Estilo de vida
22/06/2023 às 04:00•2 min de leitura
Os filósofos costumam ser vistos como pessoas excêntricas, que passam um longo tempo alimentando ideias que vão muito além daquilo que pensam as pessoas tidas como "comuns". Mas, por vezes, esta vida peculiar também se estende a uma morte bizarra. Neste texto, contamos a história de 4 filósofos que se despediram do mundo de formas bem estúpidas.
(Fonte: Netmundi)
Empédocles foi um grande filósofo e pensador grego do século V a.C. Sua ideia mais conhecida é a teoria que postula a ideia de que haveria quatro elementos - terra, ar, fogo e água - fundamentais que formariam tudo o que existe.
Como compreendia muito bem o funcionamento das coisas terrenas, ele ganhou uma certa fama em sua época. Havia quem o visse como uma espécie de deus, e possivelmente isso subiu à sua cabeça.
Uma noite, após jantar com discípulos, ele saiu de casa e fez algo impensável: Empédocles escalou o vulcão Etna e se jogou dentro da cratera. Quando acordaram, seus admiradores imaginaram que o filósofo agora estava com os deuses.
Ocorre que o vulcão entrou em erupção, fazendo com que uma de suas sandálias de bronze fosse atirada para fora da cratera, revelando o que havia acontecido com ele: um fim bem mais mundano (e idiota, convenhamos) do que parecia.
(Fonte: Britannica)
Sir Francis Bacon foi um político, filósofo empirista, cientista, ensaísta inglês do século XVII, tido como um dos pais do método científico. Ele discorreu muito sobre o empirismo, ideia que postula que o conhecimento deve ser adquirido por meio da experimentação.
O mais bizarro de sua história é que foi justamente um experimento que o matou. Um dia, enquanto cavalgava na neve, ele teve uma ideia: talvez o frio fosse capaz de conservar a comida. Ele desceu da carruagem e comprou uma galinha, que em seguida foi morta e estripada. Em seguida, Bacon cavou a neve para enfiar o frango para testar sua hipótese.
Depois dessa exposição ao frio, ele pegou uma pneumonia que acabou o matando. Depois disso, levaria um bom tempo ainda para que a humanidade desenvolvesse a ideia da comida congelada.
(Fonte: BBC)
Hipátia de Alexandria foi uma filósofa neoplatônica grega do Egito Romano. Ela é creditada como a primeira mulher documentada como tendo sido uma matemática. Suas ideias também contribuíram com o estudo da astronomia e da lógica.
As pessoas das classes altas viajavam para Alexandria para serem educadas por ela, e até o prefeito romano da cidade, Orestes, era aconselhado por Hipátia. Mas ela era pagã, e o cristianismo estava tomando um espaço cada vez maior no mundo romano.
Quando um novo bispo chegou à cidade, ele começou a criar problemas com a população judaica local, e atacou de frente o prefeito Orestes. Sua ordem eclesiástica criou um motim que tinha como alvo o prefeito e todos que estivessem associados a ele.
Dentre as vítimas dessa turma, estava Hipátia. Em 215 dC, ela foi arrastada por uma multidão formada por cristãos. A filósofa foi acusada de bruxaria, despida e morta, tendo sua carne arrancada. Por outro lado, o bispo foi considerado santo pela Igreja.
(Fonte: FAQ Zone)
Heráclito de Éfeso foi um filósofo pré-socrático considerado o "pai da dialética". Por conta da complexidade de suas ideias, ele recebeu o apelido de "Obscuro", já que falava e escrevia em estilo muito denso.
O filósofo sofria de hidropisia, o acúmulo de líquido no corpo. Só que, ao invés de pedir ajuda aos médicos, ele resolveu tentar se curar sozinho.
Por saber que o calor expulsaria a água, ele resolveu esquentar o próprio corpo. Só que não bastava o calor da luz do sol. Heráclito decidiu tentar uma medida bem maluca: ele se cobriu de esterco podre e pediu para ser enterrado sob o sol quente.
O que ele não contava era que, ao invés de ser curado, ele ficaria preso no esterco. Acabou sendo devorado por cães que resolveram atacá-lo.