Artes/cultura
01/04/2023 às 08:00•3 min de leitura
Conhecidos como os mais famosos tesouros do Reino Unido, as joias da Coroa contêm itens deslumbrantes e extraordinários. A maioria delas parte da monarquia desde o século XVII, quando foram criadas para celebrar a coroação do rei Carlos II, em 1661. Contudo, o item mais antigo data do século XII.
O conjunto todo simboliza o direito e a autoridade do monarca sobre o trono e seu povo, e reúne mais de 100 objetos e 23 mil pedras preciosas. Entre as peças estão objetos usados em coroações, coroas de diferentes monarcas, pratos, insígnias, roupas, medalhas e pias batismais. Conheça os mais preciosos tesouros desta coleção!
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(Fonte: Wikimedia Commons)
A Coroa de Santo Eduardo foi criada para substituir a antiga coroa medieval, derretida em 1649 para abastecer os cofres públicos. Pesando 2,23 quilos, ela é um magnífico objeto com moldura em ouro maciço adornada por pedras semipreciosas.
Elaborada para a coroação de Carlos II, é considerada a mais importante e sagrada de todas as coroas da monarquia britânica, restritamente utilizada apenas na cerimônia de coroação. Seu último uso aconteceu em 1953, quando a rainha Elizabeth II foi empossada, e será vista novamente em maio, quando Carlos III tomará posse oficialmente.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Muito mais recente, a Coroa Imperial do Estado foi criada com ouro e é cravejada com 2868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, 269 pérolas e 4 rubis. Entre todas as joias da coroa britânica, ela é a que contém partes mais famosas da coleção, como o rubi do Príncipe Negro, a safira Stuart e o diamante Cullinan II.
Ela é utilizada pelo monarca no momento em que ele deixa a Abadia de Westminster após a coroação, e em raras ocasiões de Estado, como a abertura anual do Parlamento. Foi feita para a coroação do rei George VI, em 1937, em substituição à coroa que havia sido feita para a rainha Vitória.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Quem vê as imagens da rainha Elizabeth II após sua coroação enxerga o Orbe do Soberano em uma de suas mãos. O que poucos sabem é que ele é um objeto datado de 1661, tradicionalmente "dado" ao monarca no momento de sua coroação, representando seus poderes e responsabilidades.
O Orbe do Soberano é um globo dourado com uma cruz cravejada de pedras, que serve como recado ao monarca para que não se esqueça que seu poder vem de Deus. Ele tem 16,5 centímetros de diâmetro e pesa 1,2 quilos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Cetro do Soberano com Cruz é um dos dois cetros entregues ao monarca no momento da coroação, tendo sido utilizado em todas as cerimônias de posse real desde Carlos II, em 1661. Sofreu uma alteração substancial em 1910, quando o rei George V ordenou que fosse acrescentado ao cetro o diamante Cullinan I – o maior diamante lapidado incolor do mundo, com 530 quilates.
Os fechos que seguram o diamante podem ser abertos, de modo que o Cullinan I possa ser removido para ser usado como pingente. Com 92 centímetros de comprimento e pesando 1,17 quilos, o cetro é símbolo do poder temporal como chefe de Estado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Criada em 1937 para uso da rainha Elizabeth, a Rainha Mãe, para a coroação de seu esposo, Jorge VI; de todas as peças das joias da Coroa, essa é a única feita inteiramente de platina. Decorada com mais de 2.800 diamantes, o destaque fica para o diamante Koh-i-Noor, no meio da cruz frontal.
Um dos mais famosos do mundo, o diamante indiano foi tomado do Marajá Duleep Singh, o último líder do império Sikh, conhecido como Príncipe Negro. A lenda diz que deveria ser usado apenas em peças femininas, para impedir que uma maldição recaísse sobre o homem.