Ciência
01/07/2022 às 10:00•3 min de leitura
A civilização suméria foi impressionante. Considerados os primeiros habitantes do Sul da Mesopotâmia, região que compreende os atuais países Iraque e Kuwait, foram responsáveis por desenvolver muitos aspectos que, até hoje, estruturam nossas sociedades ou que impactaram nosso presente.
Sua organização política, a arquitetura, agricultura e comércio, além da escrita cuneiforme, são exemplos marcantes do legado sumério. Entretanto, não é só de aspectos impressionantes que a história deles é cercada, há alguns fatos impressionantes e surreais e nós vamos mostrar alguns deles. Confira.
Você pode até rir, mas isso é sério. A história conta que os sumérios tinham crença em duas classes de demônios, os Ekimmu e os Utukku. Em comum, ambos apreciavam o gosto do sangue, algo que consideravam ser a força vital humana. Mesclando elementos de suas personalidades encontramos muitas características associadas aos vampiros.
Ekimmu seriam espíritos de mortos não enterrados, já os Utukku os espíritos de mortos que não receberam oferendas em seus túmulos. Estes últimos teriam o costume de voltar ao mundo dos vivos para afligir quem encontrasse, sendo um predador voraz de suas vítimas.
Os sumérios acreditavam que a Terra seria plana. Em defesa deles, estamos falando de milhares de anos atrás. Pois bem, para esta civilização, os céus seriam uma sequência de três cúpulas, cada uma trabalhada com diferentes tipos de pedras raras e valiosas, sendo o conjunto responsável por cobrir a Terra... que seria plana.
Até para os corpos celestes eles tinham uma visão diferente: os sumérios acreditavam que se tratava de divindades, deuses que cuidavam dos céus - este, aliás, um lugar para onde humanos não iriam.
O zigurate era como se chamava uma espécie de templo criada pelos sumérios e também utilizada pelos assírios e babilônios. A primeira vez que foram avistados data do ano 2200 a.C. e ficaram notáveis pela semelhança com as pirâmides egípcias.
Os zigurates eram retangulares ou quadrados, possuíam uma espécie de escadaria que circundava seu perímetro e não apresentavam câmaras internas. Ainda que não sejam tão famosos quanto suas primas do Egito, os zigurates podem ter sido concebidos pela mesma mente, ao menos é o que sustentam alguns estudiosos.
Quinto rei da primeira dinastia de Uruk, Gilgamesh foi um líder sumério. A seu respeito existem inúmeros mitos e lendas, especialmente em torno de suas conquistas e das aventuras. Das lendas que envolvem seu nome, certamente a mais espantosa diz respeito a seu pai.
Um manuscrito do ano de 2400 a.C. afirma que Gilgamesh seria filho do demônio Lillu, um dos quatro que se enquadravam na categoria de vampiros. Versões dessa lenda se espalharam, inicialmente entre os babilônios e hebreus, ganhando diferentes interpretações, mas espantando muita gente.
A maior parte do que se lê sobre os sumérios diz respeito à criação da escrita cuneiforme, mas há um lado que é importante ser dito: foram guerreiros sanguinolentos. Suas cidades-estados viviam continuamente em batalhas umas contra as outras, especialmente lutando por território ou recursos naturais.
Se podia ser ruim, por outro lado esse estado permanente de lutas estimulou que a Suméria desenvolvesse inúmeras técnicas e tecnologias militares sem precedentes, como a invenção da carruagem. E bem antes dos romanos darem uma nova roupagem a elas.
Histórias sobre o surgimento do mundo são encontradas nas mais diversas culturas do mundo, cada uma tendo como parâmetro características marcantes das sociedades que as concebeu. No caso dos sumérios não foi diferente. Eles acreditavam que os deuses sempre existiam, mesmo antes do mundo ser criado.
Ainda que fossem politeístas, parte da pouca literatura de seu período que ainda permanece intacta encontra semelhanças muito fortes com as narrativas da Bíblia dos cristãos, a ponto de alguns estudiosos defenderem que esta última seria uma forma resumida de antigos escritos das tábuas cuneiformes dos sumérios.