Estilo de vida
18/01/2023 às 10:00•2 min de leitura
A Europa é conhecida por sua riqueza cultural e história, mas um estudo recente da Pew Research Center revelou que os europeus também acreditam em sua superioridade cultural em relação a outros continentes.
O estudo, que ouviu mais de 25 mil pessoas em 25 países, descobriu que cerca de metade dos europeus entrevistados acredita que sua cultura é superior às demais.
9 em cada 10 gregos ouvidos pela pesquisa disseram que a sua cultura era superior (Fonte: Shutterstock)
A pesquisa foi feita com pessoa de várias regiões da Europa. Os gregos foram os entrevistados que mais disseram acreditar na superioridade da sua cultura em relação às outras: 89% dos participantes, quase nove em cada dez, afirmaram que a cultura grega era superior.
Na sequência, aparecem os georgianos (85%), cidadãos da Geórgia, pequeno país do leste europeu famoso pelas construções históricas. Em terceiro lugar nessa lista aparecem os armênios (84%).
Abaixo do percentual de 80%, figuram os cidadãos dos seguintes países:
(Fonte: Shutterstock)
Entre os cidadãos que não concordam que a sua cultura é superior à dos outros países, destacaram-se os espanhóis. Apenas dois em cada dez espanhóis entrevistados afirmaram que a cultura espanhola era superior.
Estônia (23%), Bélgica (23%) e Suécia encerram a lista dos países em que esse percentual ficou abaixo dos 30%.
Um fato curioso desse levantamento é que os cidadãos das maiores potências do continente tendem a acreditar menos na superioridade cultural de seus países do que os cidadãos das economias menores.
Menos da metade dos alemães (45%), britânicos (46%) e franceses (36%) afirmam que seus países têm superioridade cultural em relação às outras nações — ao contrário de cidadãos de países com economias menores ou mais instáveis, como a Grécia.
Menos da metade dos portugueses entrevistados acreditavam que a cultura lusitana era superior (47%).
A pesquisa feita pela Pew Research Center pode dar a entender que as pessoas desses países são menos abertas a conhecer a cultura de outros povos. Embora essa hipótese seja viável, é importante considerar outras possibilidades. A cultura antiga da Grécia moldou inúmeras áreas do conhecimento e isso pode justificar a crença de superioridade entre os gregos.
Ao mesmo tempo, a história da Armênia é marcada por um grande trauma coletivo: o genocídio armênio, comandado pelo Império Otomano, atual Turquia. Esse fato histórico pode estimular um nacionalismo que culmine em um nacionalismo exagerado ou até no chauvinismo, um sentimento de obsessão pelas glórias passadas de seu país, como um ultranacionalismo.
Paralelo a isso, podemos notar que quanto mais uma nação se abre ao diferente, seja por meio da imigração ou pela intensa troca comercial com outros países, menores são os índices dos seus habitantes que acreditam nessa pretensa superioridade cultural.