Estilo de vida
03/07/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 03/07/2024 às 18:00
Partindo do Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, o voo American Airlines 191 tinha como destino o Aeroporto Internacional de Los Angeles. Porém, a viagem ocorrida no dia 25 de maio de 1979 terminou dois minutos após a autorização para a decolagem, se transformando no maior desastre aéreo da história dos Estados Unidos.
Transportando 271 pessoas, sendo 13 tripulantes e 258 passageiros, o avião McDonnell Douglas DC-10 se preparava para levantar voo quando o motor da asa esquerda se soltou, ao alcançar a velocidade de decolagem. Mas a avaria não interrompeu o processo.
A aeronave estava a cerca de 100 m de altura quando desacelerou e iniciou um mergulho mortal, inclinando-se para o lado esquerdo, de acordo com as testemunhas. Poucos segundos depois, atingiu o solo e explodiu em um campo há menos de 1,5 km de distância da pista.
Com a queda do voo American Airlines 191, todas as pessoas a bordo morreram e os corpos foram carbonizados, dificultando o reconhecimento das vítimas. Além dos viajantes, duas pessoas que estavam em solo faleceram após serem atingidas pelos destroços, totalizando 273 óbitos.
Pessoas que viram a queda do voo 191 da American Airlines em 1979 disseram que o avião não se chocou com nenhum objeto ao decolar. Além disso, o piloto não havia cometido erros. Então, por que o motor se soltou e a aeronave caiu?
Após uma longa investigação, as autoridades concluíram que a separação do motor danificou os fios de fluido hidráulico da asa esquerda, gerando a perda de pressão e um desequilíbrio em meio à decolagem. Com menos sustentação em um dos lados, a aeronave virou abruptamente para a esquerda e, descontrolada, colidiu com o solo.
Os investigadores também descobriram que o motor se soltou por causa de danos nos pylons, peças que prendem o propulsor à asa, ocorridos durante a manutenção feita pela American Airlines. Conforme o relatório, a empresa não seguiu as instruções ao retirar e remontar o motor do DC-10, colocando-a como culpada pelo acidente.
O maior acidente aéreo da história dos EUA levou a mudanças para aumentar a segurança dos voos. Entre elas, as autoridades determinaram a criação de novos procedimentos de manutenção das aeronaves e sistemas para facilitar a identificação de falhas, levando a inspeções detalhadas em outros aviões DC-10.
Companhias aéreas e reguladores também decidiram rever protocolos e recomendações que haviam sido classificadas como desnecessárias e de alto custo, mas que se mostraram importantes para evitar tragédias aéreas. A introdução de novas tecnologias e treinamentos aprimorados foram outros legados do acidente.