Artes/cultura
13/01/2019 às 15:00•1 min de leitura
Estudos apontam que apenas 1 em cada 10 pessoas é canhota, sendo visto historicamente que essa porcentagem é sempre a mesma. Até mesmo dentro do útero, apenas 10% dos bebês chupa o dedão da mão esquerda. Ainda assim, alguns pesquisadores acreditam que o uso de mamadeiras para a alimentação do bebê pode influenciar se ele crescerá canhoto ou destro.
Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, conduziram um experimento com mais de 60 mil bebês de 5 países diferentes, no qual foi acompanhado até quantos meses eles mamaram no peito e se eles se desenvolveram como destros ou canhotos. Segundo os questionários aplicados, uma amamentação no peito por mais de 6 meses pode diminuir em 3% a possibilidade de a criança se tornar canhota.
Em termos práticos: quanto maior o tempo de amamentação, maior o tempo de desenvolvimento da lateralização cerebral, que faz com que a criança esteja igualmente preparada para ser tanto destra quanto canhota. Com o uso de mamadeiras, antecipa-se uma “decisão” cerebral.
Quanto maior o tempo de amamentação, melhor para a criança
Os cientistas também acreditam que esses questionários mostraram que a amamentação diretamente no peito é essencial para o desenvolvimento completo da criança até pelo menos o nono mês de vida. Já o processo de lateralização do cérebro começa pouco antes do terceiro mês de gestação.
Isso é só mais um dos benefícios da amamentação por um período mais prologando de tempo. A amamentação até os 9 meses também está associada a um maior número de destros, maior inteligência, maior circunferência craniana, menor probabilidade de problemas de fala e muito mais.
Ainda assim, os cientistas ponderam que não é a amamentação “artificial” que determina se a criança será canhota ou destra, mas que ela pode antecipar uma resposta que costuma ser definida ainda durante a fase fetal.