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02/03/2023 às 13:00•3 min de leitura
Os antigos maias foram uma das civilizações mais impressionantes e enigmáticas da história. Com uma cultura rica e complexa que incluía astronomia, matemática, arquitetura e escrita, eles construíram grandes cidades, desenvolveram um sistema de escrita hieroglífica e fizeram avanços significativos em agricultura e comércio.
No entanto, por trás de suas realizações notáveis, a vida dos maias era cheia de peculiaridades e estranhezas que podem surpreender até os estudiosos mais experientes. Pensando nisso, separamos alguns dos aspectos mais estranhos e curiosos relacionados a eles. Confiram abaixo:
Escultura representando sacrifício por decapitação
Os maias eram conhecidos por seus rituais religiosos sangrentos, muitas vezes envolvendo sacrifícios humanos, que eram realizados como uma forma de apaziguar os deuses, garantir uma boa colheita ou proteção contra doenças e desastres naturais.
Os escolhidos normalmente incluíam jovens virgens e alguns prisioneiros de guerra que eram mortos em locais sagrados, como pirâmides e templos, por sacerdotes especialmente treinados para isso. Para esta civilização antiga, o sangue era um símbolo de vida e poder, sendo frequentemente consumido pelas figuras religiosas em um ato simbólico de absorção do poder da vítima.
Além disso, eles também acreditavam que tais sacrifícios eram necessários para manter o equilíbrio do mundo e evitar que entrasse em colapso. Apesar de sua brutalidade, esses atos sangrentos eram uma parte importante de sua vida religiosa.
Como os cacaueiros eram muito comuns naquela época, o chocolate se tornou uma peça central da cultura maia, sendo considerado um alimento sagrado. Na mitologia desta antiga civilização, ele teria uma origem divina, com os deuses misturando o próprio sangue com o cacau, e tornando-se ligados a ele.
Por isso, tanto esta iguaria amada por muitos até hoje quanto sua matéria-prima eram utilizados em diversos momentos do cotidiano, como batismo, cerimônias de casamento para trazer fertilidade, tratamentos de febres e fadigas e até como uma forma de acalmar um indivíduo escolhido para ser sacrificado, ou um substituo para o sangue em um sacrifício.
Outro costume peculiar envolvia fermentar as amêndoas do para produzir uma bebida alcoólica, que era então administrada exoticamente por enemas. Embora não se saiba ao certo o motivo pelo qual eles escolheram essa forma de consumo, uma teoria sugere que isso poderia acelerar o processo de intoxicação quando o estômago não estava propenso, como também parte de um ritual que envolvia alucinógenos.
Além disso, o líquido produzido com o chocolate era altamente nutritivo, pois podia ser misturado com especiarias, farinha de milho, água e pimenta, sendo visto como uma verdadeira "bebida dos deuses".
Atualmente, ainda é possível experimentar rituais com cacau inspirados nos costumes maias. As cerimônias podem ser encontradas em diversas cidades para meditação, reflexão espiritual e união comunitária.
Algumas tentam ser o mais autênticas possível em relação à tradição, enquanto outras acrescentam toques de outras culturas. Mesmo que a precisão histórica possa ser questionável em alguns casos, é inegável o poder e a atração de experimentar algo tão espiritual e, melhor de tudo, delicioso.
Os maias praticavam a deformação craniana, uma prática que empregava a compressão do crânio por meio de bandagens e tábuas de madeira e geralmente iniciada logo após o nascimento. Acredita-se que esse costume extremamente exótico e perigoso era um sinal de status nesta civilização, e realizado principalmente para diferenciar os membros da elite da sociedade.
Além disso, outras alterações físicas estranhas também eram parte do cotidiano. A escarificação, técnica usada para criar cicatrizes na pele, era frequentemente usada como uma forma de decoração corporal. O processo era realizado com uma lâmina afiada para cortar a pele em padrões específicos, que podiam representar coisas como animais, plantas ou símbolos religiosos.
Outro ato comum e curioso era a extração dentária como uma forma de purificação e prevenção de doenças. Alguns arqueólogos acreditam que a retirada dos dentes era também um sinal de status na cultura maia, já que muitas das pessoas cujos restos mortais foram encontrados com dentes extraídos eram parte da alta sociedade.
Apesar de muitos conceitos estranhos, é inegável que os maias eram uma civilização muito avançada e sofisticada. Eles desenvolveram um sistema de escrita complexo, que incluía hieróglifos e glifos. Esses símbolos eram usados para representar sons, palavras e frases completas e eram gravados em paredes, pedras e livros feitos de casca de árvore.
Eles também eram excelentes astrônomos e matemáticos, criando um calendário solar preciso que acompanhava as estações do ano, e outro lunar para seguir as fases da lua. Além disso, ainda contavam com um sistema numérico vigesimal, que usava o número 20 como base em vez de 10.
Por mais que o cotidiano deste antigo povo fosse repleto de peculiaridades e estranhezas, também era rico em cultura e conhecimento, com suas contribuições em áreas como astronomia, matemática e escrita foram muito significativas.
Mesmo com suas práticas religiosas brutais, deformações físicas e outros aspectos intrigando e chocando muitos até hoje, sua história é um lembrete constante de como as culturas antigas podem ser fascinantes e misteriosas, enquanto nos desafiam a aprender e compreender as diferentes perspectivas do mundo.