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22/03/2022 às 02:00•2 min de leitura
O que você faria se descobrisse que seus antepassados eram da realeza? Ao contrário do que muita gente pensa, esse tipo de situação pode ser muito comum — tão comum que rende assunto para uma temporada inteira de um programa de televisão.
A rede britânica de televisão BBC tem um programa chamado Who Do You Think you Are? ("quem você pensa que é?" em português). Nele, especialistas em genealogia buscam antepassados de celebridades britânicas. Normalmente, esses profissionais partem de registros, como cartas, documentos oficiais, fotos etc.
Além de descobrir as histórias de amor e os dramas vividos pelos seus antepassados, como foi o caso do ator Daniel Radcliffe, muitas celebridades descobrem que descendem da realeza britânica.
Josh Widdicombe é um dos principais comediantes da Inglaterra, além de ter o seu próprio programa de entrevistas. Se esses não forem motivos suficientes para se orgulhar, ele agora tem mais um: é descendente do rei Eduardo I, que morreu há 700 anos.
O ator Danny Dyer também foi outra celebridade que descobriu ser descendente da realeza britânica, o rei Eduardo III. Além deles, várias celebridades britânicas têm descoberto que têm membros da corte em suas árvores genealógicas.
Talvez, você esteja pensando: “Bem, se celebridades têm antepassados reais, isso pode indicar que a concentração de renda na Inglaterra é tão grande que, séculos depois, os descendentes de reis ainda se destacam na sociedade”. Esse pensamento até teria lógica se ser descendente da realeza fosse uma exclusividade das celebridades, mas não é.
(Fonte: Shutterstock)
Genealogistas ouvidos pela BBC revelaram que milhares de britânicos compartilham galhos de suas árvores genealógicas. Em muitos desses galhos, existem membros da nobreza, inclusive reis e rainhas. Sendo assim, não é difícil que uma pessoa comum da Inglaterra tenha antepassados nobres. O difícil é conseguir comprovar isso, por meio de documentos que sustentem essa afirmação.
(Fonte: Freepik)
O laboratório analisa essa amostra e cruza os resultados com bancos de dados genealógicos. Esses bancos têm informações do mundo todo. Assim, é possível saber a origem de até oito gerações anteriores à sua. Com essa informação, já dá para saber onde pesquisar por documentos, não é mesmo?
O avanço na análise de dados genéticos vai além da mera curiosidade individual. Pesquisadores da Universidade de Oxford criaram algo parecido com uma árvore genealógica da espécie humana, analisando 27 milhões de ancestrais da nossa espécie.
“Nós basicamente construímos uma árvore genealógica gigante, que monta de forma precisa a história de toda a variedade genética humana existente hoje. Essa genealogia nos permite ver como a sequência genética de uma pessoa se relaciona com outras em cada ponto de um genoma”, disse o pesquisador Yan Wong em um comunicado divulgado à imprensa.
Além disso, amostras genéticas também são usadas nas resoluções de crimes, inclusive aqui no Brasil.