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26/07/2024 às 08:00•2 min de leituraAtualizado em 26/07/2024 às 08:00
Os livros de história reservam algumas boas páginas para contar a história dos grupos clandestinos que fizeram resistência às forças nazistas. Mas nem sempre eles nos falam sobre os grupos de jovens e adolescentes que fizeram oposição nesse período, sem usar qualquer forma de violência.
São histórias de pessoas corajosas que, mesmo com a pouca idade, fizeram frente a um dos piores regimes já documentados pela trajetória da humanidade.
Rosa Branca foi um movimento não violento de resistência intelectual na Alemanha nazista, liderado por cinco estudantes e um professor da Universidade de Munique. Eles capitanearam uma campanha anônima de folhetos e grafites em oposição ao regime. Dentre as frases difundidas, estavam: “Não ficaremos em silêncio. Somos sua má consciência. Rosa Branca não deixará você em paz!”
Três membros, os irmãos Hans e Sophie Scholl, e Christoph Probst, todos estudantes de Medicina, foram decapitados apenas quatro dias após serem presos, em 22 de fevereiro de 1943.
Corajosos até o fim, eles ainda se manifestaram em seu julgamento. Sophie interrompeu o juiz dizendo: “o que dissemos e escrevemos, muitas pessoas também o pensam. Mas não se atrevem a dizê-lo”. Já Hans declarou: “daqui a pouco, você estará no nosso lugar”.
Menos organizados, os Piratas de Edelweiss surgiram no oeste da Alemanha a partir do Movimento da Juventude Alemã do final dos anos 1930. Eles se posicionavam como uma resposta à Juventude Hitlerista. Dentre as ações que desempenhavam, estavamm a fuga do recrutamento militar, a prática de passar trotes em jovens nazistas e o ator de ajudar os franceses prisioneiros de guerra.
Um dos seus principais membros, Walter Meyer, foi preso em 1943 ao buscar sapatos em uma loja. Ele foi deslocado para o campo de concentração de Ravensbrueck, onde foi colocado para trabalhar em regime de escravidão em uma pedreira. Em 1945, depois de contrair tuberculose, ele resolveu escapar antes que fosse assassinado – e conseguiu. Mais tarde, ele conseguiria se mudar para os Estados Unidos.
Os Swing Youth (ou, no idioma original, Swingjugend) foram um grupo jovem de contracultura ligado ao jazz e ao swing. Era formado por jovens entre 14 e 21 anos de Hamburgo e Berlim que admiravam o estilo de vida americana, opondo-se assim ao nazismo, sobretudo à Juventude Hitlerista.
Eles se reuniam em clubes com nomes como Harlem Club, OK Gang e Hot Club, onde ouvia música norte-americana. Mesmo que fossem apolíticos e não tivessem exatamente uma organização, alguns deles foram reprimidos pelo governo nazista. Em 1993, um filme chamado Swing Kids foi feito para contar a sua história.