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Ciência
24/05/2018 às 13:00•2 min de leitura
Se você disse que Moisés levou dois animais de cada espécie, está parcialmente certo, porque na verdade quem fez isso foi Noé. Esse é o exemplo mais clássico de como somos ruins em perceber pequenos erros no cotidiano. Quer testar mais perguntas?
Se suas repostas foram: “um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade”, o príncipe e Inglaterra, parcialmente certo novamente.
Quem deu o primeiro passo na Lua foi Neil Armstrong, e não Louis Armstrong, que poderia ter tocado seu trompete, caso chegasse lá. O príncipe realmente pegou o sapatinho de cristal, mas a princesa esquecida foi a Cinderela. E por último, Margaret Thatcher possuiu um cargo de liderança na Inglaterra, mas como Primeira-Ministra.
Não se sinta mal caso tenha se confundido novamente, isso é mais comum do que parece. Pesquisas sobre o assunto mostram que na grande maioria das vezes as pessoas sabem as respostas; o problema está em como nosso cérebro processa essas informações.
Esse efeito é chamado de Ilusão de Moisés, por motivos óbvios. Em um estudo feito na UCLA, pesquisadores chegaram à conclusão de que existem dois modos de enganar pessoas dessa forma. Primeiro, se os nomes trocados possuírem uma grafia ou um contexto semelhante (ambos aparecem na Bíblia), ou se o som da pronúncia das palavras for parecido (Moisés e Noé possuem ênfase na última sílaba).
As pesquisas nessa área não servem somente para que os cientistas possam rir durante a pausa para o café; na verdade, situações desse tipo podem fazer com que nosso conhecimento sobre o mundo pareça (mesmo que temporariamente) incorreto. Um exemplo bom disso é um estudo conduzido por uma psicóloga da Universidade Vanderbilt, que pediu para que pessoas lessem histórias de ficção em que existiam frases como “remando ao longo do maior oceano, o Atlântico”. Mesmo sabendo que o maior oceano do mundo é o Pacífico, fato confirmado em testes anteriores, grande parte das pessoas respondeu que o maior é o Atlântico.
Não é natural para nós assimilar todo tipo de informação de forma crítica
E mesmo com mais tempo para a leitura das perguntas ou destacando em vermelho a palavra que não está correta, essas construções só fizeram com que as pessoas aumentassem o número de respostas incorretas.
Considerando o número de informações falsas que circulam pela internet, encontrar uma maneira de não cair em pegadinhas como essas é essencial. Um estudo semelhante foi feito, mas alertando que algo na frase estava errado e que o problema deveria ser encontrado. Nesse caso, a taxa de acerto na resposta foi muito maior do que quem só leu a pergunta, sem indicação de que existia algo de estranho. A dica então, para que você não seja enganado por notícias falsas, é sempre ler questionando o que está escrito.
Parece algo óbvio, mas na correria cotidiana é muito comum ler uma notícia rapidamente, enquanto espera o ônibus ou o táxi chegar. Esse tempo, que a princípio estava perdido, se tornou útil, mas na pressa é bem fácil ler o conteúdo de modo superficial, absorvendo informações que não são necessariamente reais. Então, muito cuidado com como e o que você lê.