Ciência
18/07/2024 às 12:00•2 min de leituraAtualizado em 18/07/2024 às 12:00
Sem dúvida, Adolf Hitler está entre as personalidades mais malévolas de todos os tempos. Afinal, ele foi capaz de liderar o Partido Nazista e comandar o Holocausto, sendo o responsável direto pela morte de cerca de 6 milhões de judeus.
Por conta de seus atos, é até esperado que Hitler tenha colecionado inimigos no mundo todo, que tentaram assassiná-lo em algum momento. Sem sucesso, claro, já que Hitler morreu em 1945 após atirar contra a própria cabeça.
Em sua biografia Mein Kampf, Hitler narrou que a primeira tentativa de assassinato que sofreu ocorreu em 4 de novembro de 1921 em Munique. Foi em uma noite em que ele havia se preparado para fazer um discurso na cervejaria Hofbräuhaus.
Hitler chegou no local escoltado por 46 soldados da Sturmabteilung, a ala paramilitar do Partido Nazista. Enquanto falava, ele foi vaiado por muitos dos presentes, que tomavam suas cervejas. Até que um deles resolveu gritar "Liberdade!", o que fez com que os demais manifestantes começassem a jogar seus copos vazios no nazista. Não satisfeitos, um deles sacou uma arma e deu dois tiros em direção da plataforma onde Hitler estava, mas errou o alvo.
Cerca de uma década depois, o Partido Nazista estava em ascensão e havia garantido 107 assentos parlamentares nas eleições de 1930. Nesse contexto, Hitler escolheu o Hotel Kaiserhof, em Berlim, para se reunir com os seus aliados. Para fazer isso, eles desfrutaram de um luxuoso jantar.
Só que, uma hora depois de comerem, os convidados começaram a sofrer violentas cólicas estomacais, somadas a episódios de vômito. Mas o próprio Hitler não passou por nada. Como ele tinha problemas gastrointestinais extremos, acredita-se que o Führer tenha evitado um prato que foi consumido pela maior parte dos presentes. Mesmo que os nazistas tenham desconfiado de uma tentativa de envenenamento pelos cozinheiros do hotel, ele continuou se hospedando lá.
Entre 30 de junho e 2 de julho de 1934, os oficiais nazistas realizaram a terrível Noite das Facas Longas, ação em que a facção de Adolf Hitler do Partido Nazista realizou uma série de execuções políticas extrajudiciais. O líder dos Sturmabteilung, Ernst Rohm, foi preso em uma ação supervisionada pelo próprio Führer.
Enquanto ele estava sendo transportado para uma prisão em Munique, alguns membros da Sturmabteilung armaram uma emboscada na estrada. Eles pararam o carro e posicionaram suas metralhadoras, na crença de que Hitler estivesse no automóvel. Contudo, o ditador deve ter sentido a possibilidade de problemas e orientou a sua comitiva a pegar uma rota alternativa mais longa, fugindo mais uma vez da morte.
O aumento gradativo da loucura de Hitler motivou muitos alemães a acreditar que a única saída para o país seria matá-lo. Isso gerou várias conspirações, que envolviam até os generais do Führer que discordavam de suas ideias.
Um plano arrojado foi realizado pelo doutor Helmuth Mylius, um industrial alemão. Ele planejou se infiltrar na Schutzstaffel (SS), a violenta força paramilitar nazista. Mylius conseguiu recrutar nada menos que 160 apoiadores que toparam entrar para a SS.
Ocorre que a Gestapo (a polícia secreta nazista) conseguiu se infiltrar entre esses conspiradores. Assim, a ação acabou desmantelada em 1935, e Mylius escapou da execução por conta da proteção que tinha de um amigo, o general Erich von Manstein.