6 dados fundamentais para compreender o Império Bizantino

28/04/2022 às 08:002 min de leitura

Fruto da divisão do Império Romano, o Império Bizantino perdurou por 11 séculos, sendo o único reino localizado a oeste da China a ter sobrevivido até o início da Era Moderna, quando caiu e foi conquistado pelos otomanos, em 1453.

De religião Católica Ortodoxa, o império atingiu seu auge durante o governo de Justiniano, quando o território expandiu exponencialmente. O período é marcado, ainda, pela criação do Código de Direito Civil, um conjunto das leis elaboradas no Império Romano. Conheça mais a seu respeito com os fatos que te apresentamos abaixo.

1. O nome Império Bizantino surgiu apenas após seu fim

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Até a queda do império, quando os otomanos conquistaram Constantinopla, em 1453, o Estado Bizâncio era uma continuação do Império Romano, apenas com a transferência da capital de Roma.

O termo "Império Bizantino" ganhou força ao longo dos séculos XVIII e XIX, embora a relação com a cultura grega e romana predominasse no período. É inegável que o império ganhou identidade própria, mas não houve rompimento de laços com suas origens.

2. Imperador mais marcante teve origem humilde

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Justiniano I é o mais importante e influente imperador bizantino, Estado que viveu o auge sob sua liderança dele. Nascido em 482 nos Bálcãs, teve origem humilde, sendo seu pai um simples camponês. Sua vida tomou o rumo imperial quando passou a ser tutelado por seu tio Justino I, um antigo soldado que chegou ao trono do império.

Ao chegar à liderança do governo, não conseguiu perder o sotaque quando falava grego, o que denunciava sua origem provinciana. Ainda assim, permaneceu quase 40 anos à frente do reino bizantino, sendo seu condutor no período áureo.

3. Governantes eram cruéis e implacáveis

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Ao longo dos onze séculos de existência, os bizantinos se envolveram em muitos embates, tendo saído vencedores da maioria deles. Seus líderes ficaram conhecidos pelo rigor com que julgavam e condenavam seus rivais, optando por mutilá-los no lugar de dar cabo de suas vidas.

Entre os castigos impostos, castração, cegueira e línguas, narizes e lábios cortados. Desta maneira, garantiam que suas vítimas não viessem a tentar tomar o poder novamente, já que pessoas mutiladas eram impedidas de assumir o governo imperial.

4. Origem da Igreja Ortodoxa Oriental está no Império Bizantino

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A Igreja Ortodoxa Oriental tem origem durante o Império Bizantino, como uma cisão da Igreja Católica Romana. As tensões teológicas já existiam há séculos, mas o caldo transbordou mesmo em 1054.

A partir do desentendimento entre o patriarca de Constantinopla e um delegado papal, duas denominações surgiram. A crise foi tão grande que as igrejas excomungaram os integrantes uma da outra, decretos revogados apenas no século XX.

5. Invenção dos canhões foi fundamental à queda do império

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Capital do Império Bizantino, Constantinopla, atual Istambul, era uma cidade imponente, repleta de muralhas, que lhe conferiam um ar de impenetrável. Porém, a evolução das tecnologias militares mostrou que aquela fortaleza era menos segura do que imaginavam.

Isso ficou evidente quando os otomanos, sob o comando de Mehmed II, cercaram Constantinopla e, usando canhões, bombardearam a cidade por semanas seguidas. As defesas sofreram brechas que permitiram a entrada de soldados, selando o fim de onze séculos de uma rica existência.

6. Combateu o paganismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Os bizantinos foram responsáveis por garantir que o cristianismo crescesse a ponto de superar o paganismo. Esse trabalho começou ainda com os romanos, especialmente o imperador Teodósio I, o último antes do surgimento oficial do Império Bizantino.

Mas foi Justiniano I, o imperador do auge do Estado bizâncio, quem deu a pá de cal, fechando as escolas filosóficas de Atenas em que Platão e Aristóteles haviam ministrado aulas em séculos anteriores.

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