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15/02/2022 às 08:00•3 min de leitura
Alguns autores de literatura que você conhece provavelmente nunca existiram. Parece impossível? Mas é fato: vários escritores famosos usaram pseudônimos para publicar suas obras. As razões para que fizessem isso eram várias, e iam desde a ideia de mudar de gênero (mulheres que se passavam por homens, por exemplo), ter mais liberdade de publicar alguns livros, ou até simplesmente experimentar uma nova persona.
Se parece muito estranho imaginar que talvez você tenha lido um livro de alguém que não assinava por seu verdadeiro nome, veja esta lista com 6 autores que usaram pseudônimos.
(Fonte: Aventuras na História)
É verdade que Agatha Christie, que ficou conhecida como a “rainha do crime”, tem fãs no mundo inteiro que cultuam suas obras cheias de mistério e personagens marcantes, como o detetive Hercule Poirot. Só que, durante um tempo, quando já era uma escritora renomada, ela resolveu usar um pseudônimo por uma razão bastante simples: queria explorar outros gêneros que não fosse o suspense.
Para isso, Agatha Christie criou o nome Mary Westmacott, com o qual publicou apenas seis livros, que não eram romances policiais, gênero que a consagrou. Curiosamente, os fãs levaram quase vinte anos para descobrir que Agatha e Mary eram a mesma pessoa.
(Fonte: Uol)
É bem provável que você lembre de Nelson Rodrigues como o grande cronista da vida cotidiana, por conta das suas histórias que expunham, muitas vezes, as hipocrisias da sociedade brasileira de sua época. Ou talvez você pense em seus textos sobre futebol, até hoje considerados verdadeiros clássicos do jornalismo esportivo.
Mas o que talvez você não saiba é que Rodrigues usou dois pseudônimos em sua carreira – e ambos eram nomes de mulheres. Como Suzana Flag, ele publicou histórias bem açucaradas em formato de folhetim (ou seja, divididas em capítulos) publicadas em jornais brasileiros. Já como Myrna, ele incorporava uma espécie de terapeuta que dava conselhos amorosos a leitoras desiludidas em uma coluna chamada Myrna Escreve.
(Fonte: Divulgação)
O mestre do terror Stephen King resolveu usar um pseudônimo para fazer um teste: ele queria lançar mais de um livro por ano sem saturar o seu nome no mercado editorial. Além disso, queria testar se estava vendendo bastante livros por conta de seu talento ou de sua fama. Por isso, convenceu sua editora a publicar um livro seu assinado por Richard Bachman.
King conseguiu lançar cinco livros com esse nome antes que a farsa fosse descoberta pelos fãs. A parte mais engraçada é que Richard Bachman tinha até cara: King emprestou a foto de seu corretor de seguros para dar mais credibilidade ao pseudônimo.
(Fonte: Brasil Escola)
Machado de Assis, que possivelmente é o maior escritor brasileiro de todos os tempos, também lançou mão do recurso do pseudônimo. Quando queria fazer críticas mais contundentes à sociedade carioca – como detonar os fazendeiros que eram favoráveis à escravidão – ele usava nomes inventados. E Machado foi muito criativo nesses pseudônimos: ele assinou crônicas como “Boas Noites”, “Victor de Paula”, “João das Regras”, “Dr. Semana” e “Platão”.
(Fonte: Portal Popline)
Até JK Rowling, a autora da saga de Harry Potter, usou um pseudônimo para lançar livros. Ela empregou o nome Robert Galbraith para publicar uma série de livros policiais (cinco ao todo) chamada Cormoran Strike.
Quando a estratégia foi descoberta, JK Rowling disse que gostava de escrever sob a ótica de uma personalidade masculina, e que tirou inspiração de autores como Agatha Christie e PD James. Além disso, tal como Stephen King, ela queria testar qual seria o sucesso de um livro seu se os fãs não soubessem que a obra era dela.
(Fonte: Rascunho)
George Orwell, o famoso escritor inglês de 1984 e A revolução dos bichos, é um caso curioso. Na verdade, o nome que o tornou famoso é que é um pseudônimo! O autor se chamava, na verdade, Eric Arthur Blair, nome com o qual assinou sua primeira obra, Na pior em Paris e Londres, que está muito mais próximo do jornalismo que da ficção. Nesta obra, ele, que era de classe alta, submete-se à pobreza e narra sua experiência trabalhando em hotéis e restaurantes em Paris e Londres.
O pseudônimo George Orwell foi adotado por ele a partir de uma combinação de uma homenagem a São Jorge da Inglaterra e ao rio Orwell, que era um de seus lugares favoritos.