4 joias raras com histórias bastante controversas

21/07/2023 às 04:002 min de leitura

Há milhares de anos, pedras preciosas são cobiçadas por seres humanos, acumuladas por governantes, alvos de saqueadores e até mesmo usadas como moedas de troca. Afinal, possuir uma joia rara também é um sinal de riqueza e status, que é justamente a razão pela qual muitas pessoas querem tê-las. 

Ao longo dos anos, muitas famílias criaram o costume de passar suas gemas mais raras de geração em geração, o que carrega um grande valor histórico e às vezes faz com que a joia fique ainda mais cara. Contudo, algumas das joias mais famosas do mundo escondem um passado extremamente controverso por trás de suas fachadas brilhantes. Veja só!

1. Diamante Cullinan

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Considerado o maior diamante já encontrado, essa joia preciosa foi extraída da parede de uma mina na cidade de Pretória, na África do Sul, com um canivete. O diamante Cullinan possui 3106 quilates e foi descoberto em 1905, quando o superintendente do poço notou algo brilhante durante uma inspeção de rotina.

A peça foi batizada em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. A pedra foi cortada em mais de 100 pedaços, com as nove pedras principais sendo nomeadas Cullinan I-IX. Culinnan I, também conhecido como a "Grande Estrela da África", tem mais de 530 quilates e é o ponto focal das joias da Coroa Britânica. No entanto, tal peça tão imponente mostra como os países africanos tiveram suas riquezas roubadas pelos colonizadores.

2. Rubi do Príncipe Negro

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O Rubi do Príncipe Negro na realidade não é um rubi de verdade. A gema em questão é um espinélio, uma pedra preciosa com coloração semelhante, mas não tão densa ou dura quanto ao rubi. Acredita-se que a peça tenha surgido em uma mina no atual Tadjiquistão e era de posse de Abu Sa'id, o príncipe mouro de Granada.

Contudo, durante a retomada cristã dos territórios ibéricos dos mouros, Sa'id foi assassinado e suas joias foram parar nas mãos de Pedro de Castela, o rei de Castela e Leão. Em 1367, Pedro confio a pedra preciosa para Eduardo de Woodstock e Príncipe de Gales, o Príncipe Negro. Anos mais tarde, os descendentes dos governantes mouros mortos em batalha teriam pedido repatriação da joia, alegando que ela foi roubada pelos reis católicos na retomada de Granada em 1492.

3. Diamante Hortênsia

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O Diamante Hortênsia é uma joia que foi roubada e recuperada diversas vezes. Ela ganhou esse nome em homenagem a Hortênsia de Beauharnais, enteada de Napoleão e filha da rainha da Holanda. No entanto, historiadores alegam que Hortênsia nunca teria usado o diamante ou até mesmo tido posse da joia.

A peça de 20 quilates é um dos diamantes rosas mais raros do planeta e já esteve com Luís XIV, sendo extraído das minas de Kollur, no sul da Índia, no século XVII. Atualmente, o diamante está em exibição com o restante das joias da antiga coroa francesa na Galerie D'Apollon, no Museu do Louvre.

4. Rubi Timur

(Fonte: Internet/Reprodução)(Fonte: Internet/Reprodução)

Assim como o Rubi do Príncipe Negro, o Rubi Timur de 361 quilates é um dos maiores espinélios do mundo. Ele foi possuído pelos imperadores Mughal antes de ser levado de Delhi nas incursões persas de Nadir Shah. Durante anos, a gema ficou viajando entre Índia, Pérsia e Afeganistão até chegar na Grã-Bretanha, onde está até hoje.

A joia foi ganha após o Tratado de Lahore, o acordo de paz que marcou o fim da Primeira Guerra Anglo-Sikh. Em 1851, o espinélio tornou-se parte da coleção particular da Rainha Vitória, sendo colocado em um colar. Agora na Coleção Real, o artefato segue tendo sua propriedade disputada por vários países. 

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