Ciência
28/01/2022 às 08:00•2 min de leitura
A proeminência do patriarcado (sistema social em que os homens são favorecidos) é, para alguns, a fonte de muitos problemas na sociedade. Mas saiba que não são em todos os lugares que o gênero masculino é o que detém mais poder. No mundo todo, há muitas sociedades organizadas e comandadas por mulheres. Neste texto, você conhece algumas delas.
(Fonte: Hypescience)
O povo Minangkabau é nativo da Sumatra, na região da Polinésia. Sua cultura é chamada de matrilinear, o que quer dizer que a organização social se dá pela linha materna, e não paterna. A transmissão das propriedades, por exemplo, é feita de mãe para filha.
Mais de 4 milhões de pessoas participam dessa sociedade. Nesta localidade, nascer mulher é uma vantagem — e não uma desvantagem, como em boa parte do mundo. Um detalhe curioso dos Minangkabau é que vários elementos da organização da vida social passam primeiro pelas mulheres. Após o casamento, é o noivo que se muda para a casa da noiva, e os homens ocupam postos religiosos e políticos após terem permissão das mulheres.
(Fonte: Hypescience)
O povo indígena Bribri é oriundo da Costa Rica. Neste pequeno grupo, a organização é feita por clãs determinados por meio da linhagem materna. Cada membro desta sociedade pertence a um clã, e é criado por uma mulher do seu mesmo grupo. Por isso, os homens não criam seus próprios filhos, apenas os filhos de suas irmãs.
As mulheres têm vários privilégios neste povo. Apenas elas podem herdar a terra e preparar os rituais religiosos importantes para os Bribri.
(Fonte: The Wire)
Os Khasi são um grupo étnico de cerca de 1,5 milhão de pessoas que residem no nordeste da Índia e em certas partes de Bangladesh. Nesta cultura, as mulheres também são responsáveis por liderar certas áreas. Um fator distintivo de boa parte das culturas ocidentais, por exemplo, é que as crianças recebem o sobrenome da mãe, e não do pai. E pasme: mesmo vivendo na Índia, local em que os papéis tidos como “tradicionais” costumam ser cumpridos, neste grupo, as mulheres saem para trabalhar enquanto os homens ficam em casa cuidando dos filhos.
(Fonte: Hypescience)
O povo Mosuo, pequeno grupo étnico que habita uma região próxima do Tibete, é conhecido como “Reino das Mulheres”. Isto porque as mulheres tomam a frente em quase tudo nessa sociedade. A linhagem Mosuo é definida pelo lado das mulheres, e é a matriarca que manda na família.
Nesta sociedade, os casamentos são ambulantes e as mulheres se divertem com outros homens quando desejam — inclusive, é relativamente comum que não se saiba quem é o pai de uma criança. Mas, como a linhagem é feminina, não existe a ideia de filho ilegítimo.
(Fonte: Hypescience)
O povo Nagovisi é uma das três tribos da ilha South Bougainville, localizada no norte da Austrália e a oeste da Nova Guiné. As mulheres são autoridade neste território: são elas que têm direito à produção de alimentos, o trabalho fundamental desempenhado na ilha.
Quando fica adulta, cada mulher tem o direito de cultivar a terra de seus antepassados — e esse privilégio é passado para suas filhas, e não filhos.
(Fonte: Hypescience)
Os Hopi são uma tribo nativa norte-americana que habita a região do Arizona. Eles vivem neste local e entendem-se como uma nação soberana, com constituição e tudo. Este povo também é matrilinear: os sobrenomes das crianças seguem o lado materno da família. Aliás, o nome dos bebês é definido coletivamente — aos 20 dias de idade, as mulheres da tribo se reúnem para discutir como a criança será batizada. Esta é uma sociedade extremamente cooperativa em todos os sentidos.