Ciência
08/03/2023 às 08:00•2 min de leitura
Hoje, com as inúmeras acessibilidades das tecnologias e dos avançados sistemas de locomoção, as viagens contam com inúmeras facilidades, seja em seu tempo reduzido de percurso ou no conforto propiciado pelas embarcações. Porém, na época chamada pré-moderna, navegadores precisavam se virar para explorar territórios remotos, iniciando expedições sem qualquer tipo de garantia de sucesso ou de retorno.
Algumas dessas viagens desbravaram os oceanos por incontáveis quilômetros. Em certos casos, os colonos conseguiram estabelecer território e prosperaram, mas em outros, houve grandes impactos dos ambientes e de recursos, algo que provou a dificuldade em experimentar regiões que, na época, eram completamente desconhecidas ou hostis.
Pensando nesse contexto, preparamos uma lista com algumas longas viagens marítimas e pré-modernas que marcaram a navegação quando ainda havia grandes limitações. Confira abaixo:
(Fonte: Getty Images / Reprodução)
Nos século XVI, navios europeus exploraram, pela primeira vez, o território das Malvinas. Porém, registros ainda mais antigos, publicados por um projeto científico de 1998, sugerem que os humanos pisaram no território muito antes disso — há cerca de 4.800 anos —, causando incêndios em larga escala e deixando vestígios de espécies animais domesticadas. Isso teria acontecido após a realização de uma viagem em alto-mar de quase 102 quilômetros.
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Após a conquista normanda da Inglaterra, em meados de 1066, um grupo de anglo-saxões tentou resistir às investidas de Guilherme, o Conquistador, mas acabou vendendo suas terras e deixando seu país natal. Com isso, eles iniciaram uma longa expedição pelo Mediterrâneo e se estabeleceram em um assentamento localizado a mais de 2.414 quilômetros, na Crimeia. Essas tribos permaneceram lá até o século XIV.
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Na década de 1960, arqueólogos encontraram vestígios de nórdicos na América do Norte. Aparentemente, os vikings percorreram mais de 1 mil km entre a Groenlândia e o atual território do Canadá, construindo um assentamento onde hoje é L'anse aux Meadows. No local, batizado pelos vikings como "Vinland", foram estabelecidas grandes casas, cabanas e uma fornalha, mas seus novos moradores deixaram a área devido a conflitos violentos contra os habitantes originais do local.
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Apesar desse fato não ser muito conhecido, marinheiros polinésios chegaram até as Ilhas Auckland, um arquipélago localizado ao sul da Nova Zelândia. A viagem ocorreu há cerca de 650 anos e teria percorrido quase 483 quilômetros em alto-mar. Ao saírem da região, os grupos de navegantes deixaram para trás ferramentas e restos de comida. Além disso, climas extremos e a dificuldade em manipular o ambiente teriam dificultado a permanência dos polinésios no arquipélago.
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Segundo registros esparsos encontrados em textos antigos, o renomado almirante cartaginês Hanno, o Navegador, teria realizado uma expedição marítima em 500 a.C. pela costa da África Ocidental com uma frota de quase 60 navios. Os relatos, que dividem a opinião de historiadores em relação à sua precisão, descrevem torrentes de fogo descendo ao mar e o avistamento de uma montanha gigantesca, que poderia ser o monte Kakulima, na atual Guiné. A viagem teve que ser encerrada com 35 dias de duração devido à falta de suprimentos.
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Extremamente remota, a Ilha de Páscoa está a quase 2.100 quilômetros de distância da região habitada mais próxima. Entre os anos 800 e 1.200, os polinésios chegaram ao local após percorrerem pelo menos 2.500 quilômetros, dando origem a uma cultura fascinante e única. Lá, eles estabeleceram as estátuas de pedra Moai e criaram uma linguagem de escrita chamada Rongorongo, mas causaram impactos severos aos ecossistemas por meio de um intenso processo de desmatamento.