6 seres mitológicos inspirados em animais reais

19/02/2022 às 06:003 min de leitura

Ao longo da história, a humanidade se viu cercada por contos sobre seres e fenômenos mitológicos que se destacaram por fugir completamente da realidade. Muitas dessas lendas foram criadas com o puro propósito de chocar ou exaltar a imponência de eventos sobre-humanos, enquanto outras acabaram fugindo pela tangente e se aproveitaram de histórias reais para cumprir seus propósitos narrativos, sendo perpetuadas por gerações.

Conheça abaixo algumas criaturas mitológicas famosas que foram baseadas em acontecimentos ou seres do mundo real.

1. Unicórnio

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Ser mitológico relacionado aos contos de fadas modernos, o unicórnio teve origem na descoberta de um distinto gênero de rinoceronte-lanoso: o elasmotherium. Nativo da Europa Oriental e do Oriente Médio, o mamífero chamou a atenção por apresentar um fóssil com estrutura óssea contendo um longo chifre que se projetava diretamente de sua testa, além de pernas longas e dentes similares aos de cavalos.

2. Hidra

(Fonte: Jaime Jones/Magic: The Gathering)(Fonte: Jaime Jones/Magic: The Gathering)

Em outubro de 2016, uma cobra de duas cabeças foi encontrada em Kravarsko, uma pequena cidade nos arredores da capital Zagreb (Croácia). A rara condição ocorre quando um embrião em desenvolvimento começa a se dividir, mas para no meio do caminho — policefalia. 

Essa mutação indica uma baixa taxa de sobrevivência e uma série de limitações para indivíduos nascidos com ela, mas a mitologia grega acabou se aproveitando dessa "fraqueza" para criar um ser imponente.

A Hidra de Lerna, filha de Tifão e Equidna, segundo a mitologia original era um monstro com impressionantes sete cabeças no corpo de um dragão que apavorava moradores da região de Argólida. 

3. Sereia

(Fonte: Ocean Info/Reprodução)(Fonte: Ocean Info/Reprodução)

Durante a Idade Média, as pessoas permaneciam por meses no mar e, portanto, tornavam-se propensas a imaginar todo tipo de bizarrice, entregando-se a alucinações e visões após o corpo reclamar de fome e desejo sexual.

Assim, era normal que marinheiros confundissem peixes-bois, focas e leões-marinhos com mulheres reais, afirmando que esses híbridos de fêmeas humanas e peixes utilizavam habilidades sobrenaturais para manipular a mente de navegantes e devorá-los depois de iniciar poderosos rituais de atração.

4. Chupa-cabra

(Fonte: ABC/Reprodução)(Fonte: ABC/Reprodução)

Os sugadores de cabras do folclore mexicano podem ser apavorantes à primeira vista, mas estudos de corpos coletados mostram que suas origens são bem menos chocantes.

De acordo com análises, a base real para a existência de chupa-cabras são coiotes que adquiriram sarna após hospedarem o ácaro Sarcoptes scabiei. Como consequência, reações graves teriam causado problemas na pele dos animais, além de fadiga, cansaço muscular e a condição estrita de buscar presas menos ágeis, como gado.

5. Kappa

(Fonte: Asahi/Reprodução)(Fonte: Asahi/Reprodução)

O kappa ("criança do rio", em tradução livre) é um demônio aquático bastante conhecido por habitar regiões úmidas do Japão. Por décadas, essa criatura escura e viscosa foi um verdadeiro pesadelo para habitantes de pequenas vilas orientais, antagonizando todo tipo de história sobre desaparecimentos e casos estranhos relatados. Mais tarde, foi descoberto que o kappa era apenas uma salamandra-gigante-do-Japão.

Espécimes do anfíbio são capazes de alcançar até 1,44 metro de comprimento e têm bocas enormes que passam a impressão de poderem engolir qualquer ser vivo. Com proporções impressionantes e classificado como o segundo maior anfíbio da Terra, a salamandra encontra-se ameaçada de extinção e segue tratada em cativeiro por ambientalistas.

6. Ciclope

(Fonte: PBS Digital Studios/Reprodução)(Fonte: PBS Digital Studios/Reprodução)

Mamutes e mastodontes, extintos há cerca de 14 mil anos, foram as possíveis inspirações para a criação da lenda do Ciclope. Isso porque, assim como ocorre com o gigante da mitologia grega, os crânios dos antigos parentes dos elefantes apresentavam um grande buraco na porção central, dando a impressão de haver um espaço para a existência de um único olho. Posteriormente, cientistas descobriram que o espaço vazio era apenas um meio de conexão entre a cabeça e o tronco.

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