Ciência
23/11/2021 às 05:12•1 min de leitura
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Talvez esse nome não ative qualquer memória na cabeça de muitos, mas assim foi registrada aquela que ficou conhecida como Irmã Dulce, a primeira santa genuinamente brasileira (vale lembrar que temos Santo Antônio de Sant’ana Galvão como santo de terras tupiniquins).
Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914 em Salvador (BA) e desde pequena dava indícios de que seguiria uma vida religiosa e de auxílio aos pobres. Em 1933, entrou como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus em São Cristóvão, no estado de Sergipe, fazendo sua profissão de fé em 13 de agosto do mesmo ano.
(Fonte: Obras Sociais Irmãs Dulce/Divulgação)
O nome "Irmã Dulce" foi escolhido como uma homenagem à mãe, Dulce Maria de Souza Brito, que faleceu quando Maria Rita tinha apenas 7 anos de idade. Seu legado de auxílio aos mais necessitados ganhou destaque em 1949, quando sem ter onde abrigar aproximadamente 70 pessoas que recolhia das ruas, acabou transformando o galinheiro do convento onde vivia em abrigo. Onze anos depois, o local virou o Hospital Santo Antônio, considerado um dos maiores do Nordeste.
Após uma vida dedicada a ajudar os mais necessitados, Irmã Dulce, também conhecida como "O Anjo Bom da Bahia", faleceu aos 77 anos em 13 de março de 1992 em Salvador. Sua canonização aconteceu em outubro de 2019, 27 anos após seu falecimento, quando passou a ser popularmente conhecida como Santa Dulce dos Pobres.
A Comissão de Educação do Senado aprovou um projeto de lei para adotar a data de sua morte como feriado nacional. De autoria do senador Angelo Coronel (PSD-BA), a proposta precisa de análise na Câmara dos Deputados e da sanção presidencial para efetivamente começar a valer em todo o território brasileiro.