hino oficial do Paraná foi estabelecido em 1947, mas criado em 1903. Com letra de Domingos Nascimento (1863-1915), a canção ressalta a beleza do estado, que vibra em festa e almeja a prosperidade no futuro.
A elaboração do hino de Pernambuco contou com artistas consagrados, como Alceu Valença, Dominguinhos e Cannibal. Composto em 1908 pelo poeta Oscar Brandão da Rocha (1882-1956), o hino foi regravado nos mais variados estilos em 2002 para expandir sua popularidade.
De composição do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva (1885-1950), o hino do Piauí foi instaurado em 1923. Sua letra foi criada para celebrar o centenário da adesão do estado à Independência do Brasil, a qual ocorreu em 13 de março de 1823.
Intitulado Hino 15 de Novembro, o hino oficial do Rio de Janeiro foi composto em 1889 pelo maestro da Força Militar do Estado João Elias da Cunha, com letra de Antônio José Soares de Souza Júnior (1851-1893). Em 15 de novembro de 1889, cada província da República foi declarada uma unidade federativa.
Escrito pelo senador José Augusto Meira Dantas (1873-1964), o hino oficial do Rio Grande do Norte foi adotado em 1957 e celebra os valores potiguares. O estado chegou a ter outro hino no passado, mas esse nunca foi oficializado.
O Hino Rio-Grandense, como também é chamado, tem letra de Francisco Pinto da Fontoura e foi adotado oficialmente em 1966. Ao longo da história, existiram três versões para a canção, porém a primeira estrofe foi removida pelos dispositivos legais. A canção celebra a Revolução Farroupilha.
O hino de Rondônia chama-se "Céus de Rondônia", um poema de Joaquim Araújo Lima. Foi instituído como hino oficial em 1981, no ano de criação do estado. A canção também ressalta a beleza natural e o orgulho de ser brasileiro.
Escrito pelo poeta roraimense Dorval Magalhães (1914-2006), o hino oficial de Roraima foi escolhido por concurso público em 1996. A letra fala sobre o amor de seu povo pelo estado, que é a união federativa mais nova do Brasil.
Sancionado por lei pelo governador Hercílio Luz (1860-1924) em 1805, o hino oficial de Santa Catarina tem letra do romancista Horácio Nunes Pires (1855-1919). Por ter um aspecto forte abolicionista em sua melodia, a canção por vezes é considerada pouco representativa da história do estado.
O Hino dos Bandeirantes, como também é chamado o hino oficial de São Paulo, foi instituído em 1974. A canção é proveniente de um poema homônimo do poeta Guilherme de Almeida (1890-1969). Sua letra tem como inspiração a Independência do Brasil e a conquista da liberdade em relação aos portugueses.
Oficializado por meio de uma Assembleia Provincial em 1836, o hino do Sergipe é o mais antigo símbolo do estado. A letra é do poeta e professor Manoel Joaquim de Oliveira Campos e fala sobre a emancipação política da região em 1820, visto que antes pertencia à Bahia.
O hino oficial do Tocantins foi instituído em 1998. Com letra de Liberato Costa Póvoa (1944-2019), a canção cita a luta do povo rebelde contra as oligarquias e ressalta a firmeza de seu povo contra a tirania, além de bradar por um futuro melhor.
O hino do Distrito Federal, ou Hino a Brasília, tem letra de Geir Nuffer Campos (1924-1999) e foi oficializado em 1961. A primeira apresentação ocorreu diante do então presidente Juscelino Kubistchek (1902-1976) em 16 de maio de 1960. A música precisou passar pelo crivo do Ministério da Educação e da Cultura.