Estilo de vida
08/05/2023 às 13:00•3 min de leitura
A Grã-Bretanha foi o maior império da humanidade, chegando a dominar um quarto do planeta. Isso possibilitou que o Museu Britânico tenha um acervo com raridades de várias nações. Nem sempre os itens foram adquiridos de uma maneira muito amigável, o que tem levado aos países pedirem seus tesouros de volta.
Apesar das solicitações, a Inglaterra se nega devolver os itens. O argumento dos ingleses é que suas leis impedem o envio das relíquias. Como alternativa, o governo sediado em Londres costuma oferecer um empréstimo a título de “intercâmbio cultural” e ainda exigem uma contrapartida. O que, obviamente, os países de origem não aceitam.
(Fonte: Museu Britânico/Reprodução)
As esculturas de bronze de Benin têm uma história conturbada, marcada por violência e opressão. Feitas há mais de 800 anos, essas obras de arte foram tomadas à força por tropas britânicas em 1897, durante uma expedição que visava reprimir a resistência da Nigéria contra a colonização.
O resultado dessa invasão foi uma verdadeira pilhagem da cidade de Benin com o saque de tesouros, a destruição de monumentos e a morte de muitas pessoas. Entre os objetos levados pelos britânicos, estavam mais de 200 esculturas de bronze que, até hoje, estão expostas no Museu Britânico, em Londres.
(Fonte: Museu Britânico/Reprodução)
A Ilha de Páscoa é conhecida por suas enigmáticas estátuas de pedra, conhecidas como Moais, que atraem turistas e estudiosos de todo o mundo. Mas uma das esculturas mais importantes, a Hoa Hakananai'a, foi para no Museu Britânico em Londres.
A história da remoção dessas estátuas é marcada por violência e opressão, com a Marinha Real Britânica tomando duas cabeças em 1868 e levando-as para a Inglaterra. Desde então, muitos pedidos foram feitos para que esses objetos sejam devolvidos à sua terra natal, mas até o momento, sem sucesso.
(Fonte: Museu Britânico/Reprodução)
A Pedra de Roseta é um dos achados arqueológicos mais significativos já feitos. Essa pedra foi escrita em vários idiomas, o que deu aos historiadores as ferramentas necessárias para decifrar os sistemas de escrita que não eram usados há centenas ou mesmo milhares de anos. A pedra foi originalmente esculpida por volta de 300 a.C.
O artefato histórico foi encontrada no Egito por ninguém menos que Napoleão. No entanto, após a derrota francesa para os ingleses, o item foi parar no Museu Britânico, onde tem um destaque especial na exposição permanente.
(Fonte: Museu Britânico/Reprodução)
O Parthenon é uma homenagem aos deuses e deusas da Grécia, construída no século V a.C. O lindo templo é frequentemente usado como exemplo em aulas de arte e arquitetura, e é um dos edifícios mais fotografados do mundo.
No entanto, várias peças de mármore foram removidos do antigo edifício em grandes pedaços entre 1801 e 1805 e levadas para a Inglaterra pelas mãos do Lord Elgin, o embaixador britânico em Atenas.
(Fonte: Museu Britânico/Reprodução)
O Amaravati Stupa é um dos mais impressionantes santuários de Buda já encontrados, datado do século III a.C. No entanto, parte de sua beleza foi roubada pelos colonizadores britânicos no século XIX, quando eles o desmontaram e levaram as esculturas para a Grã-Bretanha.
As esculturas levadas pelos ingleses, conhecidas como mármores de Amaravati ou mármores de Eliot, retratam a vida de Buda e costumavam decorar a parte externa do santuário. Apesar dos esforços dos historiadores indianos para recuperar essas preciosidades, as esculturas permanecem em exibição no Museu Britânico.
(Fonte: Museu Britânico/Reprodução)
O Palácio de Verão Chinês foi um marco da arquitetura e da cultura chinesa construído em 1750. Com suas diversas obras de arte, muitas delas consideradas inestimáveis, o palácio era uma verdadeira preciosidade. As ruínas da construção são um destino turístico popular, mas o que resta das obras de arte e outros itens é uma sombra do que já foi.
O palácio foi saqueado e destruído pelas tropas da Rainha Vitória e do Imperador Napoleão em retaliação à morte de um cidadão britânico. Entre as peças levadas, encontram-se cetros e vasos imperiais, esculturas de jade e partes de um trono imperial.