Artes/cultura
20/06/2018 às 12:00•3 min de leitura
Esqueça bolas pesadas, chuteiras de materiais que machucam o pé e aqueles erros escandalosos do árbitro (bem, quase todos). O futebol atualmente traz vários recursos tecnológicos que ajudam em vários segmentos da partida — desde auxiliar o árbitro a saber se foi ou não gol até uma série de dados que contribuem para melhorar o desempenho do atleta e aprender como o adversário joga.
A seguir, você conhece apenas algumas dessas inovações e como elas começaram a ser usadas no esporte mais popular do Brasil.
A mais recente inovação tecnológica envolvendo o esporte é o VAR, sigla para árbitro assistente de vídeo. Ele fica em uma sala dentro do estádio com uma série de telas exibindo lances do jogo em todos os ângulos. Quando acionado pelo juiz principal, o árbitro de vídeo ajuda a revisar e tomar decisões de lances polêmicos, como marcação de pênalti ou impedimento.
O próprio juiz principal tem uma tela na beira do gramado para fazer a conferência, se ele quiser. A indicação de que o VAR será consultado é um sinal de retângulo com os dedos, imitando uma tela. Vários torneios nacionais na Europa já usam a tecnologia, mas a de 2018 na Rússia foi a primeira Copa do Mundo.
A LGT, ou tecnologia da linha do gol, foi uma das primeiras formas de correção ao vivo no futebol usando tecnologia. Ela estreou no mundial de clubes de 2012, no Japão.
O funcionamento aqui é bem simples. Tudo começa com um sistema de câmeras espalhadas pelo estádio, que é o sistema chamado de Hawk Eye, ou olhos de águia. Só que a bola também possui um chip implantado que tem o movimento controlado por um campo magnético. Se ela passa da linha do gol e entra totalmente, o árbitro recebe um sinal no relógio e pode confirmar o lance mais rapidamente.
Essa é pra quem tá assistindo ao jogo no conforto do lar! O tira-teima é aquela ilustração que digitaliza um lance do campo e permite uma análise mais aprofundada dos comentaristas. A partir de uma base de dados com as medidas do gramado e filmagens de todos os ângulos do estádio, ele pode inserir uma régua na tela em lances de impedimento, ou confirmar se uma bola passou um não da linha do gol. Ele não tem influência na partida.
Esse recurso já é bem antigo e era usado especialmente em corridas de cavalo pra ver quem tinha sido o vencedor. A estreia do recurso pro futebol no Brasil foi na Copa de 86, ainda com gráficos meio rudimentares. Um gol da Espanha contra o Brasil na estreia foi analisado, e a televisão confirmou que a bola entrou. Hoje, as simulações são mais realistas e permitem análises táticas completas.
O treinador hoje em dia não usa só uma prancheta de madeira com folha de papel. A equipe técnica tem em mãos uma enorme quantidade de dados que mostram o desempenho de cada jogador em campo e nos treinos pra decidir quem deve ser titular, quais jogadas usar e o que precisa ser melhorado. Em alguns clubes, os próprios atletas recebem relatórios sobre eles mesmos e os adversários.
As tecnologias aqui envolvem sensores na chuteira e no uniforme, softwares de análise de dados e câmeras espalhadas pelo estádio. Jogos como o Football Manager tentam simular ao máximo essa experiência de saber em números absolutamente tudo sobre os atletas.
O uniforme mudou bastante ao longo dos anos em termos de aparência e também de tecnologia. As camisas hoje são feitas de um material que facilita a transpiração e se ajustam melhor ao formato do corpo. As camisas térmicas ou segunda pele ajudam a mantem a temperatura do corpo estável.
As primeiras chuteiras tinham bico de aço e até pregos pra dar sustentabilidade. Hoje, elas ficaram bem mais leves, tem um design pensado em chute, corrida e pisada do atleta A Hypervenom Phantom II da Nike, por exemplo, tem uma textura que melhora o controle de bola, um colarinho que se ajusta ao seu tornozelo, palmilha que reduz o impacto e estrutura em nylon que garante maior sensibilidade.
Até mesmo as bolas ficaram mais modernas, saindo daqueles modelos pesados de couro pra Telstar 18, da Copa da Rússia. Ela foi construída com material reciclado, tem um sistema de absorção de água e só foi aprovada depois de muitos testes de textura e rolagem na grama.
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