Ciência
30/06/2024 às 10:00•3 min de leituraAtualizado em 30/06/2024 às 10:00
A Guerra do Vietnã está entre as mais controversas da história, e tem um lugar especial na memória dos americanos, que saíram como perdedores desse conflito ocorrido entre o Vietnã do Norte (comunista) e o Vietnã do Sul (aliado aos Estados Unidos).
Extremamente impopular, a guerra motivou centenas de protestos até chegar ao fim. Havia uma desaprovação generalizada da parte da população e uma grande desilusão quanto a tudo que esta guerra representava. Até hoje, o conflito é lembrado por histórias negativas, que remetem a casos de pessoas desaparecidas e fatos que nunca foram bem explicados.
Mais de 1000 americanos que participaram da Guerra do Vietnã seguem desaparecidos até hoje. Mas um dos casos mais estranhos envolve o sumiço da médica Eleanor Ardel Vietti, ocorrido em 1962.
Ela atuou no conflito atendendo a população Montagnard do Vietnã do Sul com a Aliança Cristã e Missionária. Mas, no dia 20 de maio de 1962, guerrilheiros apareceram na aldeia em que ela estava, e ordenaram que Vietti fosse com eles. Dois voluntários – Archie Mitchell e Dan Gerber – também foram junto.
Os três foram levados e nunca mais foram encontrados, e tudo o que envolve o sumiço do grupo segue envolto de mistério. Não houve pedido de resgate, e os líderes da Aliança Cristã e Missionária acreditaram na época que o ataque teria sido direcionado para o roubo de suprimentos médicos.
Em 1962, um artigo publicado no Des Moines Tribune do final de 1962 mencionava um guerrilheiro capturado que fazia referência direta a Vietti. Supostamente, ela estaria a salvo, ao lado de Mitchell e Gerber, atendendo soldados vietcongues feridos. Houve depois um novo artigo em 1965 com novos depoimentos de prisioneiros vietcongues que citavam algo semelhante. Contudo, os três nunca mais foram reencontrados.
Durante a guerra, os Estados Unidos precisavam de um local para colocar os seus soldados. Por conta disso, os militares construíram um edifício de apartamentos em 1960. A encomenda foi feita a um milionário, que levantou uma torre de 13 andares.
Só que, quando o 13º andar foi concluído, coisas estranhas começaram a atormentar a equipe que estava trabalhando na construção. Um xamã foi chamado para "limpar" o prédio, mas, aparentemente, os eventos assombrados continuaram ocorrendo. Moradores relatavam ouvir vozes pelos corredores e barulhos que lembravam um desfile militar.
O mais apavorante foram os testemunhos de pessoas que diziam ouvir gritos, além de enxergar espíritos nos corredores. Houve até quem disse ter visto um soldado americano de mãos dadas com uma namorada vietnamita.
Outra história intrigante é a de Charles Shelton, um piloto americano encarregado de voar em missões secretas de reconhecimento durante a guerra, atuando especificamente sobre o Laos. Em 26 de abril de 1965, ele foi enviado a uma missão e seu avião foi abatido e caputrado seis dias depois.
Nos Estados Unidos, sua família recebeu um pacote cheio de objetos pessoais que estariam com ele no avião. Isso levou a presumir que Shelton teria se tornado um prisioneiro de guerra, e seria liberto junto de outros presos.
Acontece que a guerra acabou e ele não constava em nenhuma lista – nem na dos mortos, nem na dos presos. Mas sua família se recusou a aceitar o seu desaparecimento e, depois de anos, obtiveram documentos que relatavam que ele foi avistado até o ano de 1985, muito tempo depois da queda do avião.
Outro mistério envolvendo a Guerra do Vietnã diz respeito ao destino do cabo da Marinha Robert Daniel Corriveau, que foi ferido três vezes durante o conflito. Em 1968, ele voltou aos Estados Unidos para receber tratamento psiquiátrico no Hospital Naval da Filadélfia. Possivelmente, ele lidava com estresse pós-traumático.
Mas em 18 de novembro deste mesmo ano, Corriveau desapareceu do hospital e foi apontado pelos militares como um desertor. Trata-se de um indicativo absoluto de desonra, que o perseguiu por séculos.
Apenas em 2012 o mistério sobre o seu sumiço foi desvendado. Poucas horas depois do desaparecimento no hospital, um corpo foi encontrado na Filadélfia com uma única facada no coração. Testes de DNA finalmente revelaram que se tratava de Corriveau, que finalmente recebeu as honras militares.