Artes/cultura
14/04/2022 às 11:00•3 min de leitura
Casablanca é um dos filmes mais importantes da história do cinema norte-americano e mundial. Com oito indicações e três vitórias no Oscar de 1944, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro, é uma obra que está no imaginário popular.
O filme conseguiu, até mesmo, entrar para a cultura popular (já ouviu a frase "nós sempre teremos Paris"? Agradeça a Casablanca). Para relembrar um pouco dessa pérola do cinema, mostramos 6 curiosidades do filme que pouca gente conhece.
(Fonte: Reprodução/Chron)
O filme é fascinante, sem dúvida, mas você sabia que ele foi inspirado em uma peça teatral chamada Everybody Comes to Rick's? Escrita por Murray Burnett e Joan Alison em 1940, ela era um espetáculo com caráter anti-nazista. Sem conseguir encontrar um produtor da Broadway interessado em levar o texto para os palcos, acabaram vendendo a peça para a Warner Bros por US$ 20.000, equivalente a US$ 294.000 nos dias atuais.
Eles certamente não imaginavam que Casablanca faria tanto sucesso, mas foi o que aconteceu. A dupla de criadores processou a Warner por royalties, e, apesar de não ter vencido, recuperou os direitos em 1997. Everybody Comes to Rick's só foi levado aos teatros em 1991, em uma adaptação que ficou em cartaz seis semanas entre julho e agosto daquele ano no Whitehall Theatre, em Londres.
Casablanca ganhou duas adaptações televisivas sem muito sucesso. A primeira, de 1955, foi produzida pela ABC. Foram 10 episódios exibidos entre setembro de 1955 e abril de 1956, com uma suave adaptação na trama, que deixou a Segunda Guerra Mundial de lado e abraçou a tensão da Guerra Fria.
A segunda adaptação, essa mais conhecida do público, foi ao ar pela NBC entre abril e setembro de 1983. Nomes como David Soul (o Hutch de Starsky & Hutch) e Ray Liotta (de Os Bons Companheiros) estavam no elenco da minissérie, que teve exibidos 5 episódios, mas que foi cancelada depois de seu segundo episódio, tamanha a quantidade de críticas negativas.
A clássica cena de abertura de Casablanca, com um globo terrestre sendo exibido na tela, enquanto um roteiro que parte da Europa em direção a Marrocos é mostrado, foi criada e dirigida por outro que não o húngaro Michael Curtiz.
Na realidade, essa sequência foi criada por Don Siegel, pois a equipe de produção do filme acreditava ser importante explicar como os refugiados da Segunda Guerra haviam chegado na cidade marroquina de Casablanca. Acontece que só se deram conta dessa necessidade depois do longa-metragem concluído.
(Fonte: Reprodução/Estadão)
O ano era 1974. O cineasta francês François Truffaut estava em Los Angeles e todos os estúdios de Hollywood desejavam ter a sensação do cinema europeu conduzindo um título em solo norte-americano.
Uma dessas pessoas era o executivo da Warner Bros, Simon Benzakein, que conseguiu uma reunião com Truffaut e lhe fez uma oferta que considerava tentadora: um remake de Casablanca. O diretor recusou a oferta por considerar complicado refazer um longa-metragem era muito simbólico para a história do cinema norte-americano.
(Fonte: Reprodução/O Globo)
O pôster de Casablanca é um dos mais icônicos da história do cinema hollywoodiano, em especial da Era de Ouro. O que pouca gente sabe é que, na realidade, a imagem do ator Humphrey Bogart que compõe o cartaz é, na verdade, de outro filme em que ele atuou.
Responsável pela peça, o artista Bill Gold a produziu pintando um quadro em estilo fotorrealista. Só que, para a imagem de Bogart, Gold tomou como parâmetro a foto de divulgação do filme Garras Amarelas, que o ator havia filmado alguns meses antes.
Essa é uma curiosidade inusitada. Isso porque a American Film Institute, em 2005, publicou um material completo sobre os 100 anos do cinema nos Estados Unidos. Para isso, reuniu mais de 1.500 cineastas, críticos e historiadores.
Entre tantas partes presentes na obra, uma era sobre citações cinematográficas (em inglês, movie quotes). Casablanca foi, de longe, o com mais citações, totalizando seis, sendo uma delas entre as cinco mais importantes de toda a história. A frase em questão foi "Here’s looking at you, kid", dita em um diálogo entre Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.