Quem foi Hades? Conheça a história do deus do submundo na mitologia grega

07/08/2024 às 10:002 min de leituraAtualizado em 07/08/2024 às 10:00

A mitologia grega é rica em figuras fascinantes e complexas, e Hades é uma dessas figuras que cativa tanto estudiosos quanto entusiastas da cultura antiga. Muitas vezes mal interpretado como uma versão grega de Satanás, esse deus era, na verdade, uma divindade que governava o reino dos mortos com justiça e ordem, desempenhando um papel fundamental na mitologia e na compreensão grega da vida após a morte.

Nascimento e ascensão de Hades

Estátua de Hades e o cão Cérbero. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Estátua de Hades e o cão Cérbero. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Hades era o filho primogênito dos titãs Reia e Cronos, e irmão de Zeus, Poseidon, Hera, Deméter e Héstia. Após a derrubada de Cronos por seu próprio filho, Zeus, cada irmão recebeu um reino a ser governado. Enquanto Zeus ficou com o céu e Poseidon com o mar, Hades tornou-se o soberano do submundo. Diferente do retrato moderno, Hades não era o deus que julgava as almas; esse papel cabia aos juízes Minos, Radamanto e Éaco. A função de Hades era manter a ordem e garantir que o ciclo de vida e morte seguisse seu curso natural.

O submundo era povoado por seres aterrorizantes, como Cérbero, o cão de três cabeças que guardava os portões do reino dos mortos. Para entrar no submundo, as almas precisavam cruzar o rio Estige, transportadas pelo barqueiro Caronte, cuja taxa era paga com moedas colocadas na boca dos mortos. Uma vez no submundo, as almas eram julgadas. Os justos eram encaminhados para os Campos Elísios, enquanto os ímpios eram enviados ao Tártaro para sofrer tormentos eternos.

O mito de Hades e Perséfone

O rapto de Perséfone. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
O rapto de Perséfone. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Um dos mitos mais conhecidos envolvendo Hades é o do sequestro e casamento com Perséfone, a filha de Deméter e Zeus. Hades se apaixonou por Perséfone e a raptou para se tornar sua rainha no submundo. Esse ato causou grande tristeza a Deméter, que fez o mundo murchar e se tornar infértil. Zeus, preocupado com a situação, enviou Hermes para resgatar Perséfone. Hades, porém, ofereceu a Perséfone sementes de romã, forçando-a a passar parte do ano com ele no submundo.

É importante destacar que, para os gregos antigos, a morte era vista como uma parte natural da vida e não um castigo eterno. Por isso, Hades era temido, mas também respeitado por sua função de governar o submundo com justiça. Apesar de sua importância, poucos templos foram dedicados a ele, como o Necromanteu em Éfira e um templo em Élis.

Muitas vezes mal interpretado como uma figura negativa, Hades era, na verdade, um deus complexo que governava o submundo com equilíbrio de justiça e ordem. Seu papel na mitologia grega reflete uma compreensão sofisticada dos gregos sobre processos naturais, como a vida, a morte e o renascimento.

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