Libélulas, morcegos e outras 6 criaturas normalmente associadas à morte pelo mundo

Ao longo da história humana, animais sempre estiveram relacionados às lendas e ao folclore de determinadas regiões. Enquanto algumas espécies representam um misticismo mais "doce", há também aqueles animais que passaram a ser associados com a morte por diferentes culturas.

Mas por que essas criaturas se tornaram sinônimos do fim da vida? Existem diferentes explicações para cada uma delas. Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis bichos que foram historicamente comparados a um sinal de morte e à vida após a morte. Olha só!

1. Calaus

(Fonte: Getty Images)

O calau-terrestre-do-sul é uma ave carnívora que caça pequenos animais e insetos, sendo encontrada em pastagens, savanas e áreas florestais abertas. Esses caçadores de bico brilhante são vistos como portadores da morte e destruição em nove países da África Austral e Oriental, de acordo com um estudo publicado no Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine. 

Em geral, as pessoas consideravam os calaus um mau presságio. No Zimbabué e no Malawi, algumas pessoas acreditam que quando um calau pousa no telhado de uma casa, isso traz azar aos seus ocupantes. Se calaus forem avistados em números ímpares, por sua vez, isso é considerado um claro sinal de morte. Na Tanzânia, o pássaro é visto como portador de almas mortas e espíritos irados.

2. Libélulas

(Fonte: Getty Images)

No Japão, as líbelulas-vermelhas emergem como adultas nas pastagens baixas e migram até altas montanhas para se alimentar. A abundância dessas criaturas tende a aumentar no início do outono, quando descem das montanhas para locais de reprodução em níveis baixos.

Esse momento está perfeitamente alinhado ao festival de verão de Obon, que celebra os espíritos dos mortos que retornam para visitar seus entes queridos. Por esse motivo, esses insetos eram vistos como mensageiros destes espíritos para esse povo.

3. Abutres

(Fonte: Getty Images)

Não há nenhuma surpresa no fato de que os abutres estejam na lista de animais associados à morte. Afinal, essas aves usam seu incrível olfato para detectar carniça a mais de um quilômetro de distância, e sua propensão para buscar cadáveres na natureza e se alimentar de sua carne não é algo que ajuda na sua reputação.

No Egito Antigo, por exemplo, os abutres eram vistos como um símbolo de limpeza dentro do círculo da vida e da morte. Algumas culturas também enxergam esses pássaros como formas sagradas de se livrar dos mortos. 

4. Morcegos

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Em diversas culturas, os morcegos estão associados à morte há muito tempo. Por exemplo, o povo Maori, da Nova Zelândia, associa os morcegos ao hokioi, um pássaro noturno mítico que dizem prever a morte.

Diz a lenda que esse pássaro nunca tinha sido visto, mas apenas ouvido durante a noite pelos seus gritos na escuridão. Pesquisadores acreditam que o hokioi fosse, na verdade, uma ave extinta conhecida como águia de Haast — uma ave de rapina grande o suficiente para carregar uma criança pequena.

5. Corvos

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Os chamados corvos-carniceiros são pássaros extremamente inteligentes que comem de tudo, desde frutas vermelhas até a carne em decomposição de animais mortos. Por isso, no folclore irlandês, Badb faz parte de um trio de deusas da guerra que assumiam a forma de um corvo.

Esse folclore, segundo estudos, dizia que essa deusa era capaz de prenunciar o derramamento de sangue, o que aterrorizava soldados nos campos de batalha. Sendo assim, o surgimento de um corvo era um claro sinal de que pessoas estavam prestes a morrer.

6. Ratos

(Fonte: Getty Images)

Na natureza, os ratos são bem conhecidos por serem carregadores de muitos patógenos — alguns dos quais são mortais. Por exemplo, esses roedores foram responsabilizados pela propagação da Peste Negra no século XIV, que matou pelo menos 25 milhões de pessoas na Europa em apenas 5 anos.

Estudos realizados nos últimos anos, no entanto, sugerem que os ratos não eram os principais vetores da doença. Mesmo assim, isso não impediu que essas criaturas se tornassem um claro sinal de morte em diversas culturas.