O satélite LignoSat está na Estação Espacial e em breve vai encarar seu desafio na órbita da Terra.

A bordo de uma cápsula da SpaceX&nbsp;que se acoplou à Estação Espacial Internacional (ISS) no início de novembro, uma carga especial veio com mais de 3 mil kg de suprimentos: o primeiro satélite do mundo feito de madeira. O LignoSat, fabricado com hinoki&nbsp;— uma madeira japonesa conhecida por sua leveza e resistência — deve ser lançado em órbita ainda este ano para testar a viabilidade da madeira em condições extremas, como as encontradas no espaço.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128810-6-fatos-sobre-os-polemicos-satelites-starlink-da-spacex.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fatos sobre os polêmicos satélites Starlink, da SpaceX</a></li></ul>Essa missão inovadora nasceu em 2017, quando o ex-astronauta da NASA&nbsp;Takao Doi e sua equipe na Universidade de Kyoto se questionaram sobre alternativas sustentáveis para missões espaciais. Se a madeira pudesse ser tão durável no espaço quanto é na Terra, ela poderia substituir materiais metálicos, que são mais caros, pesados e poluentes. Ao longo de oito meses de testes na própria ISS, a madeira hinoki&nbsp;mostrou-se resistente a radiação, temperaturas extremas e ao desgaste, características essenciais para enfrentar os desafios do espaço.<h2 style="text-align:justify;">Do tradicional ao futurista: madeira com técnica samurai</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/08/08134908810189.jpg" alt="A madeira honoki é leve, resistente a rachaduras e já foi usada em bainhas de espadas samurais, destacando sua durabilidade e resistência. (Fonte: Reprodução/STR/JIJI PRESS/AFP via Getty Images)"><figcaption>A madeira honoki é leve, resistente a rachaduras e já foi usada em bainhas de espadas samurais, destacando sua durabilidade e resistência. (Fonte: Reprodução/NASA/JSC)</figcaption></figure></figure>Para construir o LignoSat, os engenheiros de Doi contaram com o apoio de mestres no “sashimono”, uma técnica japonesa tradicional de marcenaria que não utiliza pregos ou parafusos, apenas encaixes precisos. Esse método, originalmente aplicado em móveis e estruturas duradouras, garantiu que a madeira estivesse preparada para os desafios do espaço. O resultado foi um satélite que une inovação tecnológica e tradição japonesa. “Por que não criar um satélite de madeira?” brincou o professor Koji Murata, especialista em biomateriais e colega de Doi no projeto.Agora, na órbita terrestre, o LignoSat será monitorado pelos engenheiros para observar sua resistência às mudanças de temperatura — que podem variar de -100&nbsp;°C a 100&nbsp;°C a cada 45 minutos. Além disso, sensores no satélite vão capturar dados sobre os campos magnéticos da Terra, um teste de resistência da estrutura de madeira. Caso o projeto seja um sucesso, essa inovação poderá inspirar outros satélites de madeira, mais sustentáveis e com menor impacto ambiental.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128657-quais-serao-os-primeiros-animais-nas-colonias-da-lua-e-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais serão os primeiros animais nas colônias da Lua e de Marte?</a></li></ul>A madeira hinoki, aliás, é leve, resistente a rachaduras e possui histórico de uso em bainhas de espadas samurais, o que reforça seu papel de material resistente e de alta durabilidade. Assim, o LignoSat torna-se um marco de como técnicas milenares podem impulsionar o futuro da ciência espacial.<h2 style="text-align:justify;">Tecnologia sustentável contra o lixo espacial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/08/08135144899191.jpg" alt="O acúmulo de detritos na órbita baixa ameaça missões futuras. O LignoSat surge como alternativa sustentável, desintegrando-se ao fim da missão sem liberar resíduos nocivos. (Fonte: Reprodução/STR/JIJI PRESS/AFP via Getty Images)"><figcaption>O acúmulo de detritos na órbita baixa ameaça missões futuras. O LignoSat surge como alternativa sustentável, desintegrando-se ao fim da missão sem liberar resíduos nocivos. (Fonte: Reprodução/STR/JIJI PRESS/AFP via Getty Images)</figcaption></figure></figure>O acúmulo de detritos na órbita baixa da Terra é um problema crescente, ameaçando futuras missões espaciais e até a segurança de satélites em funcionamento. O fenômeno conhecido como Síndrome de Kessler, que pode resultar em uma reação em cadeia de colisões entre detritos espaciais, destaca a urgência em tornar a exploração espacial mais sustentável. E aí entra o LignoSat como um exemplo inspirador.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124322-sindrome-de-kessler-como-o-acumulo-de-lixo-espacial-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síndrome de Kessler: como o acúmulo de lixo espacial nos afeta?</a></li></ul>Com seu lançamento, a esperança é que o LignoSat comprove a eficácia da madeira como alternativa para satélites. A vantagem é que, ao completar sua missão, o satélite de madeira se desintegrará sem liberar resíduos nocivos, como o alumínio, na reentrada atmosférica. Esse aspecto faz do LignoSat um pioneiro, projetando o futuro em que satélites sustentáveis sejam a norma.Como aposta o próprio Takao Doi, se a missão do LignoSat for bem-sucedida, ela poderá abrir caminho para que missões futuras de empresas espaciais, como a SpaceX, adotem esses materiais. A madeira, símbolo de tradição e sustentabilidade, pode muito bem ser a chave para um futuro de tecnologias espaciais ecológicas.

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Primeiro satélite de madeira do mundo une artesanato japonês e tecnologia

Este raro elemento não é deste mundo, mas chegou à Terra trazendo pistas de antigas explosões estelares que influenciaram o Sistema Solar.

O ferro-60 é um isótopo radioativo que intriga cientistas há décadas. Encontrado em sedimentos terrestres e lunares, ele não deveria estar por aqui de forma natural. A única explicação? Ele veio do espaço, resultado de explosões de estrelas massivas, as supernovas. A pergunta que fica é: quando e como ele chegou ao nosso planeta?A Terra, assim como o restante do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128411-6-descobertas-incriveis-sobre-o-nosso-sistema-solar-feitas-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, foi moldada por materiais provenientes dessas explosões cósmicas. Mas o ferro-60 tem uma particularidade que o torna especial: ele é radioativo, mas sua meia-vida de 2,6 milhões de anos permite que rastros dele ainda sejam detectados hoje. Isso torna o isótopo uma pista fundamental para entender eventos cósmicos que aconteceram milhões de anos atrás.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128411-6-descobertas-incriveis-sobre-o-nosso-sistema-solar-feitas-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 descobertas incríveis sobre o nosso Sistema Solar feitas em 2023</a></li></ul><h2 style="text-align:justify;">O nascimento do ferro-60</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22195611510377.jpg" alt="O ferro-60 se teve origem nas supernovas, explosões que marcam o estágio final da vida de estrelas de grande porte. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>O ferro-60 se teve origem nas supernovas, explosões que marcam o estágio final da vida de estrelas de grande porte. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A origem do ferro-60 está ligada às supernovas, grandes explosões que ocorrem no fim da vida de estrelas gigantes. Nessas explosões, elementos como ferro, cobalto e níquel são espalhados pelo espaço em enormes quantidades. O ferro-60, criado nessas supernovas, acabou viajando pelo cosmos até atingir a Terra e outros corpos do Sistema Solar.<ul><li style="text-align:justify;">Você sabe?&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/afinal-com-que-frequencias-estrelas-morrem-na-via-lactea" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afinal, com que frequências estrelas 'morrem' na Via Láctea?</a></li></ul>No nosso planeta, a presença de ferro-60 em sedimentos sugere que, há milhões de anos, a Terra foi bombardeada por partículas desse isótopo. Os cientistas acreditam que essas partículas chegaram até nós em eventos de explosão estelar relativamente próximos. Além disso, o mesmo fenômeno foi detectado em amostras coletadas na Lua, confirmando a origem extraterrestre do ferro-60.O que torna o ferro-60 tão importante para os cientistas é que ele não apenas aponta para o passado das supernovas, mas também oferece pistas sobre a formação do Sistema Solar. Ele serve como uma "assinatura cósmica" deixada por esses eventos e nos ajuda a reconstruir a história de nosso canto do universo.<h3 style="text-align:justify;">Impactos no planeta</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22195859403381.jpg" alt="O ferro-60 não causaria mudanças climáticas, mas os raios cósmicos poderiam ter aumentado a cobertura de nuvens, impactando o clima. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>O ferro-60 não causaria mudanças climáticas, mas os raios cósmicos poderiam ter aumentado a cobertura de nuvens, impactando o clima. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>As descobertas de ferro-60 em sedimentos terrestres revelaram picos em sua concentração, que datam de períodos específicos da história da Terra. Estima-se que esses picos tenham ocorrido há cerca de 3,4 a 1,7 milhões de anos, com outro grande pico por volta de 8 milhões de anos atrás. Esses períodos coincidem com eventos de supernovas próximas, que podem ter jogado grandes quantidades de material radioativo na direção do nosso planeta.Esses picos de ferro-60, curiosamente, também coincidem com períodos de resfriamento global. Alguns cientistas especulam que o material cósmico, acompanhado por raios cósmicos, pode ter influenciado o clima da Terra, embora isso ainda seja uma hipótese em investigação. O próprio ferro-60 não seria responsável pelas mudanças climáticas, mas os raios cósmicos poderiam ter contribuído para o aumento da cobertura de nuvens, afetando o clima global.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/mesmo-a-16-mil-kmh-por-que-nao-sentimos-a-terra-girando-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesmo a 1,6 mil km/h, por que não sentimos a Terra girando?</a></li></ul>Outra questão levantada é se esses eventos podem se repetir no futuro. Embora o ferro-60 encontrado na Terra e na Lua seja um vestígio de explosões passadas, novas supernovas e outras explosões estelares continuam a acontecer em nossa galáxia. E, quem sabe, talvez mais vestígios desse isótopo misterioso voltem a atingir nosso planeta, trazendo novas pistas sobre a dinâmica do universo.

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Extraterrestre: de onde veio o isótopo ferro-60?

China quer ser a primeira a resolver o mistério da hierarquia de massa dos neutrinos.

A China está determinada a ser a primeira a desvendar os segredos dos neutrinos, uma das partículas mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114178-neutrinos-podem-explicar-um-dos-maiores-misterios-da-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">misteriosas do universo</a>. Para isso, construiu o gigantesco Observatório Subterrâneo de Neutrinos de Jiangmen (JUNO), que está em fase final de construção e deve entrar em operação em 2025.&nbsp;Enterrado a 700 metros de profundidade, o JUNO tem como objetivo medir essas partículas elusivas que atravessam o corpo humano e praticamente todo o universo a cada segundo. Apesar de sua abundância, os neutrinos são incrivelmente difíceis de detectar, e os cientistas sabem pouco sobre eles — especialmente sobre a chamada “hierarquia de massa”, um dos grandes mistérios da física.<h2 style="text-align:justify;">A corrida pelos neutrinos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22155616293241.jpg" alt="O gigantesco Observatório Subterrâneo de Neutrinos de Jiangmen (JUNO) visto de cima. (Fonte: Juno / Divulgação)"><figcaption>O gigantesco Observatório Subterrâneo de Neutrinos de Jiangmen (JUNO) visto de cima. (Fonte: Juno / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O JUNO não está sozinho nessa corrida. Projetos semelhantes nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121690-operacao-fantasia-os-eua-tentaram-bombardear-o-japao-com-raposas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos e Japão</a> também estão em andamento, mas o observatório chinês parece estar à frente. Segundo Wang Yifang, diretor do projeto, ser o primeiro a solucionar o enigma da hierarquia de massa dos neutrinos é essencial.&nbsp;Se os pesquisadores chineses conseguirem determinar com precisão quais são os neutrinos mais leves e quais são os mais pesados, o impacto na física será profundo, podendo mudar nossa compreensão de fenômenos astrofísicos, como o funcionamento das estrelas e das supernovas.O coração do JUNO é uma esfera gigante de aço e acrílico, com mais de 13 andares de altura, cercada por milhares de tubos que detectam luz. Esses tubos vão captar a passagem de neutrinos emitidos por duas usinas nucleares próximas, ajudando os cientistas a coletar dados essenciais sobre essas partículas por até seis anos.&nbsp;A ideia é que, ao estudar os neutrinos, eles possam entender melhor os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115412-neutrinos-raros-mostram-como-o-sol-produz-energia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processos nucleares do Sol</a> e até mesmo as forças que movimentam a Terra, como a convecção do manto, responsável pela movimentação das placas tectônicas.<h2 style="text-align:justify;">De mal com os EUA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22155813716243.jpg" alt="Será que a China conseguirá ser a pioneira na resolução do mistério acerca dos neutrinos? (Fonte: Juno / Divulgação)"><figcaption>Será que a China conseguirá ser a pioneira na resolução do mistério acerca dos neutrinos? (Fonte: Juno / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Embora o observatório chinês esteja prestes a começar a coleta de dados, a jornada para a construção do JUNO não foi fácil. A colaboração internacional que envolve cientistas da França, Alemanha, Itália, Rússia e até mesmo Taiwan mostra o caráter global desse esforço. No entanto, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128380-4-atrocidades-cometidas-por-norte-americanos-que-voce-provavelmente-nao-conhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relação com os Estados Unidos</a> tem sido complicada.&nbsp;A colaboração com o Fermilab, o principal laboratório de física de partículas dos EUA, foi interrompida em 2018 devido a tensões políticas. Ainda assim, um grupo de pesquisadores americanos permanece envolvido no projeto, destacando o desejo de manter o foco na ciência, apesar das pressões geopolíticas.<h2 style="text-align:justify;">Revolução na Física</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23073620412004.jpg" alt="O Juno está quase pronto para entrar em ação. (Fonte: Juno / Divulgação)"><figcaption>O JUNO está quase pronto para entrar em ação. (Fonte: Juno / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O JUNO tem o potencial de revolucionar a física de partículas, especialmente se conseguir solucionar a hierarquia de massa dos neutrinos antes de outros grandes projetos como o DUNE, nos Estados Unidos, que só deve ficar pronto em 2030. Mas a ciência dos neutrinos não se limita apenas à teoria: algumas aplicações futuras podem ser extraordinárias.Pesquisadores já sugerem que os neutrinos poderiam ser usados para transmitir mensagens através da matéria sólida, como a Terra, a uma velocidade próxima à da luz. Isso poderia abrir novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/internet-quantica-a-revolucao-na-comunicacao-esta-ao-nosso-alcance" rel="noopener noreferrer" target="_blank">possibilidades de comunicação</a> e outros avanços tecnológicos impensáveis.Por ora, os cientistas buscam desvendar os mistérios essenciais dos neutrinos. Com sua tecnologia de ponta e apoio internacional, o JUNO pode posicionar a China na vanguarda de uma das maiores descobertas da física moderna, ampliando nosso conhecimento sobre a matéria e o universo.

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A corrida pelos neutrinos: China acelera em busca de respostas cósmicas

Grupo de pesquisadores utilizou ruídos naturais para recriar barulho do evento Laschamps, quando o campo magnético da Terra foi invertido. 

Imagine o campo magnético da Terra, nosso escudo protetor contra a radiação espacial, virando de cabeça para baixo. Pois é, isso aconteceu há mais de 40 mil anos e, agora, cientistas conseguiram transformar essa bagunça em som. A partir de dados coletados pelos satélites Swarm, da Agência Espacial Europeia (ESA), pesquisadores europeus criaram uma trilha sonora estranha e apavorante, usando sons naturais como estalos e batidas de rochas para representar o caos desse período.Essa sonoridade esquisita foi montada pela Universidade Técnica da Dinamarca e o Centro Alemão de Pesquisas em Geociências, com o objetivo de simular o evento Laschamps – um momento em que o campo magnético ficou tão fraco que deixou a Terra vulnerável aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128222-segundo-raio-cosmico-mais-intenso-da-historia-veio-de-vazio-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raios cósmicos</a>. O resultado? Uma verdadeira experiência de arrepiar, mostrando que, quando a natureza resolve "falar", ela sabe como dar um susto.<h2>O vacilo do campo magnético</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/6Tc7XI0iUYU?si=o6tZBkIE755DEG-Y" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O campo magnético da Terra funciona como uma barreira invisível, formada pelos metais líquidos que se movem no núcleo do planeta, afastando radiação solar e outras ameaças. Mas, a cada tanto, esse protetor tem seus surtos e decide inverter a polaridade, o que significa que o norte e o sul trocam de lugar.O último grande surto desse tipo foi há 41 mil anos, conhecido como evento Laschamps, e deixou marcas de lava em Laschamps, na França. Durante essa fase, a força do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128436-o-campo-magnetico-da-terra-esta-mesmo-invertendo-seus-polos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo magnético</a> caiu para apenas 5% do normal, e a exposição aos raios cósmicos aumentou. Isso pode ter contribuído para mudanças climáticas drásticas e até ter afetado a vida pré-histórica.Além disso, evidências isotópicas em gelo e sedimentos sugerem que houve um aumento na quantidade de berílio-10 — um isótopo radioativo de berílio — na atmosfera, formado pela interação dos raios cósmicos. O cenário parece ter sido de confusão tanto para os seres vivos quanto para o clima.<h2>Possibilidade de um novo surto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/21/21182429433300.jpg" alt="A magnetosfera da Terra é formada pela interação entre o campo geomagnético do planeta e os ventos solares. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>A magnetosfera da Terra é formada pela interação entre o campo geomagnético do planeta e os ventos solares. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Apesar de o evento Laschamps ter ocorrido milhares de anos atrás, ele continua sendo relevante. Atualmente, anomalias no campo magnético, como o enfraquecimento na região do Atlântico Sul, levantam questões sobre a possibilidade de uma nova inversão. Pesquisas indicam que esses fenômenos não necessariamente anunciam uma nova virada, mas ainda representam um risco significativo para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128810-6-fatos-sobre-os-polemicos-satelites-starlink-da-spacex.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">satélites</a> expostos à radiação.A missão Swarm da ESA, que monitora sinais magnéticos desde 2013, tem nos ajudado a entender melhor o comportamento do campo geomagnético e suas flutuações. Embora ainda haja muito o que descobrir, o passado magnético do planeta mostra que o imprevisível faz parte da história da Terra.Seja como for, uma coisa é certa: o campo magnético da Terra sempre encontrará uma forma de nos surpreender – seja invertendo sua polaridade ou virando trilha sonora de um pesadelo geológico.&nbsp;

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Campo magnético da Terra se invertendo vira trilha sonora assustadora em estudo científico

Teorias conspiratórias e controvérsias não tiram de Gagarin seu posto histórico.

Quando Yuri Gagarin orbitou a Terra em 12 de abril de 1961, ele foi saudado como o primeiro humano no espaço, um triunfo soviético na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127354-as-5-historias-mais-malucas-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corrida espacial</a>. No entanto, ao longo dos anos, surgiram teorias da conspiração questionando se ele foi realmente o primeiro a alcançar esse feito ou se outros cosmonautas fizeram isso antes dele, com suas histórias sendo encobertas pelo governo soviético.Esses rumores surgiram durante a Guerra Fria, quando a rivalidade entre superpotências, especialmente na exploração espacial, era intensa. A União Soviética, buscando vencer a corrida espacial contra os Estados Unidos, temia que a perda de um astronauta fosse um golpe devastador para sua propaganda.<h2 style="text-align:justify;">Missões "secretas"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14081740678001.jpg" alt="Yuri Gagarin foi celebrado com muita festa em seu retorno. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Yuri Gagarin foi celebrado com muita festa em seu retorno. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>As alegações mais comuns que surgem apontam para supostos “cosmonautas perdidos”, indivíduos que teriam sido enviados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/estacao-vostok-a-missao-a-antartida-que-mudou-a-historia-da-humanidade" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missões</a> secretas e que, por alguma razão, nunca retornaram. Segundo essas teorias, suas mortes teriam sido acobertadas.Entre os rumores mais persistentes, há um que sugere que um cosmonauta morreu ao reentrar na atmosfera da Terra antes do voo de Gagarin. Outro afirma que uma mulher teria sido enviada ao espaço e perecido antes que o mundo conhecesse a missão de Gagarin.Os irmãos Achille e Giovanni Judica-Cordiglia, que eram radioamadores italianos, alegaram ter captado transmissões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118049-1-caminhada-espacial-feita-por-cosmonauta-completa-56-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cosmonautas soviéticos</a> morrendo no espaço, incluindo sons de uma nave em crise e uma possível batida cardíaca. Porém, especialistas questionam essas gravações, sugerindo que elas podem ter sido mal interpretadas ou forjadas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14081621092000.jpg" alt="Vostok 1, a responsável por levar Gagarin a cumprir sua façanha. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Vostok 1, a responsável por levar Gagarin a cumprir sua façanha. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A desinformação durante a Guerra Fria, quando vitórias espaciais representavam poder, gerou um lugar propício para especulações. No entanto, não há evidências concretas que sustentem as alegações de voos espaciais antes de Gagarin. Tanto os registros históricos quanto os documentos soviéticos — inclusive após a abertura de arquivos com o colapso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120813-uniao-sovietica-veja-5-motivos-que-levaram-a-potencia-ao-fim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">URSS</a> — não mostram missões secretas desse tipo.Tudo isso deixa claro que a versão oficial, reconhecida globalmente, é que Yuri Gagarin foi de fato o primeiro humano a viajar pelo espaço. Contudo, não foi o primeiro ser vivo.&nbsp;<h3 style="text-align:justify;">Animais no espaço</h3>A União Soviética utilizou animais, principalmente cães, como parte crucial de seus testes antes de enviar humanos ao espaço. Cadelas como Belka e Strelka foram pioneiras ao orbitar a Terra em 1960, permitindo que os cientistas soviéticos avaliassem as condições físicas e psicológicas necessárias para um ser vivo suportar um voo espacial.&nbsp;Monitorando suas funções vitais, como pressão sanguínea e frequência cardíaca, os soviéticos aprenderam sobre os efeitos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109859-falta-de-gravidade-pode-afetar-dramaticamente-os-cerebros-dos-astronautas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falta de gravidade</a> e do estresse do lançamento, garantindo que seres humanos pudessem realizar viagens semelhantes com segurança.<h2 style="text-align:justify;">Questionamentos técnicos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14082705624007.jpg" alt="Yuri Gagarin virou um representante da habilidade humana o desconhecido. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Yuri Gagarin virou um representante da habilidade humana o desconhecido. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora o mito dos "cosmonautas perdidos" seja intrigante, outra controvérsia envolve o voo de Gagarin: ele seguiu todas as regras para ser considerado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118290-yuri-gagarin-o-1-homem-a-ir-ao-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiro astronauta</a>? O debate surge porque, na reentrada, Gagarin não pousou dentro da Vostok 1. Ele se ejetou a 20 mil pés de altitude, já que os engenheiros soviéticos ainda não haviam criado um sistema de frenagem seguro para a nave.De acordo com as regras estabelecidas pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), a autoridade máxima na validação de recordes aeronáuticos, um piloto deveria pousar junto com sua aeronave para o recorde ser validado. Isso gerou questionamentos e uma certa controvérsia, já que, a princípio, os soviéticos não revelaram essa peculiaridade no voo de Gagarin.No entanto, com o tempo, a FAI reavaliou seus critérios, percebendo que, no contexto do voo espacial, o mais importante era o lançamento, a órbita e o retorno seguro do astronauta, independentemente do modo como ele pousou. Esse ajuste nas regras permitiu que o voo de Gagarin continuasse sendo celebrado como o primeiro bem-sucedido.&nbsp;A Medalha Gagarin, concedida anualmente pela FAI, reforça a importância de sua conquista, honrando aqueles que realizam feitos notáveis na exploração do espaço.No final de contas, o que realmente importa é que Gagarin abriu o caminho para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127969-o-que-aconteceria-com-o-corpo-humano-no-espaco-sem-uma-roupa-de-astronauta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanidade no espaço</a>, e suas contribuições continuam inspirando gerações. No fim, todas as teorias conspiratórias e controvérsias em torno de seu voo não conseguem apagar seu papel pioneiro. Ele continua sendo o primeiro humano no espaço.

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Afinal, Yuri Gagarin foi mesmo o primeiro humano no espaço?

Descubra as histórias míticas por trás das constelações que iluminam nosso céu noturno, revelando lendas antigas que conectam estrelas e deuses.

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127199-conheca-7-constelacoes-faceis-de-serem-identificadas-no-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As constelações</a> sempre despertaram fascínio nos seres humanos. Ao olhar para o céu, nossos ancestrais viam mais do que pontos brilhantes. Eles enxergavam histórias, lendas e figuras mitológicas, usando as estrelas como inspiração para explicar fenômenos naturais ou preservar suas tradições.&nbsp;As histórias de origem das constelações são um reflexo dessa necessidade humana de encontrar padrões no universo. Aqui estão seis histórias fascinantes que envolvem algumas das constelações mais icônicas que povoam o nosso céu noturno.<h2 style="text-align:justify;">1. Ursa Maior e Ursa Menor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14091427893011.jpg" alt="A Constelação de Ursa Maior com suas 7 estrelas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A constelação de Ursa Maior com suas 7 estrelas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A lenda das constelações de Ursa Maior e Ursa Menor é uma das mais antigas e influentes e tem origem grega. Ela envolve <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120553-templo-de-zeus-a-misteriosa-historia-da-destruicao-do-monumento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zeus</a>, que se apaixonou por Calisto, uma ninfa da comitiva de Ártemis. Certo dia, Zeus andava com Calisto pela floresta quando avistou sua esposa, Hera, vindo em sua direção. Para esconder a ninfa, transformou-a em um urso.&nbsp;Hera, que não era boba, imaginou que aquilo fosse uma possível traição e forçou Zeus a retornar com ela para o Olimpo, impossibilitando que Calisto tivesse o feitiço desfeito. Assim, a ninfa agora era um urso perambulando pela floresta.&nbsp;Foi aí que o hábil caçador Arcas, ao ver o urso, disparou sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126956-ponta-de-flecha-de-3-5-mil-anos-achada-na-suica-foi-feita-de-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">flecha</a> e matou o animal. A tragédia se revelaria ainda maior quando Arcas, ao ver o feitiço passar e o urso se transformar em uma ninfa, percebeu que se tratava de Calisto, sua mãe.&nbsp;Após Arcas começar a chorar de maneira ensurdecedora, Zeus vem ao seu encontro e coloca Calisto no céu, transformando-a na constelação de Ursa Maior. Em seguida, põe Arcas na companhia da mãe, formando a constelação de Ursa Menor.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">2. Câncer</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14091748895015.jpg" alt="A Constelação de Câncer brilha no horizonte. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A constelação de Câncer brilha no horizonte. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A constelação de Câncer pode não ter o brilho de outras, mas sua história é marcada por um dos maiores heróis da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126775-as-3-melhores-historias-de-amor-da-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia grega</a>: Hércules. Durante a batalha épica contra a Hidra de Lerna, Hera, inimiga declarada de Hércules, enviou um caranguejo para atrapalhá-lo.&nbsp;No entanto, o animal foi facilmente derrotado pelo herói. Mesmo assim, Hera, em um gesto de lealdade ao crustáceo, colocou-o no céu, formando a constelação de Câncer. A falta de estrelas brilhantes na constelação simboliza o fracasso da criatura em sua missão, mas também sua imortalização nos céus por seu breve momento de glória.<h2 style="text-align:justify;">3. Cão Maior e Cão Menor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14205644381004.jpg" alt="A Constelação Canis Major representa bem a imagem de Laelaps. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>É na constelação Canis Major que está a estrela Sirius, a mais brilhante do céu noturno. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>As constelações de Cão Maior (Canis Major) e Cão Menor (Canis Minor) carregam consigo uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/a-revolucao-da-instabilidade-novo-paradoxo-pode-redefinir-a-evolucao-e-a-biologia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">história paradoxal</a>. Segundo a lenda, tudo começou com a Raposa Teumessiana, um animal destinado a jamais ser capturado. Como a raposa estava causando problemas na região, foi convocado o cão Laelaps, que, por outro lado, tinha como destino sempre capturar sua presa.&nbsp;Esse impasse colocou o destino dos dois em risco, criando uma situação sem saída. Afinal, como seria possível um mundo em que uma raposa que nunca pode ser capturada fosse atacada, ou um cão que nunca falha em capturar sua presa acabasse falhando?&nbsp;Para evitar que o equilíbrio cósmico fosse destruído, Zeus os transformou primeiramente em pedra, para depois os colocarem no céu, onde estariam condenados a correr eternamente, sem nunca alcançar um ao outro. Assim nasceram as constelações de Cão Maior (cão Laelaps) e Cão Menor (Raposa Teumessiana).<h2 style="text-align:justify;">4. Peixes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14092348880017.jpg" alt="Constelação de Peixes brilhando no céu noturno. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Constelação de Peixes: uma recompensa para os salvadores de Afrodite e Eros. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A constelação de Peixes surge de uma lenda que envolve a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deusa Afrodite</a> e seu filho Eros. Quando o monstro Tifão, uma das criaturas mais temíveis da mitologia grega, atacou os deuses, Afrodite e Eros fugiram para o rio Eufrates. Lá, foram salvos por dois peixes, que os levaram para um local seguro.&nbsp;Há outra vertente que diz que, na verdade, os dois peixes eram os próprios Afrodite e Eros. Eles teriam entrado no rio e se metamorfoseado nos peixes.&nbsp;De qualquer forma, a lenda diz que os peixes foram colocados no céu como recompensa pelo ato heroico. A história de Peixes nos lembra de que até os seres mais modestos podem realizar grandes feitos e, assim, ganhar um lugar entre as estrelas.<h2 style="text-align:justify;">5. Ofiúco&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14092958711022.jpg" alt="O homem e a serpente: a representação de Ofiúco. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>O homem e a serpente: a representação de Ofiúco. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A constelação de Ofiúco está associada ao deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121442-5-simbolos-ancestrais-que-foram-usados-na-modernidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Asclépio</a>, conhecido por suas habilidades curativas (tanto que faz parte do símbolo da medicina). Filho de Apolo, Asclépio foi tão talentoso na arte da cura que conseguiu até mesmo trazer os mortos de volta à vida. Esse poder, no entanto, incomodou Hades, o deus do submundo, que temia que seu reino se esvaziasse.&nbsp;Por isso, Zeus, preocupado com o equilíbrio do cosmos, matou Asclépio com um raio. Como forma de compensação, o colocou no céu como Ofiúco, o portador da serpente, em homenagem ao símbolo da medicina que até hoje é associado a ele. Essa constelação é uma das menos conhecidas, mas guarda uma história de cura e sacrifício.<h2 style="text-align:justify;">6. Escorpião e Órion</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/14/14092608372018.jpg" alt="A Constelação de Escorpião. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A Constelação de Escorpião. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Órion era um caçador habilidoso, tão confiante de suas capacidades que se vangloriou de que poderia exterminar todas as criaturas da Terra. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112215-gaia-saiba-mais-sobre-o-fascinante-e-louco-mito-da-deusa-mae.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gaia, a deusa da Terra</a>, ficou indignada com essa arrogância e criou um escorpião para detê-lo.&nbsp;O escorpião conseguiu envenenar Órion, que morreu. Asclépio — o mesmo que virou a constelação de Ofiúco —, matou o escorpião com um pisão. &nbsp;É aqui que Zeus entra novamente em cena e coloca nos céus em lados opostos, para que, quando um subisse, o outro se escondesse. Essa perseguição eterna simboliza o ciclo de morte e renascimento, com Órion sempre fugindo de sua derrota, enquanto o Escorpião surge triunfante.&nbsp;Órion é uma das constelações mais conhecidas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127199-conheca-7-constelacoes-faceis-de-serem-identificadas-no-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">facilmente identificáveis</a> no céu.

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6 lendas fascinantes que originaram algumas constelações no céu

Observações recentes do Telescópio Espacial James Webb reacenderam o debate sobre a teoria da "Luz Cansada", que sugere que a luz das galáxias distantes pode estar perdendo energia.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria do Big Bang</a>, amplamente aceita como a explicação definitiva para a origem do universo, está sendo desafiada por uma ideia antiga que se recusa a desaparecer. De acordo com um estudo recente, as observações do Telescópio Espacial James Webb (JWST) estão levantando novas dúvidas sobre a expansão cósmica e reacendendo o debate em torno da teoria da "Luz Cansada".&nbsp;Esta teoria, que sugere que a luz dos objetos distantes perde energia com o tempo, foi proposta há quase um século pelo astrônomo Fritz Zwicky (1898-1974) e, agora, está recebendo uma atenção renovada.<h2 style="text-align:justify;">Uma velha teoria</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/21/21202240763001.jpg" alt="O telescópio James Webb tem levantado muitas dúvidas sobre o que realmente sabemos do Universo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O telescópio James Webb tem levantado muitas dúvidas sobre o que realmente sabemos do Universo. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>O Big Bang, que propõe que o universo começou com uma explosão colossal há cerca de 13,8 bilhões de anos, tem sido o modelo padrão para explicar o redshift — o fenômeno onde a luz das galáxias distantes é deslocada para o vermelho devido à expansão do universo.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123640-edwin-hubble-o-homem-que-inspirou-o-famoso-telescopio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edwin Hubble</a> (1889-1953), cujas observações na década de 1920 mostraram que galáxias mais distantes estão se afastando mais rapidamente, ajudou a consolidar essa teoria. O físico belga Georges Lemaître (1894-1966) também contribuiu para essa ideia, propondo a expansão do universo a partir de um estado primordial.Por outro lado, Zwicky apresentou uma explicação alternativa: a teoria da Luz Cansada. Segundo essa teoria, a luz emitida por galáxias distantes perde energia à medida que viaja pelo espaço, o que faz com que seu comprimento de onda aumente e se desloque para o vermelho.&nbsp;Esse fenômeno, então, seria uma consequência da perda de energia dos fótons ao invés de uma evidência de que as galáxias estão se afastando umas das outras.A teoria do Big Bang, sustentada por evidências como a radiação cósmica de fundo e as observações de supernovas, tem sido amplamente aceita e respaldada por diversas descobertas. No entanto, o advento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/james-webb-complica-cosmologos-ao-confirmar-previsao-do-hubble" rel="noopener noreferrer" target="_blank">JWST trouxe uma nova perspectiva</a> ao observar galáxias que parecem ser mais complexas e desenvolvidas do que o esperado para a idade do universo.&nbsp;Essas observações inesperadas provocaram um novo interesse na teoria da Luz Cansada, já que essas galáxias primitivas parecem desafiar o cronograma do Big Bang.<h2 style="text-align:justify;">Galáxias e o desvio para o vermelho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/21/21202642631005.jpg" alt="As galáxias têm desafiados os astrônomos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>As galáxias têm desafiados os astrônomos. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>O professor Lior Shamir, da Universidade Estadual do Kansas, reviveu a teoria de Zwicky, sugerindo que a perda de energia dos fótons pode explicar as discrepâncias observadas.&nbsp;Em seu estudo, Shamir analisou o desvio para o vermelho de mais de 30.000 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/exploracao-cosmica-novo-mapa-da-via-lactea-vai-revelar-20-bilhoes-de-estrelas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a>, encontrando evidências que apoiam a ideia de que a luz se degrada ao longo de grandes distâncias. Suas descobertas mostraram que o desvio para o vermelho das galáxias aumenta com a distância, um fenômeno que Zwicky havia previsto.No entanto, a teoria da Luz Cansada enfrenta críticas, principalmente porque não há evidências diretas de que os fótons perdem energia enquanto viajam pelo espaço. Além disso, observações da radiação cósmica de fundo e outras medições têm ajudado a refutar essa ideia.&nbsp;Mesmo assim, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-o-telescopio-james-webb-esta-mudando-a-maneira-como-entendemos-o-universo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novas descobertas do JWST</a> colocam em questão algumas premissas do modelo do Big Bang, sugerindo que nosso entendimento do universo ainda pode estar em evolução.Embora a teoria da Luz Cansada não esteja perto de substituir o Big Bang, o trabalho de Shamir destaca a importância de revisar e questionar nossas teorias estabelecidas. A ciência é um campo em constante desenvolvimento, e novas evidências podem levar a revisões significativas em nossa compreensão do cosmos.&nbsp;

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Teoria da "Luz Cansada" volta a assombrar tese do Big Bang

Objeto de desejo de exploração dos seres humanos, a Lua é um poço de segredos pouco conhecidos por nós. 

A Lua sempre foi uma fonte de fascínio para a humanidade, desde a antiguidade, quando os romanos a adoravam como a deusa Luna, até os dias atuais. Mas, além de ser um símbolo de romance e mistério, a Lua guarda segredos surpreendentes que poucos conhecem. Por exemplo, você sabia que ela não é a única “lua” da Terra?&nbsp;A seguir, apresentamos seis fatos incríveis sobre a Lua e suas peculiaridades, revelando mistérios que vão muito além do que vemos a olho nu.<h2>1. A Lua é a maior, mas não a única</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01202750022000.jpg" alt="Ilustração que demonstra a posição de uma das nuvens de poeira Kordylewski em relação à Terra, à Lua e ao Sol. (Fonte: Ilustração/Gabor Horvath/Reprodução)"><figcaption>Ilustração que demonstra a posição de uma das nuvens de poeira Kordylewski em relação à Terra, à Lua e ao Sol. (Fonte: National Geopraphic Brasil/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora a Terra tenha apenas uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125273-como-saber-que-horas-sao-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, existe a possibilidade de que ela tenha mais companheiras. Astrônomos descobriram que há dois objetos na órbita da Terra, conhecidos como Nuvens de Poeira Kordylewski. De acordo com o que foi relatado pela equipe encarregada da pesquisa na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foram capturadas imagens das nuvens enigmáticas a uma distância de apenas 402 mil quilômetros, quase equivalente à distância até a Lua.&nbsp;Elas foram identificadas pela primeira vez há 62 anos, mas só recentemente foram confirmados graças a novas técnicas de observação. Como afirmou um cientista, “a câmera conseguiu coletar e concentrar a luz, provando assim a existência dessas nuvens”. Então, além da Lua, temos mais dois satélites para explorar!<h2>2. Poeira lunar perigosa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01203510279001.jpg" alt="A poeira lunar pode danificar trajes espaciais e causar irritações nos olhos e pulmões. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>A poeira lunar pode danificar trajes espaciais e causar irritações nos olhos e pulmões. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A superfície da Lua é coberta por um material conhecido como “rególito lunar”, uma poeira fina e afiada como vidro. Esse material se formou ao longo de milhões de anos, resultado de impactos de micrometeoritos. O problema? “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124702-escudo-de-poeira-lunar-poderia-reduzir-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A poeira lunar</a> causou muitos problemas aos astronautas”, afirma um especialista.&nbsp;Isso porque, além de se grudar em tudo, ela pode danificar trajes espaciais e causar irritações nos olhos e pulmões. Durante as missões Apollo, os astronautas relataram que o rególito se infiltrava em seus trajes, tornando a exploração lunar um verdadeiro desafio.<h2>3. NASA e o Projeto Nuclear</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01203809530002.jpg" alt="A NASA considerou a ideia de detonar uma bomba nuclear na Lua. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>A NASA considerou a ideia de detonar uma bomba nuclear na Lua. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em uma reviravolta surpreendente, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/nasa-explica-origem-dos-sons-fantasmagoricos-da-nave-starliner-na-iss" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> considerou um plano inusitado: detonar uma bomba nuclear na Lua! Após o lançamento do Sputnik 1 pela União Soviética, a NASA iniciou o Projeto A119, liderado pelo físico Leonard Reiffel. Ele revelou que o principal objetivo do projeto era “um exercício de relações públicas”, buscando mostrar força contra os soviéticos. “Era uma forma de mostrar o que podíamos fazer”, disse Reiffel em entrevista.&nbsp;Graças a decisões mais sensatas, a Lua foi poupada desse destino, permitindo que as missões Apollo pudessem acontecer sem maiores complicações.<h2>4. Luzes estranhas na superfície lunar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01204227777006.jpg" alt="No século XII, pessoas descreveram “uma tocha flamejante” no céu lunar. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>No século XII, pessoas descreveram “uma tocha flamejante” no céu lunar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Ao longo dos séculos, observadores relataram fenômenos luminosos estranhos na Lua, conhecidos como “fenômenos lunares transitórios” (TLP). Desde o século XII, testemunhas como monges em Canterbury descreveram “uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/revezamento-da-tocha-olimpica-a-tradicao-que-comecou-como-propaganda-para-a-alemanha-nazista" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tocha</a> flamejante” no céu lunar. A partir da década de 1960, astrônomos começaram a investigar esses relatos, resultando em mais de 300 observações documentadas.&nbsp;O famoso astrônomo britânico Sir William Herschel também fez suas observações e especulou que as luzes poderiam ser causadas por atividade vulcânica. A verdadeira natureza desses fenômenos ainda permanece um mistério.<h2>5. Forma de limão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01204540624007.jpg" alt="Segundo cientistas, a Lua é ligeiramente achatada com um arqueamento protuberante nas áreas "><figcaption>Segundo cientistas, a Lua é ligeiramente achatada com um arqueamento protuberante nas áreas "equatoriais". (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Você sabia que a Lua tem uma forma peculiar, parecendo um limão? Um estudo publicado na revista Nature sugere que a gravidade da Terra moldou a Lua ao longo do tempo.&nbsp;Segundo a teoria do impacto gigante, a Lua se formou a partir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123532-os-detritos-espaciais-estao-destruindo-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">detritos</a> após uma grande colisão com a Terra. Os cientistas afirmam que “a gravidade da Terra criou uma bulge na superfície lunar”, resultando nas características que vemos hoje. Essa peculiaridade é um lembrete de como forças cósmicas podem moldar os corpos celestes.<h2>6. Astronautas e as “luzes de fogo”</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/01/01205200668009.jpg" alt="Astronautas da Missão Apollo 11. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Astronautas da Missão Apollo 11. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Durante a histórica missão <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266657-erro-ter-matado-tripulacao-apollo-11.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apollo 11</a>, os astronautas não só exploraram a Lua, mas também enfrentaram um fenômeno curioso: as “luzes de fogo”. Michael Collins mencionou que viu “uma série de flashes” enquanto orbitava a Lua, e Alan Bean teve uma experiência semelhante na superfície.&nbsp;O ex-astronauta Dr. Story Musgrave descreveu essas luzes como “fogos de artifício”, chamando-as de “fireflies”. O que exatamente são essas luzes ainda não está claro, mas certamente adicionam um toque de mistério à exploração espacial.Esses seis fatos nos mostram que a Lua, além de ser linda, ainda guarda muitos segredos esperando para serem desvendados, não é mesmo?&nbsp;

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6 fatos científicos pouco conhecidos sobre a Lua

Lançada em 1977, a sonda Voyager 1 está a mais de 24 bilhões de km da Terra, fazendo história como o objeto humano mais distante.

Há mais de 24 bilhões de km da Terra, a Voyager 1, uma das duas sondas espaciais lançadas pela NASA em 1977, continua sua jornada pelo espaço interestelar. Projetadas para explorar os limites do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127313-5-grandiosidades-encontradas-no-sistema-solar.htm#:~:text=Marte%20e%20seu%20vulc%C3%A3o%20quilom%C3%A9trico,mais%20alto%20que%20o%20Everest!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, essas sondas não apenas chegaram mais longe do que qualquer outro objeto feito pelo homem, mas também nos proporcionaram imagens e informações sem precedentes sobre o universo.&nbsp;O lançamento das sondas Voyager 1 e 2 foi um grande avanço para a ciência. Embora a Voyager 2 tenha sido lançada primeiro, a Voyager 1, graças a sua trajetória mais rápida, foi a primeiro a alcançar Júpiter. Ambas passaram por Júpiter e Saturno, mas a Voyager 2 foi ainda mais longe, explorando Urano e Netuno. Mas o que torna essas missões tão especiais? E por que a Voyager 1, em particular, continua a ser um marco na exploração espacial?<h2>Explorando o espaço interestelar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/19/19144822119235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Voyager 1 segue explorando os limites do Sistema Solar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Agora, essas sondas estão muito além do nosso Sistema Solar, numa região chamada de espaço interestelar, onde a influência do vento solar é contrabalanceada por ventos interestelares. &nbsp;Desde que as sondas deixaram a heliosfera — a bolha protetora criada pelos ventos solares —, elas têm coletado dados valiosos sobre o ambiente do espaço interestelar.&nbsp;Segundo a NASA, "as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128332-nova-edicao-dos-discos-de-ouro-da-voyager-pode-ir-ao-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voyagers</a> são as únicas espaçonaves a amostrar diretamente o espaço interestelar", o que torna suas descobertas fundamentais para o entendimento dessa região. Apesar da enorme distância, os engenheiros da NASA ainda conseguem se comunicar com as sondas e receber informações de volta. No caso da Voyager 1, a comunicação leva mais de 22 horas para alcançar a Terra, devido à distância de mais de 24 bilhões de km.Mesmo após décadas no espaço, a Voyager 1 continua a fornecer dados valiosos. Em 2024, ela voltou a operar normalmente após um problema com seus instrumentos em 2023. Agora, está novamente capturando informações sobre ondas de plasma, campos magnéticos e partículas. A longevidade dessas sondas e a capacidade de continuar transmitindo dados demonstram a engenharia impressionante e a importância desses projetos para a ciência.<h2>O legado do "pálido ponto azul"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/19/19145100260237.jpg" alt="A imagem original (acima) foi feita a uma distância de 6 bilhões de km da Terra. (Fonte: NASA/JPL/BBC News Brasil)"><figcaption>Imagem original da Voyager foi feita a uma distância de 6 bilhões de km da Terra. (Fonte: NASA/JPL/BBC News Brasil)</figcaption></figure></figure>Um dos momentos mais icônicos da missão Voyager 1 ocorreu em 1990, quando a sonda tirou uma das fotos mais famosas da exploração espacial: o "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116872-10-fotos-da-terra-tiradas-de-angulos-bem-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pálido ponto azul</a>". A imagem, capturada a uma distância de quase 6 bilhões de km da Terra, mostra nosso planeta como um minúsculo ponto de luz, suspenso em um raio de sol. Essa visão impactante, composta por uma série de 60 imagens, foi capturada enquanto a Voyager 1 passava além de Netuno. Carl Sagan, o renomado cientista e divulgador científico, destacou a importância dessa imagem ao dizer: "A Terra é um pequeno palco em uma vasta arena cósmica."Além de capturar a Terra, a Voyager 1 também fotografou os outros planetas do nosso Sistema Solar, como Júpiter, Saturno e Vênus, compondo o chamado Retrato de Família do Sistema Solar. Pouco tempo depois dessas imagens, as câmeras da sonda foram desligadas para economizar energia, mas seu legado visual já estava consolidado.Enquanto os objetos continuam suas jornadas rumo ao desconhecido, seus impactos na ciência e na compreensão do universo perdura. Ainda resta tempo para recebermos mais dados dessas sondas, mas eventualmente, suas baterias se esgotarão, encerrando uma das missões mais longas e fascinantes da história da humanidade. Até lá, continuamos aprendendo com essas pequenas, mas poderosas, exploradoras espaciais.

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Você sabe qual é o objeto humano mais distante da Terra?

Embora fosse extremamente útil para astronautas, existem alguns motivos específicos para ser impraticável a criação da gravidade artificial na ISS. 

A gravidade artificial é um conceito fascinante e muito explorado em filmes de ficção, onde naves giram lentamente para simular a gravidade terrestre. Na prática, a ideia não é tão distante da realidade: cientistas já sabem que é possível gerar gravidade artificial por meio de rotação, criando uma força centrífuga. Essa tecnologia seria especialmente útil para preservar a saúde dos astronautas em missões de longa duração.&nbsp;No entanto, quando olhamos para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123488-quantas-estacoes-espaciais-existem-atualmente-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estação Espacial Internacional</a> (ISS), um dos maiores laboratórios fora da Terra, surge a pergunta: por que ainda não vemos essa tecnologia em ação? Apesar dos potenciais benefícios da gravidade artificial, a ISS optou por manter seu ambiente de microgravidade e existem alguns motivos por trás disso.<h2>Opção pela falta de gravidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/11/11175419204317.jpg" alt="Atualmente, a ISS opera como um laboratório de microgravidade. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Atualmente, a ISS opera como um laboratório de microgravidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Embora o conceito de gravidade artificial seja amplamente discutido na ficção científica e até tenha fundamentos teóricos sólidos, ele não se encaixa nos objetivos da ISS. Na verdade, a principal função da estação é justamente ser um laboratório de microgravidade, permitindo que cientistas conduzam pesquisas em um ambiente livre da influência gravitacional.“A Estação Espacial Internacional é um laboratório único por uma razão específica: microgravidade”, disse o porta-voz da NASA, Daniel Huot. É nessa condição que são realizadas experiências que vão desde o estudo do crescimento de embriões de ratos até as reações do fogo em ambientes sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118119-o-que-e-a-gravidade-e-qual-sua-importancia-para-nos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidade</a>. A introdução da gravidade artificial, embora benéfica para a saúde dos astronautas, iria contra o propósito científico da ISS, onde os resultados em microgravidade têm revelado avanços em áreas como a ciência de materiais e a microbiologia.Além do mais, a gravidade artificial também apresenta desafios logísticos e tecnológicos. A rotação de uma espaçonave para gerar força centrífuga e, consequentemente, simular a gravidade, exigiria uma estrutura muito maior do que a ISS — a qual parece um pequeno apartamento. A criação de uma estação maior exigiria recursos consideráveis e seria inviável com a tecnologia disponível.<h2>Os desafios técnicos da gravidade artificial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/11/11175502929318.jpg" alt="Embora gravidade artificial pudesse ser de grande uso para astronautas no futuro, sua criação parece inviável no momento. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Embora gravidade artificial pudesse ser de grande uso para astronautas no futuro, sua criação parece inviável no momento. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A gravidade artificial funciona através da rotação da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/6-fatos-sobre-o-espaco-que-hollywood-te-ensinou-errado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espaçonave</a>, mas isso apresenta limitações. Quanto menor a espaçonave, mais rápido ela precisaria girar para gerar gravidade suficiente. Esse movimento rápido criaria uma diferença de gravidade entre a cabeça e os pés dos tripulantes, resultando em problemas de saúde, como acúmulo de sangue nos membros inferiores e tontura.Além disso, os custos e a logística envolvidos em expandir ou construir uma nova estação com essa capacidade seriam imensos, representando um desafio adicional para as agências espaciais.Mesmo que o conceito seja interessante e a gravidade artificial pudesse ser útil em futuras missões de longa duração, atualmente a prioridade da ISS é sua função como um laboratório de microgravidade. Portanto, enquanto a gravidade artificial continua sendo uma ideia promissora, ela ainda está distante da realidade dentro da Estação Espacial Internacional.

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