Artes/cultura
02/10/2018 às 05:30•2 min de leitura
Quantas previsões sobre o fim do mundo você já viu circularem pela internet? Muitas, não é mesmo? De profecias de antigas civilizações, passando por premonições malucas e prognósticos propostos por religiosos extremistas, não faltam datas que deviam ter marcado o fim dos tempos, mas não deram em nada. Entretanto, você talvez desconheça a previsão calculada por um programa de computador criado por um cientista do MIT — o respeitadíssimo Massachusetts Institute of Technology.
Segundo Paul Ratner, do site Big Think, o programa, batizado de World One, foi desenvolvido por um pioneiro da computação chamado Jay Forrester em 1973, e tinha como principal propósito prever por quanto tempo e quão bem a Terra seria capaz de suportar o crescimento populacional.
(Conserve Energy Future)
Na época, a criação do modelo foi encomendada pelo pessoal do Club of Rome — um grupo composto por pesquisadores, ex-líderes mundiais, pensadores e integrantes da Organização das Nações Unidas, focado em promover o conhecimento sobre os desafios globais e propor soluções sustentáveis — para que eles tivessem uma ideia de qual seria a situação do planeta em algumas décadas.
Pois bem! De acordo com Paul, após realizar uma porção de cálculos e estimativas — levando em consideração dados como os níveis de poluição, de crescimento populacional, de disponibilidade de recursos naturais e da qualidade de vida geral no planeta —, o programa previu que, se a população mundial seguisse aumentando e a expansão industrial continuasse no mesmo ritmo, o mundo entraria em colapso até o ano de 2040. Em suma: o modelo determinou o nosso fim para dentro de pouco mais de 2 décadas!
Ainda segundo as previsões apresentadas na época, por volta do ano 2020, as condições no planeta se tornariam críticas e, se nenhuma medida fosse tomada, os níveis de qualidade de vida seriam reduzidos a perto de “0” nos anos seguintes. Para piorar, o World One previu que os índices de poluição se tornariam tão altos que as pessoas começariam a morrer por causa da contaminação — e uma das consequências disso seria uma forte queda na população mundial.
Mais especificamente, o modelo apontou que os números populacionais cairiam até ficarem abaixo do nível do início do século 20. Com isso, as nações começariam a perder a sua soberania gradualmente, e quem assumiria o controle de tudo seriam as grandes corporações. Então, entre os anos de 2040 e 2050, a civilização humana deixaria de existir. Tenso, né?
(Y Magazine)
E isso não é tudo: o World One também previu uma dramática piora na qualidade de vida na Terra por volta do ano 2020, e, como você deve saber, não faltam estudos atuais cujos resultados sugerem fortemente que os prognósticos feitos pelo programa há 45 anos estão se confirmando.
Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde revelaram que 9 de cada 10 pessoas no mundo respira ar com altos níveis de poluição, por exemplo, e que cerca de 7 milhões de mortes que ocorrem anualmente no planeta podem ser atribuídas à péssima qualidade do ar.
Além disso, incontáveis estudos e levantamentos vêm mostrando elevações nas temperaturas globais e, conforme todo mundo está careca de saber, o incremento de míseros 4° C sobre a média registrada em 1990 — que é usada como base de cálculos e projeções —, as consequências podem ser devastadoras para a humanidade. Não queremos ser pessimistas e estamos torcendo para que as previsões feitas pelo programa resultem ser equivocadas como todas as demais. Mas é inegável que o World One parece ter acertado na mosca em várias delas, o que é bastante assustador!
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