Michael Jackson: a fantástica (e polêmica) história do rei do pop

07/09/2022 às 08:004 min de leitura

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A importância de Michael Jackson para a música é uma unanimidade. Em sua curta vida, o "rei do pop" mudou os rumos trilhados pela música popular, tornando-se o artista mais influente do século XX.

Mesmo passados 13 anos de sua morte, Michael Jackson continua sendo uma das pessoas mais premiadas em sua profissão, tendo batido vários recordes dentro da indústria da música. Ele venceu 372 prêmios ao longo de sua carreira e é considerado o cantor que mais comercializou discos em todos os tempos (cerca de 380 milhões de cópias de todos os seus álbuns). Seu hit Thriller vendeu 110 milhões de cópias, sendo até hoje o single mais bem-sucedido da história. 

As façanhas conquistadas em vida por Michael Jackson também dividem espaço com um passado cheio de polêmicas e sofrimentos. É essa história que contamos aqui.

A infância de Michael Jackson

(Fonte: Aventuras na História)(Fonte: Aventuras na História)

Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958, em Gary, Indiana, nos Estados Unidos. Ao lado de seus quatro irmãos, ele formou o grupo Jackson 5, enquanto ainda era criança. Em 1969, eles já emplacavam a música I want you back como o hit número 1 do país.

Contudo, todo esse sucesso foi construído pela mão firme (e cruel) de Joe Jackson, pai dos meninos e empresário do grupo. Em 1993, Michael falou sobre o assunto pela primeira vez no programa de Oprah Winfrey. Ele contou ser vítima constante da violência do pai, que assistia aos ensaios do Jackson 5 com um cinto na mão, agredindo-os caso errassem.

Relatos de Jermaine Jackson, outro membro do Jackson 5, contam que a relação de Joe com os filhos não era boa mesmo antes do começo do grupo. “Nenhum de nós consegue se lembrar dele nos segurando, nos abraçando ou nos dizendo 'eu te amo'”, declarou em um livro. Os meninos ainda eram proibidos de brincar com outras crianças, pois precisavam ensaiar 5 horas por dia após a escola.

Além disso, Michael contou que o pai torturava os filhos com violências psicológicas. Ele zoava de suas inseguranças, e colocou nele o apelido de "nariz grande" — fato que acarretaria futuramente em um problema sério de Michael Jackson com seu corpo, recorrendo a inúmeras plásticas.

A carreira solo

(Fonte: Medium)(Fonte: Medium)

Nos anos 1970, Michael Jackson (que era o vocalista do Jackson 5) começou a chamar cada vez mais atenção em relação aos seus irmãos. Ele passou então a lançar discos solo, e logo estourou com Off the wall, de 1979, que emplacou quatro hits nas paradas americanas. 

Em seguida, lançou Thriller, em 1983, que vendeu 45 milhões de cópias no mundo todo, tornando-se o disco mais vendido até então. Thriller emplacou sete hits no Top 10 e ganhou oito prêmios Grammy. Em seguida, viria Bad, de 1987, que não vendeu tanto, mas também fez um sucesso gigantesco.

Os dois discos (que foram produzidos pelo renomado Quincy Jones) consolidaram a reputação de Michael Jackson como o rei do pop. Ele estava então gravando com grandes estrelas da música, como Paul McCartney e o guitarrista Eddie Van Halen. Em 1985, ele se juntou ao cantor Lionel Richie para escrever We are the world, uma música para o projeto USA for Africa em prol da luta contra a fome neste continente. A música foi gravada em conjunto por estrelas como Tina Turner, Stevie Wonder, Diana Ross, Bruce Springsteen, Ray Charles, Bob Dylan, entre  utros.

A carreira de Jackson estava em franca ascensão, mas logo sua imagem sofreria impactos irreversíveis por conta de uma série de polêmicas em torno de sua personalidade — mas, sobretudo, pelas denúncias que receberia.

As polêmicas e as denúncias de abuso contra crianças

(Fonte: Metro 1)(Fonte: Metro 1)

Milionário, Michael Jackson foi desenvolvendo uma reputação de famoso excêntrico. Ele construiu um rancho gigantesco chamado Neverland, onde havia brinquedos de parque e animais selvagens. O cantor passou ainda a realizar plásticas no rosto, especialmente no nariz, e a sua pele foi ficando cada vez mais branca — embora ele alegasse que era resultado do vitiligo.

Em 1993, um escândalo abalou sua carreira: ele foi denunciado por abuso sexual contra crianças pela primeira vez. Seus advogados fizeram um acordo com a família do menino, que tinha 13 anos na época.

No ano seguinte, Jackson se casaria com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. A união durou apenas dois anos, e em 1996, ele se casou com a enfermeira Deborah Rowe, com quem teve dois filhos, Prince e Paris. Ambas as uniões foram vistas sob enorme suspeita de que envolviam acordos com as mulheres e não casamentos reais.

Em 2003, o cantor se envolveu em mais um processo de abuso sexual que teria sido cometido contra Gavin Arvizo. Contudo, ele acaba sendo absolvido deste caso. Todas as denúncias receberam também a desconfiança de que seriam arquitetadas por advogados e famílias oportunistas. Mas o dano à imagem de Jackson seria irrevogável.

Em 2009, o cantor morreu de parada cardíaca em Los Angeles, quando tinha apenas 50 anos. A causa de sua morte foi uma combinação letal de sedativos com o anestésico propofol. Em 2011, seu médico pessoal, Conrad Murray, foi considerado culpado de homicídio involuntário.

O legado de Michael Jackson à cultura

(Fonte: Rolling Stone)(Fonte: Rolling Stone)

É inegável que Michael Jackson deixou uma herança gigantesca à música e à cultura como um todo. Suas performances, que combinavam seu talento musical e para a dança, são até hoje consideradas icônicas. 

De alguma forma, o artista estabeleceu um novo patamar de qualidade que seria seguido por quem o sucedesse. Artistas atuais como Kanye West, Justin Bieber e Justin Timberlake bebem de sua fonte e adotam facetas do estilo de Jackson. A carreira de Madonna, por exemplo, foi construída em parte pela "competição" que mantinha com o rei do pop.

Além disso, Michael Jackson também foi muito influente por seu lado humanitário, apoiando causas sociais importantes. Ele batalhou ao lado do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, do Centro Martin Luther King Jr. para Mudança Social, da UNICEF, da American Cancer Society, entre várias outras instituições.

Vale destacar ainda que Michael Jackson foi um artista negro rompendo barreiras da fama em um mercado que certamente privilegiava os brancos — basta lembrar, por exemplo, das polêmicas em torno da carreira de Elvis Presley, que teria assumido elementos da música negra para fazer sucesso. Sem dúvida, uma estrela incomparável.

Especialmente para os fãs: o disco de vinil do clássico Thriller.

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