Ciência
12/10/2023 às 11:00•2 min de leitura
Hoje sabemos que um eclipse ocorre quando um objeto celeste, como a Lua ou a Terra, bloqueia temporariamente a luz de outro objeto celeste, como o Sol ou a Lua, criando um breve período de escuridão na Terra. Contudo, antes que a ciência moderna desvendasse os segredos por trás desses fenômenos celestiais, diferentes civilizações desenvolveram suas próprias explicações e rituais em torno dos eclipses solares.
O significado de um eclipse para as culturas ao longo da história tem sido uma intrigante coleção de mitos, lendas e interpretações místicas que refletem a curiosidade e o temor do desconhecido. Conheça 7 maneiras fascinantes pelas quais as culturas explicaram os eclipses solares ao longo do tempo.
Na mitologia nórdica, os destemidos vikings do norte europeu acreditavam que durante um eclipse solar total, o Sol estava sendo devorado por dois lobos famintos, Skoll e Hati. O destino do mundo dependia de seus esforços para afugentar esses predadores celestiais, evitando assim o Ragnarok, o apocalipse iminente.
Vikings acreditavam que o Sol era devorado
Na antiga China, os sábios contavam uma história de um dragão celestial que atacava e devorava o Sol durante um eclipse. Para assustar o dragão e salvar o Sol, as pessoas faziam barulho e tocavam tambores. A tradição persistia, pois o Sol sempre retornava após a agitação.
Chineses acreditavam que um dragão celestial devorava o Sol
A mitologia hindu oferecia uma explicação vívida e perturbadora: um demônio chamado Rahu tentou beber o néctar dos deuses e foi decapitado, com sua cabeça voando pelo céu, causando o eclipse solar. A busca incansável de Rahu pelo Sol era um conto de fúria e redenção.
Rahu, o demônio hindu que causa eclipses
Os Incas, da América do Sul, adoravam o Deus do Sol, Inti, e consideravam os eclipses como sinais de sua ira. Após um eclipse, rituais e sacrifícios eram realizados para apaziguar Inti e restaurar a harmonia.
Inti, Deus Sol Inca
Entre os nativos americanos, tribos como os Choctaw viam um esquilo preto roendo o Sol durante um eclipse solar. Para afugentar o esquilo e salvar o Sol, eles faziam barulho e gritavam.
Tribo Choctaw
Os Batammaliba, do norte do Togo e do Benin, acreditavam que a raiva humana espalhava-se pelo Sol e pela Lua, levando-os a lutar e causar um eclipse. Durante esse evento, a busca pela paz entre os corpos celestes era espelhada pela busca pela paz entre as pessoas.
Povo Batammaliba
Surpreendentemente, os antigos egípcios, conhecidos por suas habilidades astronômicas, deixaram poucos registros explícitos de eclipses solares. Alguns sugerem que esses eventos foram deliberadamente evitados ou interpretados de forma simbólica, dada a reverência dos egípcios pelo Deus do Sol, Ra.
Ra, Deus do Sol
Essas diferentes interpretações refletem a complexidade da experiência humana diante de fenômenos celestiais incompreendidos. Os eclipses eram temidos, reverenciados e, em alguns casos, vistos como mensagens divinas. À medida que a ciência evoluiu, nossa compreensão dos eclipses se aprofundou, mas a fascinação que eles despertam e os mistérios que envolvem continuam a nos encantar, como aconteceu com todas essas culturas ao longo da história.