Artes/cultura
10/11/2022 às 04:00•3 min de leitura
Também conhecida popularmente como Velho Continente, a Europa é lar para algumas das civilizações mais antigas do nosso mundo. Logicamente, isso também significa que vários dos idiomas mais antigos aprendidos pelos seres humanos foram criados nessa região.
A comunicação humana, entretanto, assim como muitas outras coisas da vida, passa por um processo de seleção natural. Isso quer dizer que algumas línguas acabaram florescendo e outras desapareceram com o passar do tempo. De qualquer forma, quais são algumas das línguas mais antigas existentes na Europa? Veja só essa lista que nós separamos para vocês!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Sendo uma das línguas europeias mais antigas de todas, o basco é falado por cerca de 750 mil pessoas na Espanha e na França. Esse é um idioma isolado e não está relacionado com nenhum outro idioma conhecido. Por isso, acredita-se que seja uma remanescente das línguas faladas na região antes da chegada das línguas indo-europeias.
O texto escrito mais antigo conhecido em qualquer idioma europeu é basco, sendo uma inscrição funerária que remonta ao século VIII d.C. Sua gramática é bastante complexa, trazendo particularidades que não podem ser encontradas em nenhuma outra língua.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Com uma história que remonta ao período por volta de 5 d.C., o gaélico irlandês é uma língua membro da família linguística celta, estando diretamente relacionado com o galês e o bretão. Inclusive, essa já foi a língua dominante na Irlanda e até hoje ainda é falada por uma parte de sua população.
No entanto, começou a declinar no início do século XIV devido a fatores como a Grande Fome e a ascensão do inglês como língua dominante no Império Britânico. Embora o gaélico irlandês tenha sumido gradualmente, iniciativas linguísticas modernas têm feito ele ressurgir aos poucos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Com origem na língua proto-germânica, que era falada pelas antigas tribos germânicas, o islandês tem seus primeiros registros escritos por volta do ano 9 d.C., quando os moradores locais passaram a usar o alfabeto latino. O islandês permaneceu relativamente inalterado desde então até agora, sendo uma das línguas mais conservadoras do mundo.
Outro fato interessante é que o islandês possui fonologia única, o que quer dizer que nenhuma outra língua no mundo possui a mesma sonoridade. Conhecida por ser uma língua de vocabulário bastante rico, possui palavras derivadas do antigo nórdico e do folclore islandês.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O persa até hoje é considerado uma das línguas mais antigas da Europa, sendo um ramo iraniano da família das línguas indo-europeias. Foi criado por volta do ano 525 a.C., estando intimamente relacionado com outras línguas iranianas, como o pashto e o curdo.
Até hoje, o persa é visto como uma importante língua de cultura e aprendizado no mundo muçulmano, amplamente falado em países como Irã, Afeganistão, Tajiquistão e Uzbequistão. Por fim, ele também é uma das línguas oficiais das Nações Unidas.
(Fonte: Pixabay)
Muitas pessoas podem dizer que o latim é uma língua morta, mas a realidade é que segue sendo uma das línguas europeias mais antigas e é falada há mais de dois mil anos. Atualmente, é a língua oficial da Cidade do Vaticano — além do italiano — e usada em muitas igrejas católicas ao redor do mundo.
Por muitos anos, foi a língua oficial do Império Romano, um dos maiores impérios de toda a história, e continuou sendo uma língua de aprendizado e erudição mesmo após sua queda. Por ser tão antiga, o latim está diretamente relacionado a idiomas como o inglês, o espanhol, o francês, o alemão, o português, o italiano e o romeno.
(Fonte: Pixabay)
Entre todas as línguas existentes, o grego é considerado o mais antigo de todos. Estima-se que tenha surgido há mais de três mil anos, sendo falado na Grécia há milhares de anos e usado por muitos outros países ao redor do mundo. A língua grega é única por ser aglutinativa, o que significa que suas palavras são formadas a partir da combinação de raízes que foram modificadas para criar palavras com significados diferentes.
Isso torna o grego uma língua muito difícil para estrangeiros que pretendem aprendê-la do zero, principalmente porque existem muitas maneiras diferentes de combinar suas palavras.