Por onde andam os membros da família real brasileira?

O Brasil ainda tem entre si alguns descendentes de Dom Pedro II, que formariam a chamada família imperial brasileira. Na verdade, suas origens remetem ao casamento da filha de Dom Pedro II, a Princesa Isabel, com o Príncipe Gastão de Orleans, Conde d’Eu, que era membro da família real francesa. 

Após o exílio com a proclamação da República em 1889, os membros da família real retornaram ao Brasil em 1921, onde se dividiram em dois grupos: os descendentes do primogênito da Princesa Isabel, Dom Pedro de Orleans e Bragança, instalaram-se na cidade fluminense de Petrópolis; já os descendentes de seu segundo filho, Dom Luiz de Orleans e Bragança, também permaneceram no Rio de Janeiro, mas se instalaram na cidade de Vassouras.

Um fato importante a se saber sobre eles é que, em 1890, um decreto extinguiu os títulos de nobreza da família imperial brasileira, mas esta decisão foi derrubada em 1991 pelo então presidente da República Fernando Collor de Mello. Isso não significa muita coisa além de uma importância simbólica para a própria família.

Neste texto, confira quem são os mais conhecidos membros deste clã — que, teoricamente, estariam em uma linha de sucessão no caso de um retorno à monarquia no Brasil

Os membros mais velhos da família real brasileira

Dom Bertrand. (Fonte: Aventuras na História)

A família real brasileira se organiza a partir de uma linhagem de sucessão, o que simbolizaria sua importância individual dentro da realeza. Teoricamente, o mais relevante seria Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, que se coloca publicamente como Príncipe Imperial do Brasil desde que seu irmão, Dom Luiz de Orleans e Bragança, faleceu em julho de 2022. Ele nasceu na França, mas veio com sua família para o Brasil em 1945. Ele é formado em Direito pela USP.

Em seguida, na linha de sucessão, está seu irmão, Dom Antonio João Maria José Jorge Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1950, e é formado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia de Barra do Piraí. Vive atualmente no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro.

Dentro destes membros mais antigos, está também Dona Eleonora Maria Josefa Rosa Philippa Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança de Ligne. Com a morte de Dom Luiz, ela seria agora a quinta na linha de sucessão. Eleonora nasceu no Paraná em 1953. Ela é a oitava dos doze filhos de Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, e se formou em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atualmente mora em uma fazenda em Vassouras.

Os membros mais jovens da família real

(Fonte: Monarquia.org)

Por fim, há os membros mais novos na linha de sucessão ao trono. O primeiro da fila é o jovem Dom Rafael Antonio Maria José Francisco Miguel Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança, que está em terceiro lugar. Ele nasceu em 1986, e é filho de Dom Antonio. Rafael se formou em Engenharia de Produção na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atualmente, ele mora em Londres, onde é sócio de uma empresa de consultoria para escritórios.

Em seguida, vem sua irmã, Dona Maria Gabriela Josefa Fernanda Yolanda Micaela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança. Ela é a filha mais nova de Dom Antonio, e está em quarto lugar na linha de sucessão. Maria Gabriela nasceu em 1989 e é formada em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ela cresceu em Petrópolis e atualmente vive em Bruxelas, na Bélgica.

Por fim, temos Dom Henri Antoine Gabriël Wauthier Marie Lamoral de Ligne, que nasceu em 1989, na Bélgica, e é filho de Dona Eleonora. Ele estaria em sexto lugar na linha de sucessão, e atualmente mora na Bélgica.